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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/02/2013 | Saúde e Ciência
ABCD quer que Estado zere fila de exames e consultas especializadas
ABCD quer que Estado zere fila de exames e consultas especializadas Prefeitos definiram prioridades na área da Saúde a serem levadas ao governo do Estado. Foto: Andris Bovo
Prefeitos definiram prioridades na área da Saúde a serem levadas ao governo do Estado. Foto: Andris Bovo
Estudo revela que Região possui mais de 100 mil pacientes esperando por especialistas

Zerar a fila de exames e consultas especializadas no ABCD. Esta é uma das prioridades regionais de Saúde discutidas e aprovadas nesta terça-feira (19/02) durante a reunião extraordinária de prefeitos no Consórcio Intermunicipal. A demanda integra a lista das propostas que serão encaminhadas ao Estado, em encontro a ser agendado com o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri. Para enfrentar esse estrangulamento dos especialistas, a entidade estima que o Estado deverá aumentar em até R$ 20 milhões, por ano, os investimentos no setor para ampliar a oferta dos serviços.

“Nós avaliamos que o valor é relativamente pequeno para o governo do Estado e esta demanda é crítica para nossa Região. Só ampliando a oferta poderemos zerar as filas e evitar que isso volte a acontecer”, explicou o presidente do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde e secretário de São Bernardo Arthur Chioro. De acordo com os estudos iniciais do Consórcio, as consultas médicas demandariam um aumento de R$ 132 mil mensais, já os exames especializados precisariam de um investimento de R$ 1 milhão a mais por mês. Atualmente, mais de 100 mil pacientes esperam em ambas as filas no ABCD.

Além dessa demanda, os prefeitos e secretário de Saúde do ABCD também levarão ao governo do Estado a proposta de construção de um Hospital Regional de Retaguarda com 250 leitos destinados para pacientes crônicos que necessitam de longo período de internação. “Isso seria fundamental para que outros hospitais possam ter uma capacidade maior de atendimento”, destacou Chioro. No entanto, o Consórcio ainda não definiu em qual cidade tal equipamento seria construído, caso o Estado aprove a ideia.

Também não há local definido para a construção de uma unidade Lucy Montoro, rede de reabilitação física de alta complexidade, que será reivindicada ao Estado. Outra proposta é a implantação de um transporte regional sanitário para deslocamento de pacientes para exames complementares e intra-hospitalares, que também está entre as prioridades a serem apresentadas ao governo estadual. “Hoje cada cidade faz individualmente com grande dispersão de recurso e com pouca racionalidade. Queremos mudar isso”, revelou.

Na lista de demandas, o Consórcio também pedirá agilidade ao Estado em liberar o recurso do QualiSUS (Sistema Único de Saúde) para comprar os kits de atendimento de urgência e emergência para as 135 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da Região e apresentará a proposta de descentralização das farmácias de alto custo, atualmente centralizadas no Hospital Mário Covas. A ideia é ter uma unidade no Hospital Serraria, em Diadema, outra na Ame (Ambulatório Médico de Especialidades) Mauá para atender os moradores de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra e uma no Ame Santo André. “Assim a farmácia do Mário Covas atenderia São Bernardo e São Caetano”, informou Chioro.

Cobrança – Os prefeitos e secretários da Saúde ainda reforçaram que cobrarão o governo do Estado para cumprir o acordo firmado junto ao Consórcio Intermunicipal para tornar o Hospital Mário Covas, em Santo André, um espaço de referência no atendimento de urgência e emergência na Região. O aval do Estado foi dado em março do ano passado, quando o GT de Saúde reservou R$ 6 milhões do QualiSUS Rede (Projeto de Formação e Melhoria da Qualidade de Rede de Atenção à Saúde) – que prevê liberação de R$ 21 milhões em três anos – para possíveis intervenções no hospital.

“De acordo com informações extraoficiais, a coisa não andou porque depende de reformas e adaptações”, comentou o secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte. “A principio, as reformas estavam programadas para serem iniciadas no meio deste ano (2013), mas até agora não vimos nada que sinalize isso”, reforçou Chioro.

Plano de carreira – Outro tema que deverá ser discutido junto com o governo federal e estadual é o plano de gestão do trabalho médico. O desafio será o ABCD produzir estratégias integradas que favoreçam a fixação de médicos e qualificação do atendimento da população. “Mais do que regular valores de salários, precisamos construir uma harmonização na Região. Não podemos entrar em concorrência, seja para pagar cada vez mais ou exigir menos dos profissionais para não perdê-los”, destacou Chioro.

Apesar da disposição, o Consórcio revelou que o processo não será fácil e demandará um amplo diagnóstico do setor. “Se tudo der certo, em maio devemos voltar a falar sobre esse assunto”, informou o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

Ressalva – Marinho ainda esclareceu que irá procurar o governo do Estado, como presidente do Consórcio, para fazer uma ponderação sobre a escolha do terreno a ser construído o Centro de Referência do Idoso no ABCD. De acordo com o balanço social 2012 divulgado pelo Hospital Mário Covas, o centro será construído em uma área ao lado da unidade hospitalar ainda neste ano.

“O Consórcio é a favor do espaço, mas não acreditamos que o local seja o mais adequado”, destacou Marinho. Para o prefeito, o problema está no fato de o local desenvolver atividades físicas e de lazer com idosos, que ao passarem mal teriam de ser atendidos no Mário Covas, um hospital de referência para alta complexidade. “O ideal é construir o Centro de Referência do Idoso na Ame de Santo André, onde há espaço ocioso”, opinou.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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