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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/11/2017 | Cultura
À procura do tom para a Liga da Justiça
Warner e DC Comics testam mudanças no primeiro longa do grupo, opção a partir de hoje nos cinemas

Para deixar claro para os fãs de filmes de heróis: o clima dark desenvolvido pela Warner em suas produções sobre o universo da DC Comics realmente ganhou cores e está mais leve. Não que exista cópia do tom mais ‘animado’ promovido pela Marvel em suas adaptações, mas parece que o sucesso de Mulher-Maravilha no primeiro semestre (este o melhor filme do gênero da temporada) deu fôlego e trouxe ensinamentos a serem guardados para o restante das produções do estúdio em parceria com a editora norte-americana.

Se a concorrente tem tido bons resultados, a estratégia não é copiar ou ir em direção oposta. Existe um certo meio- termo nesse processo, colocado agora em prática no aguardado Liga da Justiça, com dezenas de cópias que tomam conta das salas da região a partir de hoje. Entre expectativas e, principalmente, desconfianças, o longa-metragem tem potencial para divertir públicos de diferentes idades mesmo preso dentro de suas próprias limitações criativas.

Esta é a primeira vez que o supergrupo da DC ganha vida nas telonas. O universo cinematográfico desenvolvido desde O Homem de Aço (2013) dá passo maior na medida em que novos heróis são trazidos a fim de tentar impedir a destruição da Terra. Os acontecimentos finais apresentados em Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016) ditam o ritmo da trama, com Bruce Wayne viajando atrás de informações sobre o iminente ataque no planeta por seres de outros universos e monitorando as atividades dos meta-humanos Arthur Curry (o Aquaman), Barry Allen (Flash) e Victor Stone (Ciborgue). Detalhe que a formação da equipe se inspira no saga Os Novos 52, publicada nos quadrinhos originalmente entre 2011 e 2015.

Enquanto Batman e Mulher-Maravilha se veem obrigados a tomar a frente da vigilância underground da humanidade, o poderoso Lobo da Estepe viaja por Terra, Atlântida e o reino das amazonas para roubar as misteriosas Caixas Maternas, cujo poder reunido é o bastante para iniciar era de caos no mundo. A dica é não prestar muita atenção no vilão, sendo ele genérico o bastante para ser esquecido em vários momentos da sessão.

Muitos detalhes sobre a história e esses elementos cósmicos podem atrapalhar a sensação de descoberta e exploração proposta pelo roteiro. Cabe aos espectadores perceberem que as complicações são típicas do universo heroico, uma vez que não precisam fazer sentido ou soar realistas quase que 100% do tempo, como vinha sendo a pegada pregada pelo diretor Zack Snyder nos dois últimos filmes protagonizados pelo Superman. A liberdade criativa do cineasta parece ter se voltado a uma linha mais simples, na qual esse tipo de filme precisa ser minimamente divertido e interessante.

Em Liga da Justiça, a diversão é ver na telona alguns dos principais personagens da DC interagindo de maneira mais solta, com momentos de tiradas cômicas surgindo em conversas e tensão nas horas de conflitos pessoais. Já o aspecto que deve pegar o interesse do público mais atento é de que forma eles encontram pontos em comum, com destaque para o fato de que todos ainda precisam aprender a lidar com a ausência de certos entes queridos em suas vidas e que a formação, mesmo que momentânea, do grupo lhes dê certa luz de esperança de que podem seguir em frente.

Apesar do iminente perigo pelo qual passa a Terra, a impressão que fica é que o objetivo principal é despretensioso demais para uma produção do calibre da marca Liga da Justiça, cuja trajetória no meio do entretenimento começou em 1960. Os fatos colocados na mesa – no caso, na tela – não são amarrados o bastante para fazer com que detalhes da trama (caso de o restante do planeta não souber dos confrontos entre heróis e vilão) e o arco principal (a exemplo da facilidade de Lobo da Estepe para roubar as caixas) resultem em um bom filme.

Tudo fica mediano, incluindo atuações e efeitos visuais cansativos. A visão de Zack Snyder sobre o universo DC continua a não convencer os fãs mais criteriosos, porém a mudança de energia ao tratar dessas adaptações deve ser mantida. Há espaço para diferentes vertentes heroicas no cinema, com cada mundo tendo seu próprio DNA. Talvez a Warner esteja encontrando o seu.

Por Luís Felipe Soares - Diário Online
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