DATA DA PUBLICAÇÃO 29/07/2012 | Setecidades
ABCD registra aumento de 24% nos casos de hepatites virais
Consumidoras devem levar seus alicates de unha aos salões de beleza ou certificar-se que o local possui um esterilizador. Foto: Luciano Vicioni
Dados do Ministério da Saúde mostram que 33 mil novos casos da doença são notificados anualmente no País
No Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, celebrado neste sábado (28/07), o ABCD não tem o que comemorar. Entre os anos de 2010 e 2011 houve aumento de 24,17% na incidência dos tipos B e C da doença. Dados da secretaria estadual de Saúde revelam que em 2010 foram 604 casos na Região, e 750 em 2011. O Ministério da Saúde aponta que há no Brasil 1,5 milhão de infectados pelo vírus do tipo C. Por ano são notificados mais de 33 mil novos casos de hepatites virais.
A Região segue a tendência do Estado, que registrou alta nos caso de hepatite B e C. Em 2010, em São Paulo foram notificados 9.137 casos e em 2011, 10.027. “Não houve aumento de casos, mas sim de diagnósticos”, explicou Regina Gomes dos Santos, hepatologista do Hospital Brasil.
A médica disse que o diagnóstico da hepatite é fácil. “Os sintomas são pele e olhos amarelados, urina escura, febre, mal-estar, cansaço, vômitos, tontura, dor abdominal e fezes claras.”
Comprometimento - A hepatite causa inflamações nas células do fígado, comprometendo as funções vitais do órgão. Existem cinco tipos de hepatites virais, sendo que no Brasil as incidências mais comuns são dos tipos B e C. No primeiro caso, a prevenção pode ser feita por meio de vacina oferecida na rede pública. Há vacina para hepatite A, mas só na rede privada.
A hepatologista alerta que os tipos B e C são os que podem apresentar quadros crônicos da doença, levando o paciente ao câncer de fígado, cirrose ou insuficiência hepática. “Atualmente, de 30% a 40% da fila de espera por transplante de figado são portadores do tipo C, e entre 5% e 10%, portadores do vírus B.”
No caso das hepatites A e E, a transmissão é feita por alimentos ou água contaminada. Nesses casos, a doença não fica crônica, e podem ser tratados com medicamentos. No caso do tipo D, esse vírus depende da presença do tipo B no organismo para se manifestar. Este tipo também pode evoluir para doenças crônicas.
Ato sexual transmite os tipos B e C da doença
Os vírus causadores das hepatites B e C estão presentes na corrente sanguínea e podem ser contraídos por meio do ato sexual sem preservativo e agulhas ou outros objetos cortantes de higiene pessoal, como barbeadores e alicates de unha. “Esses utensílios devem ser de uso pessoal e nunca compartilhados. Quando se vai fazer uma tatuagem ou colocar um piercing, é necessário analisar se o material está esterilizado”, destacou.
No caso das mulheres que frequentam salões de beleza, a médica alerta para que ou as consumidoras levem seus alicates de unha ou analisar se o local possui esterilizador. “Procuro sempre frequentar o mesmo local, mas se vou a um salão novo, procuro saber se esse local possui um esterilizador”, disse a psicóloga Vera Neto, no salão de Maria Lúcia Carlos, em São Bernardo. “As clientes sempre perguntam se o material é esterilizado”, disse Maria Lúcia.
Remédios - Nesta semana, o governo federal incorporou ao Sistema Único de Saúde os medicamentos Telaprevir e Boceprevir, usados no combate à hepatite C. O ministério informou que os remédios são mais modernos e eficazes e devem beneficiar cerca de 5,5 mil pacientes com cirrose.
No Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, celebrado neste sábado (28/07), o ABCD não tem o que comemorar. Entre os anos de 2010 e 2011 houve aumento de 24,17% na incidência dos tipos B e C da doença. Dados da secretaria estadual de Saúde revelam que em 2010 foram 604 casos na Região, e 750 em 2011. O Ministério da Saúde aponta que há no Brasil 1,5 milhão de infectados pelo vírus do tipo C. Por ano são notificados mais de 33 mil novos casos de hepatites virais.
A Região segue a tendência do Estado, que registrou alta nos caso de hepatite B e C. Em 2010, em São Paulo foram notificados 9.137 casos e em 2011, 10.027. “Não houve aumento de casos, mas sim de diagnósticos”, explicou Regina Gomes dos Santos, hepatologista do Hospital Brasil.
A médica disse que o diagnóstico da hepatite é fácil. “Os sintomas são pele e olhos amarelados, urina escura, febre, mal-estar, cansaço, vômitos, tontura, dor abdominal e fezes claras.”
Comprometimento - A hepatite causa inflamações nas células do fígado, comprometendo as funções vitais do órgão. Existem cinco tipos de hepatites virais, sendo que no Brasil as incidências mais comuns são dos tipos B e C. No primeiro caso, a prevenção pode ser feita por meio de vacina oferecida na rede pública. Há vacina para hepatite A, mas só na rede privada.
A hepatologista alerta que os tipos B e C são os que podem apresentar quadros crônicos da doença, levando o paciente ao câncer de fígado, cirrose ou insuficiência hepática. “Atualmente, de 30% a 40% da fila de espera por transplante de figado são portadores do tipo C, e entre 5% e 10%, portadores do vírus B.”
No caso das hepatites A e E, a transmissão é feita por alimentos ou água contaminada. Nesses casos, a doença não fica crônica, e podem ser tratados com medicamentos. No caso do tipo D, esse vírus depende da presença do tipo B no organismo para se manifestar. Este tipo também pode evoluir para doenças crônicas.
Ato sexual transmite os tipos B e C da doença
Os vírus causadores das hepatites B e C estão presentes na corrente sanguínea e podem ser contraídos por meio do ato sexual sem preservativo e agulhas ou outros objetos cortantes de higiene pessoal, como barbeadores e alicates de unha. “Esses utensílios devem ser de uso pessoal e nunca compartilhados. Quando se vai fazer uma tatuagem ou colocar um piercing, é necessário analisar se o material está esterilizado”, destacou.
No caso das mulheres que frequentam salões de beleza, a médica alerta para que ou as consumidoras levem seus alicates de unha ou analisar se o local possui esterilizador. “Procuro sempre frequentar o mesmo local, mas se vou a um salão novo, procuro saber se esse local possui um esterilizador”, disse a psicóloga Vera Neto, no salão de Maria Lúcia Carlos, em São Bernardo. “As clientes sempre perguntam se o material é esterilizado”, disse Maria Lúcia.
Remédios - Nesta semana, o governo federal incorporou ao Sistema Único de Saúde os medicamentos Telaprevir e Boceprevir, usados no combate à hepatite C. O ministério informou que os remédios são mais modernos e eficazes e devem beneficiar cerca de 5,5 mil pacientes com cirrose.
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