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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/10/2009 | Turismo
A histórica São Luís
Fundada por franceses, invadida por holandeses e transformada em poesia pelos portugueses a reboque da forte influência das tradições indígenas e africanas, a ilha de São Luís, capital do Maranhão, apresenta cultura popular tão singular quanto seus Lençóis. Fazendo as vezes de um lugarejo fictício, a cidade serviu de palco para as cenas da peregrinação do protagonista de Cama de Gato, Gustavo, depois que ele consegue se livrar dos capangas que acreditam que ele morreu ao cair de um penhasco na Chapada das Mesas.

Na vida real, longe de ser local de peregrinação, a cidade - declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em 1997 - encanta o turista que passeia por seu centro histórico com o charme de suas fontes, escadarias e casarões azulejados.

Restaurado pelo projeto Reviver, o mais homogêneo conjunto arquitetônico colonial da América Latina ganhou ares novos, ou melhor, ressuscitou a autenticidade dos velhos ares de séculos atrás, mas com infraestrutura turística renovada. Depois da revitalização de boa parte dos prédios, a área da Praia Grande converteu-se numa concentração de bares, restaurantes, centros culturais e lojas de artesanato a preços convidativos.

Os que mantêm afinidade com o folclore encontram entre as lojas do centro histórico CDs e livros que versam sobre a cultura maranhense. Dos discos dos bois ao último CD de Dona Teté, soberana do cacuriá, passando pelas gravações de Mestre Felipe - a própria personificação do tambor-de-crioula -, o repertório regional é vasto. E os atendentes discorrem sobre os sotaques variantes dos bois, explicam as origens dos ritmos do Estado com simpatia e dão uma aula de Maranhão.

Outro ponto essencial para mergulhar na alma maranhense é o Mercado da Praia Grande. Entre bancadas de ervas, gaiolas repletas de galos que no início da manhã fazem estardalhaço e boxes de produtos típicos, vislumbram-se animados botecos.

Tiquira (espécie de pinga produzida a partir da mandioca), farinhas, camarão seco, pimentas e feijões traduzem a gastronomia maranhense. Fazem a alegria, especialmente dos gourmets. Depois da volta pelo mercado, vale passear pelas ruelas do centro histórico, repletas de sobrados azulejados para refletir o sol e proteger as casas da chuva.

Para compreender o enredo do bumba-meu-boi, uma visita à Casa do Maranhão faz-se necessária. Indumentária e objetos da mais tradicional manifestação folclórica do Estado estão expostos e são esmiuçados pelos guias. Os vários sotaques (variantes rítmicas), o significado das roupas e os instrumentos característicos revelam curiosos aspectos culturais.

No centro de artesanato (Ceprama), em Madre de Deus, tradicional bairro próximo à Praia Grande e principal palco dos festejos juninos, funciona uma feira de artesanato com rendas, tiquira, doces, licores, instrumentos tradicionais, azulejos, objetos bordados e peças em fibra.

E para coroar o dia, as festas de reggae - nas quais se dança coladinho, como forró - espalham-se embaladas por bebidas de nomes impublicáveis. Um dos clubes que reúnem a juventude é o Creole, ao lado da Lagoa do Jansen. O ritmo jamaicano é uma febre no Estado, pra lá de quente.

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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