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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/03/2012 | Economia
ABCD perde 23 mil empregos na indústria
ABCD perde 23 mil empregos na indústria  Setor industrial representa 28% dos empregos formais da Região. Foto: Arquivo
Setor industrial representa 28% dos empregos formais da Região. Foto: Arquivo
Especialistas explicam que o quadro deve se reverter nos próximos meses e frear as demissões

Os dados divulgados pela PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) do Dieese e Fundação Seade nas sete cidades da Região demonstram que houve um movimento atípico de demissões na área industrial em janeiro. Foram 23 mil postos de trabalho a menos na indústria do ABCD em relação ao mês de dezembro, conforme o levantamento divulgado nesta quarta-feira (29/02) no Consórcio Intermunicipal.

No primeiro trimestre do ano é natural a taxa de desemprego ser elevada por conta das demissões dos empregos temporários e outros ajustes do período pós-festas.

Apesar de janeiro de 2012 ser a menor taxa de desemprego desde 1998 ( 9,4%), as demissões na indústria se sobressaíram em relação ao comércio. De acordo com especialistas, o fato pode estar atrelado a falta de competitividade do setor em relação aos produtos importados.

Conforme a pesquisa, em janeiro o contingente de desempregados na Região foi estimado em 133 mil pessoas, sendo 18 mil a mais do que no mês anterior.

O setor industrial representa 28% dos empregos formais da Região e, por isso, o reflexo das demissões tem mais impacto do que outras áreas como comércio e serviços. Já no comércio foram 15 mil trabalhadores a menos no mesmo período de comparação.

Saldo positivo - Para o coordenador da equipe de análise da PED da Fundação Seade, Alexandre Loloian, o quadro não é preocupante, já que o Governo Federal deve anunciar medidas de combate a importação e proteger a indústria Nacional. “Esse problema é tema de discussão em todas as esferas do Governo e, por isso, novas medidas em breve serão divulgadas para frear essa questão. O ABCD tem outras oportunidades que podem se inserir como o Pré-sal e pode se reinventar e inovar.”

Já na comparação entre janeiro de 2012 e 2011 o saldo é positivo com 12 mil postos de trabalho. “ Por isso, o dado de janeiro em relação a dezembro não é tão preocupante. O dado anual revela que o setor está aquecido e teve muita contratação em 2011. Isto é apenas um ajuste do setor em relação a tudo o que está acontecendo na área econômica interna e externa”.

O setor metalmecânico foi o que mais impulsionou as demissões, com uma variação entre dezembro e janeiro de menos 10,4% de postos de trabalho. A economista do Dieese/Smabc (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Zeíra Camargo Santana, explicou que o segmento de autopeças foi o que mais demitiu. “ Houve o fechamento da Magneti Marelli e demissões em outras empresas de autopeças. Sabemos que são empresas que já apontavam estas demissões por conta de uma série de fatores, inclusive a perda de competitividade com os importados, ou mesmo estratégia da empresa como a Magneti Marelli, que preferiu fechar a unidade”.

De acordo com Zeíra, o fator não é preocupante porque não há um indício de que aconteçam mais demissões no setor. “ Não percebemos um clima de pessimismo, foi algo mais pontual e atrelado ao ajuste de mercado. As montadoras não indicam demissões nos próximos meses e por isso acreditamos que foi algo mais sazonal, explicou”.

Comércio
O setor do comércio foi o que mais cresceu em termos de nível de ocupação, entre janeiro de 2011 e 2012 foram 14,4% de aumento de postos de trabalho. Para Loloian, o fato está atrelado ao aumento do rendimento e da economia aquecida na região. “ Apesar da queda natural de demissões entre janeiro e dezembro, o dado anual revela que o setor está aquecido no ABCD. E pode estar ligado a expansão de alguns centros de compras ou os novos shoppings que podem ter alavancado este dado.”

Região Metropolitana
O ABCD seguiu tendência verificada pela pesquisa em toda a Região Metropolitana no período entre janeiro e dezembro. Na região metropolitana de São Paulo a taxa aumentou de 9%, para os atuais 9,6%. A indústria também apresentou alto índice de demissões, mas no contexto geral o setor tem menos peso, já que representa 18% dos postos de trabalho.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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