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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/06/2015 | Setecidades
A vida e a morte do Rio Tamanduateí
A vida e a morte do Rio Tamanduateí Foto: Andréa Iseki/DGABC
Foto: Andréa Iseki/DGABC
Tamanduateí, um dos rios mais importantes do estado de São Paulo, mas que, por conta de estar totalmente poluído, recebe pouca atenção da população e do poder público. Hoje, quando é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, olhar para ele é ver que a preservação, que tanto se prega nesta data, foi deixada de lado e a cada dia, as coisas só pioram, como mostra os resultados da primeira etapa da expedição Rio Tamanduateí, iniciada no fim de maio pela equipe de pesquisa da bióloga e professora da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Marta Ângela Marcondes, em parceria com o Diário.

O Rio Tamanduateí nasce na Serra do Mar, mais precisamente em Mauá, no Parque Ecológico da Gruta Santa Luzia, entre os bairros Jardim Itapeva e Jardim Adelina. Em seu percurso de 35 quilômetros constam, além do município mauaense (com nove quilômetros), passa pelas cidades de Santo André e São Caetano, vindo a desaguar no Rio Tietê, na Capital paulista, em frente ao Parque Anhembi.

As águas, hoje tão turvas, já foram cheias de vida e responsável por inúmeras histórias. Na língua indígena, o nome em tupi quer dizer “Rio do Tamanduá Verdadeiro” ou “Rio de muitas voltas”. Ele foi muito utilizado para o transporte de mercadorias, por meio de suas águas navegáveis.

No início do século XX, porém, suas curvas foram se perdendo. “Começaram as ocupações às margens desse rio e, para ocupar, tinha que tirá-lo daquela calha meândrica e botar uma coisa reta”, conta a professora Marta. Em 1894, com a implementação do Projeto Carlos Bresser de retificação do rio, suas curvas começaram a desaparecer. Nos anos 1930 ele ficou retilíneo.

Colocar o Tamanduateí em uma reta resultou no aumento da velocidade com que a água passa dentro da calha e, com isso, iniciava-se o problema das enchentes.

Cada município ficou responsável por canalizar sua parte para poder, inclusive, desenvolver a Avenida dos Estados, que liga o Grande ABC à Capital. “E aí, de novo a gente errou: ao invés de investir na questão do trem, investimos no transporte de veículos a base de combustível fóssil. Os poluentes vão para a atmosfera e parte deles caem nas águas do rio”, explica Marta. “Existe uma poluição difusa, que é o que está em cima do asfalto e, quando chove, tudo é levado para dentro do rio também. Não bastasse tudo isso, ainda recebe esgoto. E essa é a história hoje do pobre-coitado do Rio Tamanduateí”, lamenta a pesquisadora.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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