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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/12/2015 | Cidade
Acordo da Braskem para obter insumo da Petrobras se complica
A negociação da Petrobras para fornecimento de matéria-prima para a Braskem, que parecia próxima de acerto entre as duas partes, em vez de avançar, ontem se complicou, segundo fonte do setor. Isso porque a estatal voltou atrás no acordo em relação ao preço da nafta (o principal insumo do segmento), alinhavado com a chancela do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, e que previa a fixação de preço em 101% da cotação ARA (sigla para os mercados de Amsterdam, Rotterdam e Antuérpia), que já é uma das mais caras do mundo.

A informação obtida pela equipe do Diário é que a direção da companhia petrolífera brasileira decidiu passar a exigir mais 1% a 2% sobre o percentual que já teria aceitado (de 101% da cotação). Além disso, também quer discutir novamente o prazo do contrato, que estava certo que seria de dez anos. As empresas, porém, seguem negociando. Segundo comunicado divulgado ontem pela Braskem, apesar da expectativa de assinatura do contrato de fornecimento até terça-feira, a empresa, que tem fábricas na região, “segue empenhada na busca de uma solução estrutural de longo prazo”. A estatal, por sua vez, já havia informado na terça que continuará suprindo de matéria-prima a petroquímica enquanto seguem as tratativas.

Na terça, dia 15, venceu o prazo do aditivo contratual, por meio do qual as duas empresas haviam prorrogado por 45 dias o abastecimento do insumo. Foi a quinta postergação, depois que contrato venceu, em 2014. No aditivo, estavam valendo 100% da cotação ARA, mas a estatal vinha batendo na tecla de querer cobrar ágio (de 5% a 10%) para incorporar custos logísticos da importação da nafta. Isso porque, em vez de fornecer sua produção nacional para a Braskem, passou a dar preferência a transformar esse item em gasolina e comprar o insumo petroquímico do Exterior.

IMPACTO - A falta de um contrato de fornecimento da nafta preocupa, segundo o prefeito de Mauá e presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Donisete Braga. Isso porque, sem um acordo de longo prazo para ter a matéria-prima, a direção da Braskem já avisou que pode fechar o Polo Petroquímico do Grande ABC (o mais antigo no País), o que poderia gerar desemprego – cerca de 31 mil empregos estariam ameaçados na região – e perda de arrecadação. Cerca de 60% da receita de Mauá com impostos vem do polo.

Essa indefinição, além disso, atrapalha decisões de investimento. “Ninguém vem para o Brasil (para projetos na área) sem um contrato de longo prazo, e pequenas empresas também não investem sem saber o preço da nafta”, disse o presidente da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Fernando Figueiredo.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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