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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/11/2012 | Setecidades
ABCD vive onda de crimes e boatos de toque de recolher
ABCD vive onda de crimes e boatos de toque de recolher Nota da Unifesp libera alunos das aulas noturnas. Foto: Reprodução
Nota da Unifesp libera alunos das aulas noturnas. Foto: Reprodução
Além de aumento no número de mortes, escolas da Região cancelam aulas

A onda de assassinatos e violência que tem assustado a Grande São Paulo nas últimas semanas também pôde ser sentida no ABCD nesta semana. Dois policiais militares foram assassinados na madrugada desta quinta-feira (01/11) na favela Heliópolis, divisa com São Caetano, e outro em São Bernardo na madrugada do Dia de Finados. A moto de um dos PMs foi encontrada horas depois do ataque na avenida Guido Aliberti. Testemunhas afirmaram que foi deixada por um homem que fugiu em um carro. Além disso, em algumas cidades os boatos de toque de recolher se intensificaram.

A onda de crimes já deixou 89 policiais mortos no Estado desde janeiro. Além disso, cerca de 40 pessoas também foram mortas vítimas de tiros disparados por criminosos. A taxa de homicídios cresceu 27% na Capital em setembro, ante agosto.

Entre a madrugada de quarta-feira (31) e a manhã de quinta, 11 pessoas foram mortas na Capital. No ABCD, um homem foi fatalmente baleado em Santo André na mesma noite em que morreram os PMs.

Toque de recolher - Na região do Bairro Alvarenga, Sítio Bom Jesus e Jardim do Lago, em São Bernardo, algumas escolas estaduais e particulares dispensaram mais cedo os alunos do período noturno. Alguns estudantes relataram que o motivo da medida são boatos de toque de recolher, prática que se confirmou na zona Leste de São Paulo.

O caso se repetiu em colégio particular no Centro de São Bernardo. De acordo com estudante que preferiu não revelar o nome, o coordenador da escola encerrou as aulas às 20h. “Nosso turno acaba às 23h. O coordenador orientou a gente a sair mais cedo, porque a escola havia recebido toque de recolher”, relatou o jovem. No Alvarenga, uma escola estadual adotou o mesmo procedimento.

“Ficamos sem aula dois dias. Os professores mesmo estavam com bastante medo e agora estou insegura de deixar meus filhos em casa para ir para a escola”, contou uma trabalhadora doméstica de 38 anos, que também preferiu omitir o nome.

Em Diadema, o campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) enviou uma nota a alunos cancelando as aulas noturnas desta quinta-feira. Na segunda e terça-feira, uma empresa de transporte público que presta serviços na cidade suspendeu o itinerário de ônibus para o Bairro Eldorado após as 22h. A alegação também foram os boatos de insegurança.


Tudo está sob controle, minimiza secretário

Apesar do volume de crimes na Grande São Paulo, o secretário de Segurança Pública do Estado, Antonio Ferreira Pinto, disse nesta semana que a situação “está sob controle”. O secretário se referiu especificamente aos assassinatos de policiais militares.

Na quinta-feira (01/11), a presidente Dilma Rousseff acertou em telefonema ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) parceria para conter a onda de violência. A parceria será definida em reunião na próxima semana, da qual participará o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Em junho, Cardozo, havia alertado o secretário sobre possível agravamento da violência no Estado.

Também na quinta, o secretário foi procurado para comentar os boatos de toque de recolher no ABCD e os atos de criminalidade, porém, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, não estava disponível para entrevistas. Questionado sobre possíveis reforços ou mudança de estratégia da PM da Região, o órgão informou apenas que “a Polícia Civil investiga todos os casos para identificar os responsáveis”.

“Estado tem medo de ser investigado”

Doutor em Segurança Pública, o deputado federal Vanderlei Siraque (PT-SP) avaliou que o governo de São Paulo teme receber auxílio do governo federal no combate à onda de crimes. “O problema não são apenas os assassinatos. O governo federal tem forte poder na inteligência e investigação, e se entrar em São Paulo vai investigar tudo, até mesmo a máquina pública”, explicou o deputado. “O Estado tem medo disso, pois possivelmente a Força Nacional descobriria corrupção e gente do governo ligada à criminalidade”, reforçou.

O deputado, porém, evitou lançar críticas ao secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. “O problema é que o PSDB permitiu que o crime organizado se instalasse dentro e fora dos presídios. Não é um problema pontual de secretaria, mas sim, a forma de administrar nos últimos anos”, afirmou.

Para o secretário de Segurança Urbana de São Bernardo, Benedito Domingos Mariano, somente ações conjuntas entre as duas esferas do poder podem conter a onda de crimes. “E como Prefeitura nós fazemos nossa parte. A Guarda Civil Municipal está presente na porta das escolas, parques e praças públicas”, garantiu.

Sobre os boatos de toque de recolher, Mariano afirmou ter conhecimento que o assunto ronda os bairros da cidade. “Muitas vezes são pessoas oportunistas que geram esses boatos sem fundamento. A população deve evitar dar ouvidos, a menos que sejam confirmados pela Polícia Militar”, orientou o secretário.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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