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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/10/2014 | Política
Aécio vê falta de parceria do governo federal na crise da água de São Paulo
Tucano criticou 'indicações políticas' para diretoria da agência de águas.

Dilma disse na TV que governo de SP 'não demonstrou interesse' em ajuda.


O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves, visitou nesta segunda-feira (20) um santuário em Caeté (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, e reclamou da suposta falta de "parceria maior" do governo federal em relação à crise de abastecimento de água enfrentada pelo estado de São Paulo.

Na visão do candidato tucano, indicações políticas promovidas pela gestão petista para a Agência Nacional de Águas (ANA) teriam comprometido a atuação do Executivo federal na busca de soluções para reduzir os efeitos da estiagem em São Paulo.

"Talvez, o que tenha faltado seja uma parceira maior do governo federal. Por exemplo, a Agência Nacional de Águas, criada no governo Fernando Henrique, se não tivesse no governo do PT servido a outros fins – nós nos lembramos bem quais são, quais foram as indicações, quais os critérios para ocupar cargos da diretoria da ANA – ela [ANA] poderia ter sido parceira maior do governador [Geraldo Alckmin, de São Paulo]", disse Aécio durante visita ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, na Grande Belo Horizonte.

No horário eleitoral da televisão na noite de domingo, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo de São Paulo "não demonstrou interesse" na ajuda que, segundo ela, o governo federal ofereceu para prevenir a crise no fornecimento de água.

"Há meses venho tentando ajudar, mas o governo não demonstrou interesse em fazer obras com o nosso apoio", declarou Dilma. "Em uma prova da nossa disposição, estamos liberando, pela Caixa Econômica Federal, com juros subsidiados, R$ 1,8 bilhão para a construção do sistema produtor de água São Lourenço. Esse sistema vai produzir no médio prazo mais água para a Grande São Paulo", declarou.

Em entrevista coletiva concedida no templo, Aécio Aécio Neves foi indagado sobre se acredita que a exploração do tema da falta de água em São Paulo pela campanha petista pode impactar negativamente sua candidatura. Em resposta, ele disse que o assunto foi explorado pelo PT na disputa pelo governo de São Paulo e, mesmo assim, Geraldo Alckmin foi reeleito governador no primeiro turno.

“Eu vi essa questão ser muito discutida na campanha de São Paulo e nós vimos o resultado em São Paulo. Eu acho que os paulistas compreenderam o esforço que o governador do estado, Geraldo Alckmim, fez. É uma questão grave, nós estamos tendo a maior estiagem dos últimos 80 anos. O estado fez algo que, ao meu ver, foi absolutamente adequado, no momento em que propõe bônus", destacou o presidenciável.

Ele afirmou que, se eleito, será “um grande parceiro” de São Paulo e de outros estados que vivem as consequências da estiagem. “O meu governo, seja na questão da água, da segurança, seja na questão da economia, não vai terceirizar responsabilidades, vai assumir as suas responsabilidades e vai agir em parceria. No caso específico de São Paulo, eu serei o grande aliado, o grande parceiro do governador Geraldo Alckmin, para enfrentarmos essas e outras questões, como a da mobilidade, a da segurança pública, assumindo, cada um a sua responsabilidade”, complementou Aécio.

Tradição do avô
O tucano foi ao santuário de Caeté (MG) pela segunda vez nesta campanha eleitoral para rezar e cumprir uma tradição política de seu avô Tancredo Neves. O candidato tucano já havia visitado o local no início da corrida presidencial, em julho. Desta vez, ele recebeu a bênção de dois padres do município mineiro.

Tancredo, que governou Minas Gerais no início da década de 1980 e depois chegou a ser eleito por voto indireto presidente da República, tinha o costume de visitar o Santuário Nossa Senhora da Piedade sempre que iniciava uma campanha eleitoral.

Acompanhado de aliados como o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB), ex-governador de Minas, e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), Aécio se dirigiu à cripta do santuário após a coletiva. Durante a bênção, o candidato chegou a pedir silêncio às pessoas que estavam no local. Ao deixar o templo, Aécio posou para fotografias ao lado de eleitores.

'Guerra à inflação'
Na conversa com os jornalistas, Aécio Neves disse que tem sido procurado por eleitores que o questionam sobre como ele pretende controlar a inflação, que, atualmente, está próxima ao teto estabelecido pelo governo Dilma Rousseff. Após criticar o fato de a petista defender nos debates televisivos que os índices inflacionários estão "sob controle", ele afirmou que, se vencer a disputa pelo Planalto, irá declarar "guerra à inflação".

"Como eu acho que [a inflação] não está sob controle, vou decretar guerra à inflação, tolerância zero, nós vamos tirar esse fantasma de novo da vida da dona de casa do trabalhador brasileiro”, prometeu.

Ele afirmou ainda que o governo Dilma deixará como herança um quadro econômico "extremamente grave" e indicadores sociais em queda. Aécio também falou que pretende, se eleito, iniciar um ciclo de governo em que o adversário "não seja tratado como inimigo a ser dizimado e a ser abatido a qualquer custo".

Debate da TV
Na entrevista coletiva desta segunda, Aécio Neves comentou o penúltimo debate deste segundo turno, realizado neste domingo (19) na TV Record.

Após protagonizar na semana passada, ao lado de Dilma, dois debates marcados por ataques pessoais mútuos, no último embate os presidenciáveis adotaram um tom mais moderado.

Segundo Aécio, mesmo preferindo debates mais propositivos como o deste domingo, ele não aceitará ataques da rival do PT. “Eu prefiro esse tipo de debate, onde as pessoas podem falar de ideias, de propostas. É o que continuarei a fazer até o final da campanha. Apenas não aceitarei a infâmia, a mentira, a calúnia, a deturpação. Obviamente, elas serão sempre respondidas”, observou o tucano.

Por Raquel Freitas - G1 MG
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