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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/02/2014 | Economia
ABCD investe cada vez mais na produção de alimentos orgânicos
ABCD investe cada vez mais na produção de alimentos orgânicos Ao todo, sete hortas funcionam nos bairros Assunção, Vivaldi, Parque Selecta 2, Rudge Ramos, Farina e Batistini. Foto: Andris Bovo
Ao todo, sete hortas funcionam nos bairros Assunção, Vivaldi, Parque Selecta 2, Rudge Ramos, Farina e Batistini. Foto: Andris Bovo
Produtos cultivados sem agrotóxicos estão disponíveis em cidades como São Bernardo, que conta com feira exclusiva, e Diadema

O cultivo de alimentos livres de agrotóxicos tem ganhado espaço nas grandes cidades. Seja para consumo próprio ou para comercialização, produtores do ABCD têm investido nos chamados produtos orgânicos. Em São Bernardo, uma feira dedicada exclusivamente a esse tipo de alimento é realizada toda sexta-feira na CTR (Central de Trabalho e Renda).

Engana-se quem pensa que verduras, legumes e frutas orgânicos vêm de longe. Todos os produtos vendidos na feira são produzidos por famílias de São Bernardo que integram o Programa Municipal de Hortas Urbanas. Ao todo, sete hortas funcionam nos bairros Assunção, Vivaldi, Parque Selecta 2, Rudge Ramos, Farina e Batistini, onde os produtores cultivam os alimentos com adubo natural.

Carmelita Farias Silva, 50 anos, começou o trabalho há dois anos visando apenas o consumo familiar, mas a produção logo ganhou novos adeptos. “Começamos a plantar apenas para a nossa família, mas pouco depois os vizinhos se interessaram. Na feira (na CTR) a procura também é boa, muitas vezes chegamos aqui e já tem gente esperando.”

SABOR

Mercês Maria da Silva, 64, cultiva alimentos como quiabo, almeirão e cebolinha há cerca de um ano. A produtora aponta benefícios dos orgânicos, que para ela têm sabor diferente dos demais e duram mais na geladeira. “A gente come sem medo porque não tem veneno”, garantiu.

A feira acontece toda sexta-feira das 10h às 15h na Central de Trabalho e Renda (rua Marechal Deodoro, 2.316). Os alimentos são colhidos no mesmo dia e o que não é vendido é repassado para o Banco de Alimentos da cidade.

Prefeitura de Santo André estuda incentivar produção

Santo André chegou a ter uma feira voltada apenas para alimentos orgânicos, mas foi desativada. O incentivo à produção de alimentos orgânicos, no entanto, está nos planos da Administração. Fábio Vezzá de Benedetto, engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), afirma que a produção de agricultura comercial já acontece na cidade, mas ainda não apresenta características orgânicas.

“A expectativa é para que a médio e longo prazos tenhamos conseguido incentivar o cultivo orgânico, em todas as esferas de produção, já que há uma intenção neste sentido, embora ainda tenha muito a ser feito, tanto em termos ambientais quanto legislativos”, disse.

DIADEMA

Hortaliças, temperos e legumes orgânicos são cultivadas em 12 hortas comunitárias em Diadema. A produção serve para consumo próprio e o excedente é vendido para moradores da região onde estão localizadas as hortas ou para clientes que procuram o produto diretamente no local. As hortas estão nos bairros Campanário, Canhema, Parque Reid, Jardim Santa Rita, Vila Olinda, Parque Real, Taboão, Eldorado, Promissão, Jardim União, Serraria e Inamar.

Um terço dos alimentos tem excesso de agrotóxico

A utilização de agrotóxicos não é proibida no Brasil, mas algumas normas pretendem impedir a má utilização do produto, como o uso acima de níveis permitidos. Pesquisa realizada no ano passado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) constatou que, em mais de três mil produtos utilizados no estudo com 13 tipos de alimentos, 36% das amostras de 2011 e 29% das de 2012 tiveram resultados insatisfatórios.

Maria Angela Zaccarelli Marino, professora de Endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC, ressalta que pesquisas sobre as consequências dos agrotóxicos na saúde do consumidor estão em andamento. “Os agrotóxicos poderiam levar a doenças autoimunes, como a tireoidite”, disse a professora, ao destacar ainda que os alimentos também podem estar impróprios para consumo se o solo ou a água utilizadas no plantio estiverem contaminados.

Os alimentos orgânicos são uma opção mais saudável, mas a endocrinologista dá dicas para reduzir os danos causados pela ingestão de produtos com agrotóxico. Todos os alimentos devem ser lavados em água corrente e em seguida deixados de molho por cerca de 15 minutos em recipiente com água limpa. “Não aconselhamos colocar nenhum produto, como vinagre, nessa água. E em alguns alimentos (como tomates e morangos), o procedimento deve ser feito mais de uma vez, sempre lavando bem para tentar minimizar a agressão.”

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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