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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/09/2012 | Cidade
ABCD testa monitoramento contra desastres naturais
ABCD testa monitoramento contra desastres naturais Objetivo da iniciativa é evitar tragédias como a ocorrida no Morro do Macuco, em Mauá. Foto: Amanda Perobelli
Objetivo da iniciativa é evitar tragédias como a ocorrida no Morro do Macuco, em Mauá. Foto: Amanda Perobelli
Vigília é realizada desde junho pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos em quatro cidades

As chuvas de verão de 2013 serão um teste para a prevenção de desastres naturais no ABCD. Desde junho deste ano, geólogos, hidrólogos e especialistas do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, monitoram em tempo real, 24 horas por dia e sete dias por semana, as áreas de risco de São Bernardo, Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra, entre outras 164 cidades do País. O objetivo é emitir alertas de risco e minimizar os impactos dos desastres naturais, como alagamentos e deslizamentos.

Para o geólogo e pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e assessor técnico do Cemaden, Agostinho Tadashi Ogura, o esforço do poder público em estruturar um sistema de alertas e monitoramento para desastres naturais permitirá que as ameaças sejam previstas com até cinco horas de antecedência. “Mas para que o sistema dê certo é essencial que os municípios estejam preparados para receber essas informações e transformá-las em ações efetivas de remoção e controle.”

Preparo - O problema, de acordo com o especialista, é que os municípios ainda são deficientes quando o assunto é gestão de risco e prevenção. “Na maioria dos casos, as equipes de defesa civil são preparadas apenas para responder uma emergência, e não para agir preventivamente”, avaliou.

Em nota, as prefeituras de São Bernardo, Diadema e Mauá asseguram estar preparadas para receber os alertas do Cemaden. As administrações afirmam ter plano de contingência ou preventivo e de resposta para cada desastre natural. Todas as três prefeituras também garantem ter profissionais da defesa civil 24 horas por dia para atendimento de emergência. Rio Grande da Serra não respondeu a reportagem sobre o assunto.

Para mensurar os fenômenos meteorológicos ou topográficos, o Cemaden utiliza sensores das estações meteorológicas, radares, pluviômetros e imagens sequenciais. Em caso de desastre natural, a equipe emite quatro níveis de risco para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, a Defesa Civil nacional, que por sua vez aciona os serviços de Defesas Civis estaduais e municipais.

Com o lançamento do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, em agosto deste ano, pelo qual serão investidos mais de R$ 18 bilhões até 2014, a União vai adquirir nove radares meteorológicos, 286 estações hidrológicas, 4,1 mil pluviômetros e investirá em formação.

Consórcio busca expandir equipamentos na Região
Desde que o governo federal anunciou a meta de implantar 4,1 mil pluviômetros no Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, o Consórcio Intermunicipal busca ampliar a quantidade de equipamentos no ABCD. A meta são os pluviômetros instalados nas antenas de telefonia móvel, como o projeto-piloto desenvolvido em Mauá. No total, o governo federal deve liberar 1,4 mil equipamentos desse tipo até 2014.

Além de Mauá, outra cidade da Região que conta com a instalação de pluviômetros é São Bernardo. Nos dois últimos anos, o município instalou 23 pluviômetros. Até então, o município contava apenas com dois equipamentos nos postos do Corpo dos Bombeiros. Porém, diferentemente dos aparelhos do governo federal, os de São Bernardo são mais simples e monitorados manualmente pelos membros da Defesa Civil.

Porém, antes de expandir o projeto-piloto de Mauá, a Telefônica/Vivo e o Cemaden precisam entender todos os desafios que envolvem a iniciativa e definir qual será a melhor maneira de expansão. “A princípio, a ideia é que criemos uma interface da Vivo Clima com o software do Cemaden, para que eles possam transmitir as informações para as defesas civis municipais”, esclareceu a gerente de sustentabilidade da Telefônica/Vivo, Juliana Limonta.

Mauá tem pluviômetro em torre de telefonia
Além do monitoramento do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), entre 2011 e este ano, as áreas de risco de Mauá, especificamente do Jardim Zaíra, ganharam a instalação de quatro pluviômetros, aparelho usado para medir o volume de chuva acumulada, em antenas de telefonia móvel.

O projeto-piloto da empresa Telefônica/Vivo e do Cemaden também tem como foco evitar os desastres naturais, como deslizamentos de terra em áreas críticas.

A ideia partiu da Telefônica/Vivo após uma apresentação, na Conferência de Copenhague (Cop 15), da ONU, em 2009, de um projeto semelhante implantado na África. “Na África eles queriam evitar a morte de pescadores em barcos precários. Para cá, percebemos que apenas os pluviômetros atenderiam as expectativas”, explicou a gerente de sustentabilidade da Telefônica/Vivo, Juliana Limonta.

Antenas - As antenas foram escolhidas para o projeto por ficarem em pontos estratégicos, ampliando assim a capacidade de análise do poder público. Os dados são captados pelos pluviômetros e transmitidos on-line para a plataforma desenvolvida pela empresa.

A gerente da Vivo explicou que é possível mandar as informações via torpedo SMS para os moradores das áreas de risco. “Mas é preciso ter um envolvimento direto com a defesa civil municipal, responsável por este tipo de trabalho”, comentou Juliana.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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