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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/12/2011 | Setecidades
Agentes de trânsito de São Bernardo voltam ao trabalho
Agentes de trânsito de São Bernardo voltam ao trabalho Helton, direror do Sintracom, disse que parcela paga de forma única agradou amarelinhos. Foto: Andris Bovo
Helton, direror do Sintracom, disse que parcela paga de forma única agradou amarelinhos. Foto: Andris Bovo
Empresa e funcionários acordaram PRL de R$ 800 pagas em única parcela

Os 220 agentes de trânsito de São Bernardo, terceirizados da Consladel, decidiram voltar ao trabalho na manhã desta sexta-feira (16/12), após aceitarem R$ 800 como valor da PRL (participação nos Lucros e Rendimentos) de 2011. Após a decisão dos trabalhadores, nesta quinta (15/12), de se manterem em estado de greve, a empresa voltou atrás na decisão de pagar a mesma quantia em duas parcelas e optou em realizar o pagamento de forma única, em fevereiro. A decisão agradou os funcionários que decidiram retornar as atividades.

A paralisação dos trabalhadores do setor de trânsito, semáforos, radares e iluminação pública de São Bernardo tinha sido iniciada à 0h desta quinta, por conta do impasse no valor da PRL. As negociações entre funcionários, empresa e sindicato se arrastam desde setembro. A princípio, a categoria propôs pagamento de R$ 2,5 mil, porém a Consladel ofereceu a proposta de R$ 580. Diante da enorme diferença de valores, os funcionários propuseram a contraproposta de R$ 1,5 mil. Sem o retorno da empresa, os trabalhadores se organizaram e entraram em greve.

Diante da situação, a Consladel disse desconhecer o motivo da paralisação, uma vez que as negociações estavam sendo conduzida de modo satisfatório entre os trabalhadores e o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário) de São Bernardo e Diadema. Para descobrir, de modo oficial, o real motivo da greve, a empresa agendou reunião entre os envolvidos na tarde desta quinta.

Na ocasião, a empresa ofereceu R$ 800 que seriam pagos em duas parcelas, nos meses de março e julho. Porém, em assembleia, os funcionários recusaram a contraproposta. “Quando foi às 19h, recebi um telefonema da empresa dizendo que o pagamento poderia ser realizado em uma única parcela”, explicou o diretor do Sintracom Helton Colares.

Diante da nova proposta, nova assembleia foi realizada com os dois turnos da noite, por volta das 21h30. “Todos foram favoráveis ao retorno do trabalho, mas precisávamos ainda ouvir os turno da manhã para tomarmos uma decisão”, esclareceu. Na manhã desta sexta, os trabalhadores do primeiro turno também optaram pelo acordo. “Falta apenas ouvir os funcionários do segundo turno, mas a decisão, já tem foro para ser aceita. Inclusive uma parte dos trabalhadores já está nas ruas”, revelou Colares.

Outra greve – Além da paralisação dos amarelinhos, o Sintracom informou que cerca de 450 trabalhadores da empresa Tratenge Engenharia paralisaram as obras do Hospital de Clínicas, em São Bernardo, nesta quarta-feira (14/12). O motivo da greve também estava relacionada à PRL. Porém, neste caso, o problema estava nas datas dos pagamentos.

A proposta da empresa era pagar a primeira parcela da participação de lucros em março e a segunda em junho. Mas, os funcionários reivindicavam os pagamentos para janeiro e março. Sem acordo, os trabalhadores entraram em greve. Mediante negociação, a paralisação durou apenas um dia. A Tratenge se comprometeu a pagar as parcelas nos meses de janeiro e abril, caso os trabalhadores retomassem a construção do hospital. Na manhã desta quinta-feira (15/12), o canteiro de obras já estava funcionando.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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