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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/08/2007 | Política
Advogados questionam investigações
“Existem três procedimentos que estão sendo feitos paralelamente e isso nos preocupa muito”. A avaliação é do advogado José Luiz Toloza Oliveira Costa, responsável pela defesa do engenheiro José Gaino, apontado pelo empresário Antônio José Cressoni como o principal gerente de um suposto esquema de corrupção na Prefeitura de São Caetano nas gestões do prefeito Luiz Olinto Tortorello.

O empreiteiro afirma ter sido obrigado a repassar para um suposto Fundo de Reserva até 25% dos pagamentos de obras executadas para a municipalidade.

Dias após matéria publicada pelo Diário, o Ministério Público entrou no caso atuando em duas frentes: no Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), em Santo André, e na Promotoria da Cidadania, em São Caetano. Ao mesmo tempo, houve instauração de inquérito policial na Delegacia Seccional de São Bernardo.

Costa nega as acusações feitas contra Gaino, questiona a eficácia de três investigações com os mesmos focos ocorrendo e ao mesmo tempo. “Nosso cliente pode receber duas intimações e, para atendê-las, uma instituição pode ser preterida”, receia.

Defesa
Evandro Luiz Alves de Moraes, mais conhecido como Vavá – apontado pelo empreiteiro como responsável pela elaboração dos processos licitatótios em que ele afirma ter sido favorecido – compareceu quinta-feira à Seccional para prestar esclarecimentos.

José Gaino, que pediu afastamento do cargo de diretor de Obras após acusações, depôs no mesmo dia.

O advogado de Vavá, Mar-kus Miguel Novaes, adotou postura parecida à de Costa, optando por não comentar sobre ações futuras por parte da defesa. “Posso adiantar apenas que meu cliente é inocente”, diz Novaes. Sobre suposto patrimônio de R$ 1 milhão de Vavá, o advogado desmente o empreiteiro e afirma tratar-se de “um valor absurdo”, “Ele mora de aluguel em Santo André.”

=> Motorista de Pádua também vai depor

Um novo nome passa a compor o rol de pessoas apontadas pelo empresário Antônio José Cressoni como envolvidas no suposto esquema de corrupção. José Vanderlei Andrade Couto, motorista de Antônio de Pádua Tortorello, irmão de Luiz Olinto Tortorello, prestará depoimento à Seccional de São Bernardo na tarde da próxima terça-feira.

Segundo interpelação judicial movida pelo empreiteiro, Vanderlei teria acompanhado repasses financeiros feitos a Pádua. Ele é citado como interceptador de transações financeiras, embora seja eximido do papel de beneficiário.

Vanderlei, que preferiu abster-se de comentários até o depoimento, afirma que sempre ficou restrito à função de motorista e que nunca executou qualquer outro tipo de trabalho na administração. “Nego qualquer tipo de envolvimento, não tenho nada a ver com isso”, afirma.

Segredo
O delegado responsável pelo caso, Marco Antonio Pereira de Novaes, prefere manter as investigações em sigilo. “Para que a investigação tenha sucesso, o sigilo é um dos princípios mais importantes”, afirma.

Ele restringiu-se a dizer que todos os depoentes – o engenheiro José Gaino, Evandro Luiz Alves de Moraes (Vavá) e o irmão do prefeito Luiz Tortorello, Pádua Tortorello, que depôs ontem – negaram qualquer envolvimento no suposto esquema. Gaino, segundo Novaes, chegou a disponibilizar seus sigilos bancário e telefônico para eventuais investigações.

Por Flávia Braz - Diário do Grande ABC
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