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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/06/2014 | Setecidades
Albergues do Grande ABC operam no limite
Albergues do Grande ABC operam no limite Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
A proximidade do inverno, que se inicia em junho, chama atenção para o serviço de acolhida de pessoas em situação de rua, em especial nos albergues. Na região, cidades destacam uso de 100% das vagas oferecidas e admitem necessidade de ampliação do número de leitos para pernoite.

Segundo as prefeituras, o Grande ABC tem pelo menos menos 1.231 indivíduos em situação de rua e 447 postos em abrigos provisórios. Em média, são três pessoas por vaga.

Mauá é o município com menor capacidade de abrigamento: 23 postos. Tendo em vista o uso de todas as vagas diariamente, a administração planeja reforma do espaço, na Rua Washington Luís, 625, Jardim Cerqueira Leite, para ampliar a capacidade de atendimento para 50 pessoas. Com isso, o serviço funciona temporariamente na Avenida Dom José Gaspar, 101, Bairro da Matriz. A cidade tem identificadas 81 pessoas com este perfil referenciadas no serviço social.

Em Diadema, são disponibilizadas 70 vagas, sendo que a ocupação diária é de 100% nas duas unidades conveniadas: Transitória Casa do Caminho e a ONG Mãos Amigas Internacional. Apesar disso, a Prefeitura destacou que, até o momento, não está prevista a ampliação. Segundo o Executivo, a cidade tem cerca de 400 pessoas em situação de rua; parte é identificada pela assistência social como sendo de oriundos da Capital e outras cidades da região.

Em Santo André são oferecidas 80 vagas em abrigos e 20 em pensões. A administração ressalta pretensão de ampliar o número de vagas, mas justifica que não consegue por falta de entidades que prestem este tipo serviço no município e que estejam aptas para firmar convênio e receber recursos públicos. A assistência social identificou público-alvo de cerca de 400 indivíduos na cidade.

O único município que informou atender toda a demanda com sobra de vagas para as 350 pessoas em situação de rua é São Bernardo. O município oferece 150 postos em albergue e, nos casos de aumento da procura, é realizada ação intersecretarial para ampliar número de postos em mais 70. Até o dia 30 de agosto permanece em vigor a Operação Aquece, Protegendo Vidas, quando as abordagens são intensificadas, assim como as orientações quanto ao risco de morte por exposição ao frio.

Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não se manifestaram sobre o assunto.

Acolhimento emergencial é 1º passo

Inicialmente ligados a entidades religiosas, os albergues tornaram-se um direito das pessoas em situação de rua a partir da Constituição de 1988, quando as Prefeituras passaram a firmar convênios com instituições para acolher este público. Tido como atendimento emergencial, o serviço integra rede de assistência social que tem por finalidade a reconstrução do projeto de vida daqueles que estão em extrema vulnerabilidade.

Conforme explica coordenadora do curso de Serviço Social da Faculdade Anhanguera de São Bernardo, Glauciane Mont Serrate, o poder público tem a responsabilidade de oferecer políticas que auxiliem as pessoas em situação de rua a terem seus direitos sociais garantidos, como Educação, moradia, lazer, Cultura, Saúde etc. “Essa política não consiste apenas na higienização, mas no resgate desta pessoa que pode estar na rua por inúmeros motivos, como desemprego, dependência química, abandono”, destaca.

Parte das pessoas abordadas pelas equipes ainda se nega a receber ajuda. A recusa varia de 20%, em Mauá, a 30%, em São Bernardo. Isso acontece, de acordo com as administrações municipais, devido à liberdade das ruas e dificuldade para cumprir regras de convivência exigidas no acolhimento, como impedimento de uso de álcool e drogas.

Além do abrigo noturno, os acolhidos recebem alimentação, banho e oportunidade de lavar suas roupas nos albergues e centros de atenção social das prefeituras. “Este serviço funciona durante 24 horas durante o ano todo, com orientação, trabalho de referência e identificação dos direitos violados para uma possível retomada de projetos de vida”, comenta a coordenadora do curso de Serviço Social da Faculdade Anhanguera.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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