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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/05/2013 | Saúde e Ciência
ABCD tem um quinto das mortes pela gripe suína no Estado
ABCD tem um quinto das mortes pela gripe suína no Estado Idosos estão entre os mais vulneráveis ao virus da gripe. Foto de Andris Bo
Idosos estão entre os mais vulneráveis ao virus da gripe. Foto de Andris Bo
Professor de Infectologia fala de um surto da doença tanto no Estado quanto na Região

Desde o início do ano, o ABCD registrou 12 mortes por gripe H1N1, 21,8% de todos os óbitos do Estado, que teve 55 óbitos pela doença. São Paulo também concentra 90% de todas as mortes no País, que até o dia 12 de maio havia contabilizado 61 óbitos pela doença e 388 casos.

Até agora, foram três vítimas fatais em Santo André, sete em São Bernardo, uma em Ribeirão Pires e uma em São Caetano – essa última ainda está sendo investigada. A Região também registrou de janeiro até o final de maio 86 casos confirmados da doença.

Risco ampliado
Apesar disso, o ABCD não atingiu o coeficiente estipulado pelo Ministério da Saúde para cobertura da vacinação contra a gripe. Até o início desta semana, haviam sido imunizadas na Região 459 mil pessoas, menos que a meta de 555 mil moradores – número correspondente a 80% do público-alvo formado por idosos com 60 anos ou mais, crianças a partir dos seis meses e menores de dois anos de idade, gestantes, trabalhadores da saúde, doentes crônicos, mulheres que deram à luz há até 45 dias e indígenas.

A campanha de vacinação nas unidades de saúde foi encerrada nesta quarta-feira (29/05). Dependendo da cobertura obtida em cada cidade, as prefeituras continuarão a oferecer a vacina para esses grupos, de acordo com o Ministério da Saúde.

Para Hélio Vasconcelos Lopes, professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, hoje há um surto da doença no Estado e no ABCD. “Não é um quadro de epidemia de H1N1, pois seriam necessárias mais mortes e casos confirmados para configurar esse quadro. Porém, a população deve estar alerta e a vacina é uma das prevenções”, alertou.

Evolução
O infectologista explicou que não é possível afirmar se o surto irá evoluir para uma epidemia, pois para isso são necessárias algumas análises, como taxa de vacinação e presença do vírus na localidade. “A média é que, em um total de dez pessoas do grupo de risco, oito foram imunizadas. Portanto, duas não foram e estão mais suscetíveis à doença.”

De acordo com o professor, as mortes ocorrem de maneiras diferentes, seja por complicações de uma pneumonia em que o aparelho respiratório está mais frágil ou quando o paciente estiver mais debilitado, caso de idoso ou quem já possui alguma outra doença. “Crianças também são mais frágeis, pois ainda estão formando as defesas do corpo”, reforçou.

Lopes lembrou que as formas de transmissão da doença são as mesmas que a de uma gripe comum e que é importante, neste momento, evitar locais fechados com muitas pessoas e lavar sempre as mãos quando chegar em casa. “Não há muito o que fazer para não contrair a gripe H1N1, pois todos temos de trabalhar e muitos usam o transporte público, portanto é necessário estarmos atentos aos sintomas”, destacou o médico.

Diferença para gripe comum é intensidade

Não existem grandes diferenças de sintomas entre uma gripe comum e a H1N1, que só é identificada, de acordo com o infectologista Hélio Vasconcelos Lopes, por um exame de sangue. “A diferença está na intensidade dos sintomas. Se a pessoa tiver febre alta, acima de 38 graus, dores musculares, de garganta, irritação nos olhos, é necessário procurar um médico”, afirmou.

O Ministério da Saúde enviou para o Estado 199 mil caixas de Tamiflu – antiviral usado no tratamento da doença, sendo 134 mil caixas na fórmula para adultos (75 mg), 32,5 mil caixas de 30 mg e 32,5 mil de 45 mg para uso pediátrico.

O medicamento é oferecido gratuitamente na rede pública e reduz complicações e óbitos pela doença. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou que o acesso ao medicamento seja facilitado. Para isso, sugeriu que o antiviral seja oferecido em todas as unidades de saúde, nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) e nos prontos-socorros.

Para retirar o antiviral, basta apresentar a prescrição médica emitida tanto por médicos da rede pública como da rede privada.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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