DATA DA PUBLICAÇÃO 20/10/2014 | Setecidades
Acompanhamos de perto as dificuldades dos ciclistas no ABCD
Santo André realiza toda segunda-feira pedalada noturna, onde ciclistas enfrentam o trânsito do começo da noite por 17 km. Foto: Rodrigo Pinto
Quarta e última reportagem da série mostra que motoristas demonstram intolerância com bikers
Buzinas, fechadas, braços em riste, aceleradas e quase atropelamentos. O ABCD MAIOR sentiu na pele as dificuldades de quem pedala pelas ruas da Região. O horário escolhido não poderia ser outro: o início da noite, quando todo mundo quer chegar em casa após a rotina de trabalho. O local das pedaladas foi o Centro de Santo André.
A avenida Perimetral foi percorrida até a praça Quarto Centenário (Paço). O que foi possível perceber é que, para quem não tem experiência para dividir o trânsito sobre uma bike, o risco de atropelamento se mantém em todo o trajeto. Sobre duas rodas, as regras de trânsito são as mesmas respeitadas por qualquer veículo. Mesmo assim, motoristas demonstram intolerância quando se aproximam do ciclista.
Quem pedala com mais frequência no período noturno confirma os problemas no trânsito. “Acredito que os veículos que estão transitando são os principais riscos, principalmente aqueles que passam bem próximos ao ciclista, não respeitando a distância de 1,5 metro para ultrapassar”, disse Daniel Lavinas, um dos integrantes do grupo ABCD Bikers. “Como andamos à direita da via, os carros estacionados também se tornam riscos, porque às vezes motoristas abrem as portas sem verificar o retrovisor. Além disso, temos problemas com pedestres que atravessam sem olhar”, completou o ciclista.
Equipamento - No trajeto percorrido pela reportagem, outro ponto importante é a integridade do equipamento (bicicleta e proteção individual). A bike usada pelo ABCD MAIOR não tinha todos os requisitos de segurança indicados pelos cicloativistas. Os freios não atendiam prontamente, os pneus não estavam totalmente calibrados e a iluminação de alerta era precária. Esse check up, porém, não passa desapercebido pelos organizadores da Pedalada Noturna, organizada pela Prefeitura de Santo André todas as segundas-feiras, às 19h30.
No evento, uma oficina gratuita é montada na praça Quarto Centenário. Todo equipamento é checado antes da volta de 17 quilômetros. O passeio é acompanhado por agentes da Engenharia de Tráfego, que bloqueia parte das vias para a passagem dos ciclistas. Na última segunda-feira (13/10), mais de 700 pessoas participaram do evento. O grupo foi acompanhado por 22 veículos da Engenharia de Tráfego. Mesmo assim, os cicloativistas receberam vaias e buzinadas de motoristas em algumas das ruas percorridas. A oficina faz parte da parceria entre a loja andreense Planeta Ciclo e Prefeitura.
Protesto - Neste domingo (19/10), ciclistas da Região vão organizar uma manifestação contra o atropelamento de um cicloativista no dia 19 de setembro. Conforme a organização do ato, o ciclista Marcelo Mazzoni pedalava na altura do km 24 da via Anchieta, pelo acostamento, quando foi atropelado por um motorista. O rapaz está em coma e amigos e familiares acreditam que o motorista estava embriagado. A manifestação começa a partir das 8h, em frente à portaria da montadora Volkswagen, também na Anchieta.
Buzinas, fechadas, braços em riste, aceleradas e quase atropelamentos. O ABCD MAIOR sentiu na pele as dificuldades de quem pedala pelas ruas da Região. O horário escolhido não poderia ser outro: o início da noite, quando todo mundo quer chegar em casa após a rotina de trabalho. O local das pedaladas foi o Centro de Santo André.
A avenida Perimetral foi percorrida até a praça Quarto Centenário (Paço). O que foi possível perceber é que, para quem não tem experiência para dividir o trânsito sobre uma bike, o risco de atropelamento se mantém em todo o trajeto. Sobre duas rodas, as regras de trânsito são as mesmas respeitadas por qualquer veículo. Mesmo assim, motoristas demonstram intolerância quando se aproximam do ciclista.
Quem pedala com mais frequência no período noturno confirma os problemas no trânsito. “Acredito que os veículos que estão transitando são os principais riscos, principalmente aqueles que passam bem próximos ao ciclista, não respeitando a distância de 1,5 metro para ultrapassar”, disse Daniel Lavinas, um dos integrantes do grupo ABCD Bikers. “Como andamos à direita da via, os carros estacionados também se tornam riscos, porque às vezes motoristas abrem as portas sem verificar o retrovisor. Além disso, temos problemas com pedestres que atravessam sem olhar”, completou o ciclista.
Equipamento - No trajeto percorrido pela reportagem, outro ponto importante é a integridade do equipamento (bicicleta e proteção individual). A bike usada pelo ABCD MAIOR não tinha todos os requisitos de segurança indicados pelos cicloativistas. Os freios não atendiam prontamente, os pneus não estavam totalmente calibrados e a iluminação de alerta era precária. Esse check up, porém, não passa desapercebido pelos organizadores da Pedalada Noturna, organizada pela Prefeitura de Santo André todas as segundas-feiras, às 19h30.
No evento, uma oficina gratuita é montada na praça Quarto Centenário. Todo equipamento é checado antes da volta de 17 quilômetros. O passeio é acompanhado por agentes da Engenharia de Tráfego, que bloqueia parte das vias para a passagem dos ciclistas. Na última segunda-feira (13/10), mais de 700 pessoas participaram do evento. O grupo foi acompanhado por 22 veículos da Engenharia de Tráfego. Mesmo assim, os cicloativistas receberam vaias e buzinadas de motoristas em algumas das ruas percorridas. A oficina faz parte da parceria entre a loja andreense Planeta Ciclo e Prefeitura.
Protesto - Neste domingo (19/10), ciclistas da Região vão organizar uma manifestação contra o atropelamento de um cicloativista no dia 19 de setembro. Conforme a organização do ato, o ciclista Marcelo Mazzoni pedalava na altura do km 24 da via Anchieta, pelo acostamento, quando foi atropelado por um motorista. O rapaz está em coma e amigos e familiares acreditam que o motorista estava embriagado. A manifestação começa a partir das 8h, em frente à portaria da montadora Volkswagen, também na Anchieta.
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