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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/06/2018 | Cidade
Admir diz que Alaíde ainda não visitou Atila após soltura
 Admir diz que Alaíde ainda não visitou Atila após soltura Pai do prefeito afastado nega racha entre grupos, mas transparece descontentamento com relação. Foto: Nario Barbosa/DGABC
Pai do prefeito afastado nega racha entre grupos, mas transparece descontentamento com relação. Foto: Nario Barbosa/DGABC
Presidente da Câmara de Mauá e pai do prefeito afastado da cidade, Atila Jacomussi (PSB), Admir Jacomussi (PRP) relatou que a prefeita em exercício do município, Alaíde Damo (MDB), ainda não foi visitar o filho, dando sinais de desconforto na relação dos dois grupos. Porém, negou racha entre eles.

Após conduzir a primeira sessão após a soltura de Atila – ocorrida na terça-feira, após Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), acolher pedido de habeas corpus –, Admir conversou com jornalistas e relatou alívio em ver o filho fora da cadeira. Atila foi preso no dia 9 de maio, na esteira da Operação Prato Feito, conduzida pela PF (Polícia Federal) e que apontou desvio de recursos em contratos de merenda e uniformes escolares. Desde então, Admir não conseguiu ver o socialista.

Ao ser indagado se Alaíde foi visitar Atila – ela foi candidata a vice na chapa do socialista –, Admir confirmou que o encontro não aconteceu. “Cada um tem sua opinião. Ele (Atila) também acabou de chegar. Está se recuperando, com familiares, mulher, mãe, filho. Se atendo a isso”, disse. Questionado se havia distanciamento entre as partes, foi sucinto: “Não existe racha nenhum”.

Nos bastidores, porém, a informação é que houve desentendimento entre os grupos. Isso porque Atila havia solicitado o menor número de mudança possível em seu governo durante a prisão – já que ele esperava sair rapidamente da detenção, o que não se confirmou. Alaíde, por outro lado, exonerou todos os indicados de seu ex-genro, o ex-secretário de Obras José Carlos Orosco Júnior (PDT), e também promoveu alterações em quadros ligados a Atila, em especial na Secretaria de Educação e no Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini.

Admir declarou que Atila, neste primeiro momento, “vai respeitar as medidas cautelares” impostas a ele e “não vai se envolver neste momento na política em si”. Solto pelo STF, Atila viu o TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região impor série de restrições a ele, como afastamento do cargo, impedimento de adentrar à Prefeitura e até retenção do passaporte. A defesa do socialista prometeu ingressar com pedido de reconsideração dessas medidas.

“Fiquei muito feliz em vê-lo novamente na cidade, junto com a gente. A cidade estava até meio estranha e continua. Está quieta. O Atila é prefeito que se movimenta muito, trabalhando muito, indo para todos os bairros. Infelizmente aconteceu isso, mas acredito muito na Justiça e tenho a certeza que vai ser provada a inocência dele”, avaliou o presidente do Legislativo. “Ficamos muito chateados. A gente sabe que ele é inocente. Vai ser provado, inclusive, pelo material dentro da Prefeitura. A avaliação é da Justiça. A Justiça é que vai decidir isso, a gente tem fé na Justiça e em Deus.”

Sobre o período de licença do filho estar próximo de vencer, Admir se baseou na tese dos advogados de Atila: não está configurada a vacância da função porque o político não se ausentou por motivos de saúde, morte ou dolosamente, e sim por uma determinação judicial. “Isso não existe mais. O mandato está suspenso, através de uma liminar.”

Tese pelo fim da taxa do lixo ganha força na Câmara

Mais uma vez a taxa do lixo foi pauta da sessão na Câmara de Mauá. Com as galerias destinadas aos munícipes cheias, vereadores debateram a validade do tributo, aprovado no fim do ano passado pelo Legislativo. Em demonstração de fortalecimento da tese do fim da cobrança, requerimento confeccionado pelo oposicionista Marcelo Oliveira (PT) e pelos governistas Gil Miranda (PRB) e Ricardinho da Enfermagem (PTB) pedindo a revogação do imposto foi adiado com placar apertado – 12 a nove. Nunca antes a oposição havia conquistado tamanha adesão.

O governo da prefeita em exercício de Mauá, Alaíde Damo (MDB), prometeu rever o modelo da cobrança e a base de cálculo de alguns casos, além de aumentar o subsídio do Tesouro para acrescentar faixa de isenção. O assunto pautou reunião ontem pela manhã entre a prefeita interina e a base de vereadores.

Ficou acertado que, na semana que vem, projeto de lei com alterações na taxa do lixo virá à Câmara, juntamente com proposta de redução de cargos em comissão. A atual administração prometeu extinguir a Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá), autarquia municipal.

“O requerimento se tornou inviável no momento, tendo em vista que já há decisão de mudar a tabela”, discorreu o vereador Manoel Lopes (DEM). “Executivo vai ampliar o subsídio. Vai bancar a diferença, com subsídio: de 20% vai para 30%.”

Presidente da Câmara de Mauá, Admir Jacomussi (PRP) declarou que não antecipará seu voto na discussão desse pacote de projetos e evitou tecer avaliações sobre a vontade do governo interino em rever o tributo. “Vamos ver como vai vir o projeto. O que o Executivo está argumentando é redução na taxa, com subsídio da Prefeitura, voltando aos valores iniciais. Não sei por que foi adiado (para terça-feira). Acho que estão aguardando um estudo que está sendo feito. Esperando informação da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).”

Por Raphael Rocha e Fábio Martins - Diário Online
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