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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/11/2016 | Saúde e Ciência
ABCD registra surto de caxumba em adultos em 2016
ABCD registra surto de caxumba em adultos em 2016 Prefeituras do ABCD registraram surto de caxumba em jovens e adultos. Foto: Rodrigo Pinto
Prefeituras do ABCD registraram surto de caxumba em jovens e adultos. Foto: Rodrigo Pinto
Para médico, problema está no fato de muitos jovens e adultos terem tomado apenas uma dose da vacina

A caxumba é uma doença que sempre foi facilmente associada a crianças, mas este ano, tem atormentado muitos adolescentes e adultos no ABCD. Desde o início do ano, cinco das sete cidades da Região registraram surtos de caxumba, muitos deles com adultos. A Secretaria de Estado da Saúde considera como surto quando há mais de dois casos da doença no espaço de 15 dias. Em Santo André há casos suspeitos de surto em investigação. Já a Prefeitura de Rio Grande da Serra não respondeu a reportagem até a publicação desta matéria.

Conforme o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), sistema do governo do Estado que registra os casos apurados e confirmados como surtos, apenas neste ano, Mauá contabilizou 659 casos de caxumba dos quais 62,8% ocorreram em pessoas maiores de 18 anos. Em São Caetano foram 24 casos, sendo 33% em adultos. Em São Bernardo foram registrados surtos em 69 escolas, totalizando 763 casos de caxumba. Diadema registrou três surtos, mas a Prefeitura não passou a idade dos pacientes. Já Ribeirão Pires teve dois surtos, dos quais um envolveu cinco crianças e pré-adolescentes e outro com 10 adultos.

A estudante e moradora de São Caetano Isabel Voros, 17 anos, teve a doença no começo do ano, após pegar na escola. “Na época, apenas na minha turma, oito pessoas pegaram caxumba”, ressaltou. No começo, a jovem não imaginava que se tratava da doença. “Fui ao médico e ele disse que era apenas inflamação, pois estava só uma bolinha embaixo do ouvido”, lembrou. Mas quando saiu do outro lado do rosto, aí não houve mais dúvidas sobre o diagnóstico. “Tive que ficar duas semanas de repouso. Mas no final passei para meu namorado e ele para o irmão dele”, revelou.

No caso de surtos, o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde recomenda promover a vacinação de bloqueio, ou seja, vacinar todas as pessoas que têm relacionamento próximo com o doente, inclusive os adultos, de modo que a doença não seja propagada. Até o dia 8 de novembro, em todo o Estado, o CVE registrou 823 surtos e 4.193 casos, dos quais 67,4% ocorreram com pessoas entre 15 e 49 anos.

VACINAÇÃO

Para o infectologista Jessé Reis, do laboratório Alta Excelência Diagnóstica, o surto ocorre porque muitos adolescentes e adultos não chegaram a tomar as duas doses da vacina ou simplesmente não tomaram a vacina. “Quando há uma falha na vacinação na infância, temos adolescentes e adultos desprotegidos, sendo que esses não se dão conta do perigo porque entendem que a vacinação é coisa de criança. Mas há vacinas que requerem reforços periódicos durante toda a vida”, explicou.

O médico explicou ainda que os calendários de vacinação foram se alterando com o passar dos anos, de modo que algumas vacinas foram introduzidas no calendário ou tiveram o número de doses alteradas, fazendo com que muitos adultos e adolescentes não tenham sido contemplados durante a infância. Como é o caso da vacina tríplice viral contra o sarampo, caxumba e rubéola, introduzida no calendário no início da década de 1990 com uma dose, mas em 2004 passou a ter dose dupla. “Hoje, sabemos que para que uma pessoa se considerar efetivamente protegida, são necessárias duas doses dessa vacina a partir de 12 meses de idade”, destacou.

CAXUMBA

É uma doença viral de transmissão respiratório por meio de contato direto ou secreções da pessoa doente. O período de incubação varia entre 12 a 25 dias e o de transmissão de dois dias antes do aparecimento da parotidite (glândulas salivares) até nove dias depois. Suas complicações são: meningite, surdez, e inflamação nos ovários ou testículos.

Principais sintomas:

Inchaço das glândulas salivares
Febre
Calafrios e dores de cabeça ao mastigar e engolir
Aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar
Em menores de cinco anos de idade são comuns sintomas das vias respiratórias e perda neurosensorial da audição


Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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