DATA DA PUBLICAÇÃO 28/04/2013 | Economia
ABCD aumenta em 52% total de apartamentos em 10 anos
Enquanto número de apartamentos cresceu 52% em 10 anos, o de casas aumentou só 3%. Foto: Andris Bovo
Cidade que mais contribuiu com o processo de verticalização da Região foi Santo André
O processo de verticalização das cidades só aumentou nos últimos anos. De acordo com dados dos Censos de 2000 e 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de apartamentos no ABCD cresceu 52% em 10 anos, e o de casas só 3%. No período, o crescimento populacional foi de 7,8%, revela o IBGE.
Em 2000, a Região tinha 518 mil residências e 60,4 mil apartamentos. Uma década depois, as casas contabilizaram 534 mil e o número de apartamentos ficou próximo de 92 mil. O aumento pode ser acompanhado de perto pelos moradores das cidades, com os inúmeros canteiros de obras nos últimos anos.
Santo André foi a cidade que mais viu o número de apartamentos crescer entre 2000 e 2010, passando de 15,2 mil para 26,3 mil, alta de 73%. Já o número das casas recuou 3%, caindo de 143,6 mil para 139 mil. Em São Caetano, essa queda foi ainda mais acentuada: 13,9%. Mais de 3,6 mil casas deixaram de existir na cidade em 10 anos.
No segundo lugar entre as cidades que mais ganharam edifícios está Mauá (63%), de 2.437 unidades em 2000, passando a quase 4 mil em 2010. Em seguida vêm São Caetano (57,6%), Rio Grande (50%), São Bernardo (46,9%), Ribeirão Pires (44,6%) e Diadema (18,9%).
Nova realidade - A professora de Mobilidade, Políticas Públicas e Planejamento Territorial da UFABC (Universidade Federal do ABC), Silvana Zioni, destacou que o processo de verticalização é irreversível.
“O que vai acontecer é a criação de vários ‘subcentros’ nas cidades, onde áreas que antes não tinham muitos serviços passarão a ter mais comércio e equipamentos públicos”, salientou. Neste caso, o poder público precisa promover a adaptação dos planos de desenvolvimento das cidades ou criar limites para a verticalização.
"Não existe um limite ideal para o número de andares dos edifícios, depende da dinâmica de cada cidade”, destacou. Um dos principais gargalos da verticalização é a mobilidade urbana. Mesmo com a criação de novas vias de acesso, o trânsito caótico em horários de pico parece não ter solução. “O governo e a população devem trabalhar juntos para encontrar as saídas”, resumiu a especialista.
Leis estabelecem limites em cada cidade da Região
Todas as cidades têm legislação específica para limitar o número de andares das edificações que são construídas. Em Mauá e São Caetano, a altura do edifício é definida pelo tamanho do terreno.
Em São Bernardo, a legislação estabelece dois mecanismos limitadores, o “coeficiente de aproveitamento”, que é o quanto o proprietário pode construir em relação ao tamanho do terreno, e o “gabarito”, que é a relação dada pela largura da rua mais o recuo de frente. Quem verifica qual o mecanismo mais vantajoso é o empreendedor, mediante as características do terreno e do viário.
Em Santo André, a lei prevê que o máximo de andares varia de dois a 30, de acordo com o bairro. A legislação de Diadema também estabelece normas diferentes para cada zona da cidade.
O processo de verticalização das cidades só aumentou nos últimos anos. De acordo com dados dos Censos de 2000 e 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de apartamentos no ABCD cresceu 52% em 10 anos, e o de casas só 3%. No período, o crescimento populacional foi de 7,8%, revela o IBGE.
Em 2000, a Região tinha 518 mil residências e 60,4 mil apartamentos. Uma década depois, as casas contabilizaram 534 mil e o número de apartamentos ficou próximo de 92 mil. O aumento pode ser acompanhado de perto pelos moradores das cidades, com os inúmeros canteiros de obras nos últimos anos.
Santo André foi a cidade que mais viu o número de apartamentos crescer entre 2000 e 2010, passando de 15,2 mil para 26,3 mil, alta de 73%. Já o número das casas recuou 3%, caindo de 143,6 mil para 139 mil. Em São Caetano, essa queda foi ainda mais acentuada: 13,9%. Mais de 3,6 mil casas deixaram de existir na cidade em 10 anos.
No segundo lugar entre as cidades que mais ganharam edifícios está Mauá (63%), de 2.437 unidades em 2000, passando a quase 4 mil em 2010. Em seguida vêm São Caetano (57,6%), Rio Grande (50%), São Bernardo (46,9%), Ribeirão Pires (44,6%) e Diadema (18,9%).
Nova realidade - A professora de Mobilidade, Políticas Públicas e Planejamento Territorial da UFABC (Universidade Federal do ABC), Silvana Zioni, destacou que o processo de verticalização é irreversível.
“O que vai acontecer é a criação de vários ‘subcentros’ nas cidades, onde áreas que antes não tinham muitos serviços passarão a ter mais comércio e equipamentos públicos”, salientou. Neste caso, o poder público precisa promover a adaptação dos planos de desenvolvimento das cidades ou criar limites para a verticalização.
"Não existe um limite ideal para o número de andares dos edifícios, depende da dinâmica de cada cidade”, destacou. Um dos principais gargalos da verticalização é a mobilidade urbana. Mesmo com a criação de novas vias de acesso, o trânsito caótico em horários de pico parece não ter solução. “O governo e a população devem trabalhar juntos para encontrar as saídas”, resumiu a especialista.
Leis estabelecem limites em cada cidade da Região
Todas as cidades têm legislação específica para limitar o número de andares das edificações que são construídas. Em Mauá e São Caetano, a altura do edifício é definida pelo tamanho do terreno.
Em São Bernardo, a legislação estabelece dois mecanismos limitadores, o “coeficiente de aproveitamento”, que é o quanto o proprietário pode construir em relação ao tamanho do terreno, e o “gabarito”, que é a relação dada pela largura da rua mais o recuo de frente. Quem verifica qual o mecanismo mais vantajoso é o empreendedor, mediante as características do terreno e do viário.
Em Santo André, a lei prevê que o máximo de andares varia de dois a 30, de acordo com o bairro. A legislação de Diadema também estabelece normas diferentes para cada zona da cidade.
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