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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/03/2015 | Setecidades
ABCD cobra transparência do Estado sobre crise hídrica
ABCD cobra transparência do Estado sobre crise hídrica Prefeitos do ABCD querem mais detalhes da Sabesp sobre as obras de enfrentamento da crise hídrica realizadas na Região. Foto: Andris Bovo
Prefeitos do ABCD querem mais detalhes da Sabesp sobre as obras de enfrentamento da crise hídrica realizadas na Região. Foto: Andris Bovo
Prefeituras não foram informadas sobre obras e não sabem se elas afetarão qualidade da água da Billings

Haverá ou não a necessidade da transferência de água do rio Pinheiros para se manter o nível da represa Billings? Há segurança do ponto de vista ambiental e de saúde pública para a transferência da água do corpo poluído da represa para a parte mais limpa? Isso não comprometerá a água do reservatório ou a água oferecida para a população? Estas são as preocupações dos sete prefeitos do ABCD em relação às obras anunciadas pela Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), na Região, para retirar maior quantidade de água do braço Rio Grande com o objetivo de ajudar no abastecimento dos sistemas Cantareira e Alto Tietê.

Diante da falta de informações do que está sendo realizado na Região para o enfrentamento da crise hídrica, nesta sexta-feira (06/03), em uma assembleia extraordinária no Consórcio Intermunicipal, os prefeitos optaram por encaminhar solicitações de esclarecimentos para a Sabesp e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). “Na gestão da crise, o Estado não está sendo transparente. Os prefeitos têm recebido informações (de obras) pela imprensa”, revelou o secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo e coordenador do GT (Grupo de Trabalho) de Meio Ambiente do Consórcio, João Ricardo Guimarães.

Mais água retirada - Guimarães se refere às obras anunciadas pela Sabesp para a retirada de 500 litros de água por segundo do braço Rio Grande, a partir de abril, através de Diadema, para abastecer 250 mil moradores dos bairros Pedreira e Americanópolis, na Capital. E da retirada de 4 mil litros de água por segundo do Rio Grande para o Taiaçupeba para fortalecer o Alto Tietê, o que deverá acontecer ainda neste semestre em Rio Grande da Serra. “Transferir a parte mais poluída para a mais limpa do reservatório não vai gerar nenhum impacto? Nenhum problema na qualidade da água? Os prefeitos precisam ter segurança disso”, argumentou.

Questionado sobre este mesmo assunto na quarta-feira (04/03), ao participar de um evento em Diadema, o superintendente da Unidade de Negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza, garantiu que não há riscos. “A água da Billings já é consumida pela população. Diadema, São Bernardo e parte de Santo André consomem água da Billings há 58 anos. E desde 2001, 25% da água produzida na estação do Alto da Boa Vista é da Billings”, justificou.

"Leviandade" - O coordenador do GT de Meio Ambiente do Consórcio questionou a resposta de Souza. “Não dá para um órgão de saneamento responder com este grau de leviandade. Ele tem que dar as informações que a sociedade e os prefeitos pedem. São perguntas simples que deveriam ter sido dadas antes”, comentou.

Guimarães ainda citou as várias reclamações dos moradores da beira da represa sobre o mau cheiro e aumento de despejo de esgoto no manancial nos últimos dias. “Já que a Sabesp tem essa segurança, podia nos dizer qual a providência que está tomando. Os prefeitos pedem mais transparência, seriedade e responsabilidade nos trâmites das informações”, reforçou.

Usina – Além do coordenador do GT de Meio Ambiente e dos prefeitos, o diretor-presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu, também participou da reunião. No encontro, Andreu traçou o cenário da crise e falou sobre as expectativas preocupantes para o abastecimento no Estado de São Paulo para este e para o próximo ano, ainda focada da dependência da chuva. Na discussão também foi esclarecido sobre a destinação da água da represa Billings nessa época de estiagem, a usina hidrelétrica Henry Borden.

“Houve uma reunião, há cerca de 30 dias, onde se chegou a um acordo de que, havendo condições de água nesse reservatório, que está em um nível de segurança elevado se comparado aos demais, é possível a geração hidrelétrica”, esclareceu Andreu.

Além da ANA, participaram dessa decisão o então secretário de Energia do Estado de São Paulo, Marco Antônio Mroz; o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga; o superindentente do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), Ricardo Borsari; o presidente da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energias S.A.), João Carlos de Souza Meirelles, e o presidente da Sabesp, Jerson Kelman.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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