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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/11/2007 | Política
Abandono de secretários não prejudica governo, garante o prefeito
Demonstrando tranqüilidade e confiança, o prefeito João Avamileno se disse surpreso, mas não abalado com a renúncia em massa do secretariado. “Garanto a todos os cidadãos andreenses que essa atitude política contra o prefeito não prejudicará o andamento dos projetos na cidade”, disse ele, em entrevista coletiva concedida no início da noite, na Prefeitura.

E, no sentido de minimizar a crise instalada no Paço, o chefe do Executivo já anunciou quatro nomes da nova equipe de governo: Ademar Carlos de Oliveira (Inclusão Social), Lilimar Mazzoni (Assuntos Jurídicos), Mílton Joseph (Superintendência do Semasa) e Gilmar Silvério (Chefia de Gabinete). “Pretendo definir os demais secretários até o final desta semana”, prometeu. Especula-se que Elisabete Tonobohn, mulher do deputado estadual Vanderlei Siraque (candidato do PT a prefeito em 2008), assumirá a Pasta de Educação.

A lista demonstra uma certa tendência de quadros técnicos na nova composição do secretariado. Por vezes, Avamileno disse que secretário não deveria “fazer política, e sim trabalhar pelo município”.

O prefeito não concorda que a atual crise seja considerada a pior já enfrentada por ele. “Enfrentei momentos muito mais difíceis do que esse na minha vida sindical e política. Na vida, muita gente faz falta, mas ninguém é insubstituível. Aqueles que pretendem continuar colaborando agora terão de trabalhar em dobro.”

Ele garantiu já ter agradecido pessoalmente a alguns dos secretários, mas declarou não ter tentado reverter o pedido de demissão. Avaliou que o secretariado misturou a questão partidária com o governo.

“Não entendi a justificativa deles, até porque o resultado da prévia foi democrático. Se a outra candidatura vencesse, teria de engolir, mas não deixaria a Prefeitura. Paciência se eles não me engoliram.”

Avamileno também desmentiu a informação do secretariado de que teria dito a eles que apoiaria a pré-candidatura da vice-prefeita Ivete Garcia. Apesar de todo o imbróglio, o chefe do Executivo não acredita ter sido traído pela equipe de governo. “Foi uma atitude respeitável. Foram sinceros, pois acharam que não dava mais para continuar depois das coisas que aconteceram”, finalizou.

Por Leandro Laranjeira - Diário do Grande ABC
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