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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/11/2014 | Setecidades
ABCD começará a debater destino do lixo em conjunto
ABCD começará a debater destino do lixo em conjunto Resíduos da construção civil apresentam grande capacidade de reciclagem, mas descarte irregular continua na Região, com impactos negativos ao ambiente urbano. Foto: Andris Bovo
Resíduos da construção civil apresentam grande capacidade de reciclagem, mas descarte irregular continua na Região, com impactos negativos ao ambiente urbano. Foto: Andris Bovo
Plano Regional unirá metas sobre lixo nos municípios da Região, incluindo resíduos de construção

Criado em 1990 para solucionar o problema da destinação dos resíduos sólidos no ABCD, o Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne as sete prefeituras da Região, dará o seu maior passo na área. Até dezembro deste ano, a entidade planeja publicar o edital de contratação de consultoria especializada para elaboração do Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos.

A meta é unir os planos municipais, já elaborados pelas sete prefeituras, e trabalhar com ideias que solucionem as maiores dificuldades do ABCD na área. Entre elas, o descarte irregular dos resíduos da construção civil, a ampliação das metas de reciclagem e inclusão do movimento dos catadores. A expectativa é que o documento leve 10 meses para ser finalizado.

“A integração entre os municípios permite alcançar níveis de escala que propiciam economias, redução de custos e otimização de recursos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos apoia e incentiva essa integração”, avaliou o arquiteto urbanista e professor de Gestão Ambiental da Universidade Metodista, Carlos Henrique Oliveira.

O especialista ainda ressalta o foco do ABCD nos resíduos de construção civil, porque, apesar de serem materiais de grande capacidade de reciclagem, na maioria das vezes trazem impactos negativos ao ambiente urbano por serem descartados de maneira incorreta. “Portanto, na verdade, estamos desperdiçando matéria prima”, alertou.

Menos lixo - Apesar disso, Oliveira destaca que o Consórcio precisa definir estratégias para todos os tipos de resíduos, inclusive tratar sobre logística reversa. “O ABCD não pode deixar passar essa oportunidade de definir diretrizes, estratégias e metas para a recuperação máxima dos resíduos com reciclagem, compostagem e biodigestão. E assim diminuir o envio de resíduos para os aterros sanitários em escala regional”, argumentou.

Plano estadual - Em 29 de outubro, foi lançado o Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo. O documento lida com diretrizes e metas de curto, médio e longo prazo com o objetivo de provocar uma mudança gradual de atitude, hábitos e consumo na sociedade paulista.

Nas projeções, o plano ainda aponta uma taxa média de crescimento de 3,5% ao ano na geração de resíduos sólidos urbanos, o que significa que a quantidade de resíduos mais do que dobrará no Estado entre 2012 e 2030, passando de 38,4 mil toneladas por dia para 79,4 mil t/dia.

Porém, se por um lado a quantidade de resíduos vai aumentar, por outro a vida útil dos aterros sanitários está diminuindo. Conforme o plano, 65% dos municípios do Estado destinam os resíduos em aterros que se encontram com vida útil menor ou igual a cinco anos. É nesse contexto que o plano deverá gerir e gerenciar os resíduos sólidos, focando na não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos rejeitos.

São Paulo quer reduzir 50% dos recicláveis em aterros
Entre as metas propostas no Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo está a redução de 50%, até 2025, dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro sanitário. Para o professor de Gestão Ambiental da Universidade Metodista Carlos Henrique Oliveira, a meta é alcançável, apesar de o Estado ser o mais populoso e, portanto, o maior consumidor/gerador de resíduos.

“O Estado deve buscar apoiar os municípios e cobrar a responsabilidade do setor privado na implementação e manutenção do sistema da logística reversa”, alertou Oliveira. Nesse sentido, o objetivo do plano é, em 2025, regulamentar a proibição da venda no Estado de São Paulo de produtos geradores de grande impacto ambiental na etapa de pós-consumo que não estejam associados a um programa de logística reversa.

Em relação ao plano estadual, o especialista ainda questiona a falta de um olhar mais apurado nas metas e estratégias para os resíduos orgânicos, uma vez que são a maior parcela dos resíduos sólidos urbanos/domiciliares. “Temos hoje, no Brasil, grandes volumes de importação de fertilizantes, sendo que, se os resíduos orgânicos tivessem tratamento adequado, poderiam promover a substituição”, analisou Oliveira. A meta é diminuir em 55% até 2025 a disposição final dos resíduos úmidos nos aterros.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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