DATA DA PUBLICAÇÃO 23/10/2009 | Veículos
A ''fera'' da Audi
A carreira de jornalista automotivo nos proporciona momentos únicos. Avaliamos, claro, carros comuns. Alguns apertadinhos, outros ligeiramente desconfortáveis ou pouco potentes. Mas em determinados momentos somos abençoados com a oportunidade de guiar automóveis incríveis. Como é o caso do Audi RS6, que chega ao Brasil neste ano, ainda sem preço fixado, mas que deve custar em torno de R$ 500 mil. Segundo Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Audi do Brasil, serão trazidas apenas dez unidades por ano, independentemente da demanda. "Queremos criar a figura do mito", afirma.
O que transforma esta versão apimentadíssima do A6 em um veículo notável é o desempenho. A começar pelo motor 5.0 V10 biturbo que gera torque máximo de 65 mkgf, disponíveis já a 1.500 rpm, e potência de 580 cv entre 6.250 rpm e 6.700 rpm. Estes números fazem do RS6 o Audi mais potente de todos os tempos produzido em série. O badalado R8, por exemplo, - o carro do Homem de Ferro - tem motor 5.2 V10 de somente 525 cv.
E toda essa pujança pudemos sentir num circuito fechado em Tatuí (SP). Descarregamos todo esse vigor no asfalto. Pregamos o acelerador no assoalho e rasgamos a reta de mais de um quilômetro, ultrapassando a barreira dos 240 km/h - a velocidade máxima é limitada a 280 km/h.
O barulho é especial. Puro heavy metal. Destaque para a válvula de alívio dos turbos que, a cada troca de marcha, emite um som similar ao de um subwoofer no porta-malas. "Fizemos questão de não mexer na acústica", exalta Kakinoff. "Um dos prazeres do carro está no barulho."
As reações do RS6 são rápidas. Não existe ir na manha. Qualquer toque no pedal da direita é o suficiente para atiçar a fera.
No entanto, o bicho não é indomável. Com os diversos recursos eletrônicos (controles de estabilidade, tração, distribuição de frenagem etc), o RS6 fica à mão. Ponto positivo para a tração Quattro permanente nas quatro rodas, com diferencial sensível ao torque. "Normalmente, a força da tração está 60% no eixo traseiro e 40% no dianteiro. Porém, dependendo da necessidade, a divisão pode ficar em 85% no traseiro e 15% no dianteiro, ou 35% no traseiro e 65% no dianteiro", explica Luis Carlos Bouças, instrutor técnico da Audi.
Completando a lista de equipamentos estão freios com discos de cerâmica de 20 polegadas (opcionais), suspensão que traz o sistema DRC (Dynamic Ride Control) e que tem como opcional uma versão esportiva Plus, que possibilita a escolha de três configurações: Confort, Dynamic e Sport. O câmbio é automático de seis marchas Tiptronic. "Já estamos trabalhando em uma transmissão com dupla embreagem que aguente o torque do RS6", revela Bouças.
Em linhas gerais, o design do RS6 é similar ao do A6. Apenas os para-lamas foram alargados para abrigar as rodas de alumínio de 20 polegadas. A frente traz o olhar invocado do conjunto óptico marcado com Leds e a imponente grade do radiador que ostenta as argolas. A lateral tem linha de cintura alta e dois vincos marcantes. Na traseira destaca-se a dupla saída do escapamento.
Internamente, o requinte do A6 ganha elementos esportivos. Os bancos dianteiros do tipo concha revestidos de couro têm ajuste longitudinal e de altura manuais e o volante traz a base achatada, como nos carros de competição. O habitáculo e todos os comandos estão voltados para o motorista, lembrando o cockpit dos veículos de turismo, como WTCC. Em termos de segurança, seis air bags.
O Audi RS6 nasceu para atender aos que buscam esportividade exacerbada. Fora do normal. Para os que se deliciam com potência, torque e ronco. Aos que só querem desfilar, o ideal é o A6. Chamativo como o RS6, porém mais barato.
O que transforma esta versão apimentadíssima do A6 em um veículo notável é o desempenho. A começar pelo motor 5.0 V10 biturbo que gera torque máximo de 65 mkgf, disponíveis já a 1.500 rpm, e potência de 580 cv entre 6.250 rpm e 6.700 rpm. Estes números fazem do RS6 o Audi mais potente de todos os tempos produzido em série. O badalado R8, por exemplo, - o carro do Homem de Ferro - tem motor 5.2 V10 de somente 525 cv.
E toda essa pujança pudemos sentir num circuito fechado em Tatuí (SP). Descarregamos todo esse vigor no asfalto. Pregamos o acelerador no assoalho e rasgamos a reta de mais de um quilômetro, ultrapassando a barreira dos 240 km/h - a velocidade máxima é limitada a 280 km/h.
O barulho é especial. Puro heavy metal. Destaque para a válvula de alívio dos turbos que, a cada troca de marcha, emite um som similar ao de um subwoofer no porta-malas. "Fizemos questão de não mexer na acústica", exalta Kakinoff. "Um dos prazeres do carro está no barulho."
As reações do RS6 são rápidas. Não existe ir na manha. Qualquer toque no pedal da direita é o suficiente para atiçar a fera.
No entanto, o bicho não é indomável. Com os diversos recursos eletrônicos (controles de estabilidade, tração, distribuição de frenagem etc), o RS6 fica à mão. Ponto positivo para a tração Quattro permanente nas quatro rodas, com diferencial sensível ao torque. "Normalmente, a força da tração está 60% no eixo traseiro e 40% no dianteiro. Porém, dependendo da necessidade, a divisão pode ficar em 85% no traseiro e 15% no dianteiro, ou 35% no traseiro e 65% no dianteiro", explica Luis Carlos Bouças, instrutor técnico da Audi.
Completando a lista de equipamentos estão freios com discos de cerâmica de 20 polegadas (opcionais), suspensão que traz o sistema DRC (Dynamic Ride Control) e que tem como opcional uma versão esportiva Plus, que possibilita a escolha de três configurações: Confort, Dynamic e Sport. O câmbio é automático de seis marchas Tiptronic. "Já estamos trabalhando em uma transmissão com dupla embreagem que aguente o torque do RS6", revela Bouças.
Em linhas gerais, o design do RS6 é similar ao do A6. Apenas os para-lamas foram alargados para abrigar as rodas de alumínio de 20 polegadas. A frente traz o olhar invocado do conjunto óptico marcado com Leds e a imponente grade do radiador que ostenta as argolas. A lateral tem linha de cintura alta e dois vincos marcantes. Na traseira destaca-se a dupla saída do escapamento.
Internamente, o requinte do A6 ganha elementos esportivos. Os bancos dianteiros do tipo concha revestidos de couro têm ajuste longitudinal e de altura manuais e o volante traz a base achatada, como nos carros de competição. O habitáculo e todos os comandos estão voltados para o motorista, lembrando o cockpit dos veículos de turismo, como WTCC. Em termos de segurança, seis air bags.
O Audi RS6 nasceu para atender aos que buscam esportividade exacerbada. Fora do normal. Para os que se deliciam com potência, torque e ronco. Aos que só querem desfilar, o ideal é o A6. Chamativo como o RS6, porém mais barato.
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