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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/10/2009 | Informática
Acer volta a fabricar notebooks no Brasil
Quinze anos após sua saída do Brasil, a taiwanesa Acer volta a se instalar no país. Conhecida por seus notebooks e netbooks, a fabricante já está produzindo seus equipamentos no país e fechou um acordo de distribuição com a americana Ingram Micro, líder nesse tipo de negócio no mercado brasileiro.

Agora, seus produtos poderão desfrutar dos benefícios fiscais concedidos aos demais concorrentes no Brasil e estarão presentes nos principais varejistas. Ao todo são 10 mil revendas associadas à Ingram Micro. Os pedidos já podem ser feitos e os produtos são os mesmos disponíveis no exterior.

O responsável pela empresa no país é o gerente-geral da Acer nos EUA, Mark Hill. Por enquanto, ele deve acumular funções até que a operação esteja devidamente consolidada.

O executivo Drew Goldman também está à frente da operação brasileira. A Folha tentou entrevistá-los, mas eles não responderam até o fechamento desta edição.

Fundada em 1976, a Acer se consolidou no mercado mundial ao adquirir a concorrente americana Gateway por US$ 710 milhões, em 2007. O negócio foi uma jogada estratégica porque a Gateway tinha preferência de compra na companhia americana Packard Bell, caso ela estivesse à venda. Naquele mesmo ano, a chinesa Lenovo fez uma proposta.

Resultado: por ter comprado a Gateway, a Acer acabou adquirindo 75% da Packard Bell e ultrapassou a Lenovo na venda de PCs e notebooks, em 2008. Hoje ela é a terceira maior do ramo, perdendo para HP e Dell.

No Brasil, a história da Acer é cercada de lendas e curiosidades. Uma delas é a de que a companhia teria deixado o Brasil, em meados da década de 1990, porque não conseguiu vender PCs em quantidade suficiente para receber incentivos fiscais do governo. Obrigada a pagar a diferença, ela teria decidido deixar o país. A Acer desmente essa versão e afirma que saiu do Brasil por motivos operacionais.

Desde sua saída, ela passou a atuar no país por meio de distribuidores regionais, que passaram a vender notebooks e netbooks importados. Em pouco tempo, a Acer despontou entre os líderes desse ramo.

No segundo trimestre de 2009, sua participação chegou a 8,3%, aproximando-se da HP, que possui fábrica e uma estrutura comercial de grande porte. Hoje a Acer possui apenas cinco distribuidores.

A Folha apurou que a entrada ilegal dos equipamentos da Acer no Brasil é o que explica esse resultado. Nos últimos anos, a Acer ganhou mercado porque revendedores no Paraguai importavam seus notebooks, que, depois, eram trazidos ao Brasil sem pagar os devidos impostos. Essa prática resultou em preços até 35% menores que os mais baixos do mercado. Com a política do governo Lula de redução de impostos sobre produtos de informática e a crescente oferta de crédito no país pelo varejo e por distribuidores, os computadores trazidos do Paraguai perderam competitividade.

"Mesmo em endereços conhecidos pela venda de artigos de origem duvidosa, já não se encontram produtos mais baratos que os das redes varejistas," diz José Martim Juacida, analista do IDC (International Data Corporation). "Produzir aqui ficou mais interessante."

Em parte, é isso o que explica a chegada da Acer ao Brasil. "Posso garantir que eles têm um plano sério, e não entraríamos nesse negócio se fosse diferente", diz Marcelo Medeiros, presidente da Ingram Micro no Brasil. Segundo Medeiros, o objetivo da Acer é conseguir ampliar seu volume de vendas, atingindo as principais redes varejistas do país.

Outro motivo é o próprio crescimento da economia brasileira e as perspectivas de venda de notebooks e netbooks. "Todos estudam vir para o Brasil", diz Ivair Rodrigues, da IT Data. Estima-se que em cinco anos, no máximo, eles ultrapassarão os PCs. Sinal desse vigor, a chinesa Lenovo tentou adquirir a líder nacional Positivo no final do ano passado.

Por Julio Wiziack - Folha de São Paulo
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