DATA DA PUBLICAÇÃO 04/02/2011 | Setecidades
ABCD integra ranking das cidades mais violentas do Estado
Apesar de os índices criminais divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo mostrarem, em linhas gerais, uma queda da violência no ABCD, seis dos sete municípios ainda aparecem no ranking estadual das cidades mais violentas. Se considerada a soma das ocorrências policiais entre 2009 e 2010, nem o principal recuo da Região, de 16,6% nos casos de homicídios dolosos (quando há intenção de matar), foi suficiente para amenizar os números da criminalidade do ABCD.
Diadema, cidade que virou exemplo internacional de combate à criminalidade ao registrar a queda brutal de 102,82 assassinatos por 100 mil habitantes em 1999, para 21,13, em 2008, aparece como o segundo município mais violento do Estado, perdendo apenas para Franco da Rocha. O problema está no fato de a cidade ter computado o primeiro acréscimo (42%) em 11 anos, do principal indicador de violência. Em 2009, o índice de homicídios dolosos, que vinha em constante queda, era de 14,36, mas em 2010 subiu para 20,98 por 100 mil moradores.
O pesquisador criminal e especialista em segurança Jorge Lordello explicou que a situação de Diadema não pode ser analisada de forma simples e que o acréscimo nos homicídios dolosos é algo normal para uma cidade vizinha da Capital que já foi um dos municípios mais violentos do País. “Um trabalho intenso foi feito em Diadema e a queda do índice foi brusca, então qualquer sequência de crime que ocorrer na cidade acaba sendo evidenciado. Não basta analisar os números secamente”, comentou.
O secretário de Defesa Social de Diadema, Arquimedes Andrade, disse que quando a prefeitura percebeu que os índices do ano passado estavam se assemelhando aos de 2008, a administração fez várias operações de fiscalização integrada entre a GCM e as polícias Militar e Civil com a intenção de inibir a criminalidade. “É claro que vamos analisar juntamente com as polícias o que aconteceu para que o índice tenha aumentado. Mas em contrapartida já temos projetos de curto, médio e longo prazos para pôr em prática e tentar diminuir esse índice”, disse.
As outras cidades do ABCD tiveram recuo nos índices de homicídios dolosos, porém mesmo assim estão listadas entre os 75 municípios mais violentos do Estado. Após Diadema, em 8º lugar aparece Ribeirão Pires (17,69), seguido por Santo André que ocupa a 27ª colocação (11,57), São Bernardo na 40ª posição (8,89), Mauá no 47º lugar (7,91) e São Caetano, em penúltima colocação (74º), com índice de 2,01 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os dados de Rio Grande da Serra não são contabilizados porque a cidade tem menos de 100 mil moradores.
Lordello faz críticas ao ranking, uma vez que a lista compara dados das cidades do interior e da Região Metropolitana. “O ideal é que ocorra uma separação, até porque é normal que os municípios próximos à Capital tenham maiores índices de criminalidade”, disse. O especialista em segurança ainda garantiu que os números ABCD são bons, por serem decrescentes, e apontam que as políticas de segurança estão dando resultado. “Comparo a queda da criminalidade com a pessoa que quer fazer regime. Ninguém perde peso do dia para a noite. Com o crime é a mesma coisa”, analisou.
Outros dados - Os melhores índices da Região foram apresentados por São Caetano e Santo André, que registraram queda nos furtos, roubos e roubo e furto de veículos. No caso de Rio Grande da Serra, apenas os furtos permaneceram com a mesma quantidade (237), enquanto os outros dados também diminuíram.
Em São Bernardo e Mauá houve recuo nos furtos e roubos, mas foi registrado um acréscimo no número de furto e roubo de veículos. O único problema de Diadema foi o aumento da quantidade de assassinatos; nos demais índices houve queda. Já Ribeirão foi a única cidade do ABCD que obteve aumento em mais de um índice. Os casos de furto e roubo de veículos e de furtos deverão se tornar a maior preocupação do município para este ano.
Diadema, cidade que virou exemplo internacional de combate à criminalidade ao registrar a queda brutal de 102,82 assassinatos por 100 mil habitantes em 1999, para 21,13, em 2008, aparece como o segundo município mais violento do Estado, perdendo apenas para Franco da Rocha. O problema está no fato de a cidade ter computado o primeiro acréscimo (42%) em 11 anos, do principal indicador de violência. Em 2009, o índice de homicídios dolosos, que vinha em constante queda, era de 14,36, mas em 2010 subiu para 20,98 por 100 mil moradores.
O pesquisador criminal e especialista em segurança Jorge Lordello explicou que a situação de Diadema não pode ser analisada de forma simples e que o acréscimo nos homicídios dolosos é algo normal para uma cidade vizinha da Capital que já foi um dos municípios mais violentos do País. “Um trabalho intenso foi feito em Diadema e a queda do índice foi brusca, então qualquer sequência de crime que ocorrer na cidade acaba sendo evidenciado. Não basta analisar os números secamente”, comentou.
O secretário de Defesa Social de Diadema, Arquimedes Andrade, disse que quando a prefeitura percebeu que os índices do ano passado estavam se assemelhando aos de 2008, a administração fez várias operações de fiscalização integrada entre a GCM e as polícias Militar e Civil com a intenção de inibir a criminalidade. “É claro que vamos analisar juntamente com as polícias o que aconteceu para que o índice tenha aumentado. Mas em contrapartida já temos projetos de curto, médio e longo prazos para pôr em prática e tentar diminuir esse índice”, disse.
As outras cidades do ABCD tiveram recuo nos índices de homicídios dolosos, porém mesmo assim estão listadas entre os 75 municípios mais violentos do Estado. Após Diadema, em 8º lugar aparece Ribeirão Pires (17,69), seguido por Santo André que ocupa a 27ª colocação (11,57), São Bernardo na 40ª posição (8,89), Mauá no 47º lugar (7,91) e São Caetano, em penúltima colocação (74º), com índice de 2,01 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os dados de Rio Grande da Serra não são contabilizados porque a cidade tem menos de 100 mil moradores.
Lordello faz críticas ao ranking, uma vez que a lista compara dados das cidades do interior e da Região Metropolitana. “O ideal é que ocorra uma separação, até porque é normal que os municípios próximos à Capital tenham maiores índices de criminalidade”, disse. O especialista em segurança ainda garantiu que os números ABCD são bons, por serem decrescentes, e apontam que as políticas de segurança estão dando resultado. “Comparo a queda da criminalidade com a pessoa que quer fazer regime. Ninguém perde peso do dia para a noite. Com o crime é a mesma coisa”, analisou.
Outros dados - Os melhores índices da Região foram apresentados por São Caetano e Santo André, que registraram queda nos furtos, roubos e roubo e furto de veículos. No caso de Rio Grande da Serra, apenas os furtos permaneceram com a mesma quantidade (237), enquanto os outros dados também diminuíram.
Em São Bernardo e Mauá houve recuo nos furtos e roubos, mas foi registrado um acréscimo no número de furto e roubo de veículos. O único problema de Diadema foi o aumento da quantidade de assassinatos; nos demais índices houve queda. Já Ribeirão foi a única cidade do ABCD que obteve aumento em mais de um índice. Os casos de furto e roubo de veículos e de furtos deverão se tornar a maior preocupação do município para este ano.
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