DATA DA PUBLICAÇÃO 08/05/2010 | Cidade
''A Dança Final'' garante comédia em Mauá
Uma das últimas peças de Plínio Marcos (1935-1999), “A Dança Final”, retrata com muito humor o drama “do classe média” Menezes (Norival Rizzo, “O Homem das Cavernas”), ao se esforçar para manter as aparências, tanto em relação à sua virilidade quanto ao seu casamento com Lisa (Denise Weinberg). Para o casal, é importante mostrar uma vida perfeita diante do seu círculo social. Essa comédia terá apresentação especial nesta segunda-feira (10), às 19h, no Teatro Municipal de Mauá, com entrada franca.
“A Dança Final” é uma obra singular por ser uma rara comédia de Plínio e tratar de personagens exclusivamente da classe média. Nela, juntando equívocos, enganos e farsas, Menezes e Lisa chegam aos 25 anos de vida em comum e descobrem terem alimentado uma falta de comunicação dentro do relacionamento. A narrativa apropria-se com graça de assuntos como derrota, sexo, envelhecimento, ilusão e desejo, nos colocando diante de situações patéticas, típicas das relações humanas.
“Um dos objetivos da montagem é tratar o casal como uma sociedade civil. O drama transcende o palco sempre que espelha a humanidade. Lisa é uma personagem de grandeza universal, que permite uma discussão, não somente sobre a frustração de mulheres da classe média, como também de todas as classes e de vários lugares do mundo”, explica a diretora Noemi Marinho, autora de, entre outros textos, “Fulaninha e Dona Coisa”, prestes a virar filme.
Para ela, a peça desperta riso e seriedade simultaneamente. “Enquanto você ri de algo, você está compreendendo racionalmente a cena. Quando você se emociona, você já se aprofundou. Ou seja, o entendimento tocou a alma, o coração”, afirma. “Ao mesmo tempo em que você acha graça, também sente compaixão por essas personagens”, finaliza.
Na opinião da atriz Denise Weinberg, “Plínio consegue, através de um simples casal de classe média, mostrar os desejos secretos, as frustrações, as desilusões e as idealizações próprias de qualquer ser humano, redimensionando com muito humor e compaixão as nossas relações e as eternas dificuldades, na condução de nossas vidas”.
Segundo o ator Norival Rizzo, em “A Dança Final”, Plínio muda a sua temática, sem deixar de se infiltrar, como de costume, em problemas da humanidade. “Nesse aspecto, eu cito o tema impotência, o qual ele retrata de forma expandida. É uma impotência política, cultural, criativa, econômica, enfim, um cerceamento que a nossa espécie enfrenta simplesmente por existir”.
Essa montagem também marca o reencontro de três grandes amigos. A primeira produção de Noemi e Norival, como atores, foi “O Segredo do Velho Mudo” há cerca de 30 anos. Com Denise, Noemi contracenou “As Raposas do Café” (1991). Já Denise esteve com Norival na peça “Oração para um Pé-de-Chinelo”, que rendeu os Prêmios Shell 2006 e APCA 2005, ambos de melhor atriz. Pela mesma montagem, Norival recebeu o Prêmio Shell 2006, de melhor ator.
“A Dança Final” é uma obra singular por ser uma rara comédia de Plínio e tratar de personagens exclusivamente da classe média. Nela, juntando equívocos, enganos e farsas, Menezes e Lisa chegam aos 25 anos de vida em comum e descobrem terem alimentado uma falta de comunicação dentro do relacionamento. A narrativa apropria-se com graça de assuntos como derrota, sexo, envelhecimento, ilusão e desejo, nos colocando diante de situações patéticas, típicas das relações humanas.
“Um dos objetivos da montagem é tratar o casal como uma sociedade civil. O drama transcende o palco sempre que espelha a humanidade. Lisa é uma personagem de grandeza universal, que permite uma discussão, não somente sobre a frustração de mulheres da classe média, como também de todas as classes e de vários lugares do mundo”, explica a diretora Noemi Marinho, autora de, entre outros textos, “Fulaninha e Dona Coisa”, prestes a virar filme.
Para ela, a peça desperta riso e seriedade simultaneamente. “Enquanto você ri de algo, você está compreendendo racionalmente a cena. Quando você se emociona, você já se aprofundou. Ou seja, o entendimento tocou a alma, o coração”, afirma. “Ao mesmo tempo em que você acha graça, também sente compaixão por essas personagens”, finaliza.
Na opinião da atriz Denise Weinberg, “Plínio consegue, através de um simples casal de classe média, mostrar os desejos secretos, as frustrações, as desilusões e as idealizações próprias de qualquer ser humano, redimensionando com muito humor e compaixão as nossas relações e as eternas dificuldades, na condução de nossas vidas”.
Segundo o ator Norival Rizzo, em “A Dança Final”, Plínio muda a sua temática, sem deixar de se infiltrar, como de costume, em problemas da humanidade. “Nesse aspecto, eu cito o tema impotência, o qual ele retrata de forma expandida. É uma impotência política, cultural, criativa, econômica, enfim, um cerceamento que a nossa espécie enfrenta simplesmente por existir”.
Essa montagem também marca o reencontro de três grandes amigos. A primeira produção de Noemi e Norival, como atores, foi “O Segredo do Velho Mudo” há cerca de 30 anos. Com Denise, Noemi contracenou “As Raposas do Café” (1991). Já Denise esteve com Norival na peça “Oração para um Pé-de-Chinelo”, que rendeu os Prêmios Shell 2006 e APCA 2005, ambos de melhor atriz. Pela mesma montagem, Norival recebeu o Prêmio Shell 2006, de melhor ator.
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