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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/03/2011 | Saúde e Ciência
ABCD registra surto de conjuntivite
Desde a última semana, o ABCD tem registrado aumento no número de casos de pessoas infectadas com conjuntivite viral. Somente em Mauá, quando normalmente eram atendidos cerca de 100 pacientes por semana com a doença, atualmente estão sendo registrados 550 novos diagnósticos semanais.

Em São Bernardo, o Pronto-Socorro de Rudge Ramos, que concentra o atendimento oftalmológico de emergência, registrou um aumento de 71% desde janeiro, quando foram atendidos 1.577 pacientes.

Os dados parciais de fevereiro (até 21/2) mostram que 2.694 pacientes com conjuntivite passaram pela oftalmologia. A Secretaria de Saúde do município determinou que médicos de clínica geral e de pediatria das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e das demais unidades de pronto atendimento tratem dos pacientes com sintomas de conjuntivite e encaminhem para o PS Rudge Ramos apenas os usuários com maior gravidade.

Desde o início deste ano, São Caetano registrou aumento de 88% no atendimento oftalmológico. A orientação dada às pessoas com sintomas é que se encaminhem ao Hospital de Emergências Albert Sabin para se consultar e tratar a doença. Em Mauá, os casos mais graves estão sendo encaminhados para o CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André, referência de oftalmologia do SUS (Sistema Único de Saúde) na Região.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Santo André, estão sendo atendidos no CHM aproximadamente 250 pessoas por dia. Com o aumento da demanda, o tempo de espera para consulta é de duas a três horas. “Moro em São Mateus, São Paulo, e me encaminharam para cá. Tive de vir no domingo (27/2) porque estava me sentindo muito mal, com dor nos olhos. Tive de voltar hoje (28/2) para trazer meu vizinho que apresentou os mesmos sintomas”, disse o prensista Ricardo Marques.

A reportagem do ABCD MAIOR esteve no Centro Hospitalar e constatou que havia grande número de pacientes para serem consultados com o oftalmologista, o que gerou filas de espera e demora no atendimento. “No fim de semana, o médico teve de almoçar em dez minutos para poder dar conta do volume de pacientes”, relatou Marques.

A auxiliar de limpeza Maria Sandra Pereira, que mora no Parque João Ramalho, relatou que chegou a ir até o trabalho hoje, mas teve de voltar para casa, pois não suportava a sensação de ardência nos olhos. “Em casa todos os meus familiares já contraíram. Meu marido, meus filhos. Faltava apenas eu”, disse.

Contágio - O oftalmologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Marinho Jorge Scarpi explicou que este tipo de conjuntivite é comum durante os meses mais quentes do ano. “Durante o período de férias, o contágio é facilitado porque o contato entre as pessoas é mais frequente. Em uma viagem de férias, é comum dividir toalhas de rosto com amigos ou parentes”, exemplificou.

A contaminação se dá quando há contato com a lágrima da pessoa que tem a doença. “Para transmitir o vírus, basta que o doente coce o olho e aperte a mão de alguém. É necessário lavar bem as mãos com água e sabão e ter uma toalha de rosto de uso individual”, salientou Scarpi.

O médico explicou que os principais sintomas da doença são a ardência e inchaço nos olhos, lacrimejação e irritabilidade a luz. “A partir do momento em que se tem contato com o vírus, demora cerca de cinco dias para que a doença se manifeste. Em alguns casos, a visão pode ficar embaçada”, explicou.

Quanto ao tratamento, o oftalmologista afirmou que nos casos mais simples, a partir do início da medicação, em cerca de duas semanas o paciente apresenta melhoras. “Porém, se o vírus atingir a retina, o tratamento pode durar de seis meses a um ano”, disse.

De acordo com a diretora do Centro de Oftalmologia Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde, Norma Medina, o monitoramento da doença mostra que a prevenção da conjuntivite não pode ficar restrita aos meses de verão. “É fundamental que a população esteja atenta às medidas de higiene e outros cuidados”, salientou.

Como evitar:

- Lave as mãos e o rosto com frequência, com água e sabão
- Evite coçar os olhos
- Lençóis, travesseiros e toalhas devem ser de uso individual
- Evite o uso de objetos (maquiagem, copo, toalha, travesseiro etc.) de quem está com conjuntivite
- Ao fazer compressa, não use o mesmo algodão nos dois olhos; se a conjuntivite estiver só em um, o outro olho poderá ser contaminado.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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