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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/05/2014 | Setecidades
ABCD observa efeito formiga no desmatamento
ABCD observa efeito formiga no desmatamento Estima-se que ABCD ainda tenha cerca de 28 mil hectares de Mata Atlântica. Foto: Andris Bovo
Estima-se que ABCD ainda tenha cerca de 28 mil hectares de Mata Atlântica. Foto: Andris Bovo
Supressão da Mata Atlântica ocorre em pequenas quantidades, principalmente para expansão urbana

De acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, levantamento divulgado nesta terça-feira (27/05) pela Fundação SOS Mata Atlântica em conjunto com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), os sete municípios do ABCD não sofrem mais grandes desmatamentos, mesmo diante de obras de infraestrutura grandiosas como o trecho Leste do Rodoanel. A preocupação está no chamado efeito formiga, que de pouco em pouco, acaba com cobertura vegetal da Região.

“Os baixos índices não significam que não há desmatamentos, mas apenas que eles são pequenos com média de 1,5 hectares de supressão, principalmente para expansão de moradias e obras de infraestrutura”, explicou Márcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do Atlas.

Como a Região registra apenas desmatamentos pequenos, Márcia esclarece que não dá para mensurar a supressão das matas nos sete municípios. “Sabemos que o ABCD sofre constantes alterações, mas não aparecem no nosso levantamento porque são áreas menores de 3 hectares”, complementou Márcia. A análise é feita a partir de imagens de satélite.

Além do comportamento formiguinha, outra explicação para a não existência de desmatamento de grandes proporções no ABCD é o fato que todos os locais que eram de fácil acesso para serem desmatados e ocupados já passaram por esse processo. Estima-se que a maior parte dos 28,8 mil hectares de floresta nativa, o que equivale a 28 mil campos de futebol, está localizada em áreas de alta declividade, o que dificulta a construção de moradias.

O último desmatamento de grandes proporções detectado no ABCD pelo levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica foi entre os anos de 2008 a 2010, onde apareciam quatro municípios. São Bernardo com uma área de 1,16 milhão de metros quadrados, equivalente a 116 campos de futebol, aparecia como o município da Região mais desmatado. Em segundo vinha Ribeirão Pires com área de 12 campos de futebol desmatados, seguido por Santo André (60 mil metros quadrados) e Mauá (50 mil metros quadrados). Em São Caetano e Diadema, onde a mata nativa está quase ou completamente extinta, não houve devastação, assim como em Rio Grande da Serra.

Para Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, uma forma de combater o problema é com os municípios realizando os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, que reúnem e normatizam os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica.

“O plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município. Quando o município faz o mapeamento das áreas verdes e indica como elas serão administradas – por exemplo, se vão virar um parque ou uma área de proteção ambiental – fica muito mais fácil conduzir processos como o de licenciamento de empreendimentos”, argumentou.

Nacional - No cenário nacional, entre 2012 e 2013, foram desmatados ao menos 23.948 hectares de cobertura florestal nativa, o que significa um aumento de 9% em relação ao período anterior (2011-2012), que registrou 21.977 hectares. “É preciso entender que onde há floresta, há nascentes. A mata protege os recursos hídricos e ainda pode ser um vetor para o desenvolvimento. Dá para crescer respeitando a natureza”, destacou Márcia.

Nos estados brasileiros em que houve redução do desmatamento, como São Paulo (51%) e Rio de Janeiro (72%), a situação é semelhante ao fenômeno que ocorre no ABCD, o chamado efeito formiga. “Além dos planos municipais, o governo federal precisa fazer o Fundo Nacional da Mata Atlântica, assim como foi feito para Amazônia, para que os municípios tenham recurso para preservação”, comentou Mantovani.

O levantamento é realizado desde 1990 e se baseia em fotos de satélite e tecnologias na área da informação, sensoriamento remoto e geoprocessamento. A princípio a análise era realizada a cada cinco anos, depois de dois em dois anos e hoje é realizada anualmente.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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