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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/03/2015 | Saúde e Ciência
59% dos brasileiros entre 40 e 69 anos já tiveram problemas de ereção
Para 12% dos homens nessa faixa etária, a disfunção erétil é recorrente.

Pesquisa foi encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia ao Ibope.


Entre os homens brasileiros de 40 a 69 anos, 59% relatam a experiência de já terem falhado na cama. A conclusão é de uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ao Ibope. O levantamento revelou ainda que, para 12% dos homens nessa faixa etária, a disfunção erétil é um problema recorrente. No grupo dos homens com mais de 60 anos, a parcela dos que já tiveram episódios de impotência pula para 71%.

O estudo ouviu 1.506 pessoas, entre homens e mulheres. De acordo com o urologista Mario Mattos, membro da SBU, os resultados não surpreendem e são similares aos observados em pesquisas feitas na Europa e Estados Unidos. “A população brasileira incorporou muitos dos maus hábitos que são fatores de risco para a impotência, como obesidade, sedentarismo, diabetes, hipertensão e tabagismo”, diz.

Impacto no relacionamento
A impotência sexual não afeta só o paciente, mas também sua parceira ou parceiro sexual. Entre as mulheres e os homens homossexuais entrevistados para a pesquisa, 54% relatam já terem tido a experiência de o parceiro falhar na hora do sexo por problemas de ereção.

Além disso, 19% dos entrevistados são afetados mensalmente por falhas de ereção: tanto falhas próprias quanto falhas do companheiro.
Quando o problema se manifesta na maior parte das vezes que o homem procura por sexo, é hora de procurar um médico. Falhas ocasionais não caracterizam um problema"
Mario Mattos, urologista da SBU

Entre os homens que afirmam terem tido episódios de impotência, 48% dizem temer o impacto da falha de ereção em seu relacionamento com a companheira ou companheiro.

Impotência ainda é tabu
Mattos diz que, apesar da grande incidência, o tema ainda é um tabu entre os homens. “Ainda é muito difícil para boa parte dos pacientes tocarem no assunto, mesmo em um ambiente favorável, como o de um consultório médico.”

Ele conta que é comum que o paciente só mencione o problema de ereção na segunda ou terceira consulta, quando tem mais confiança no médico. “Temos adotado um novo hábito, de sermos um pouco mais proativos no questionamento sexual. Sabendo que a incidência é cada vez maior, o urologista toca mais no assunto”, diz o médico.

Ele acrescenta que é importante que a população saiba o quanto o problema de disfunção erétil é comum. "A ideia é desmistificar um pouco essa questão. Os pacientes chegam ao consultório tristes, para baixo, com problemas de relacionamento... Depois de um tempo em tratamento, voltam muito felizes. O legal é mostrar que é muito mais comum do que se poderia imaginar."

Quase sempre tem solução
Mattos assegura que quase todos os quadros de impotência sexual têm solução. Os casos de disfunção erétil mais leves podem ser tratados com medicamentos orais, que melhoram o fluxo de sangue para o pênis.

Caso essa terapia não seja eficaz, existem injeções que, aplicadas diretamente no pênis antes da relação sexual, estimulam o fluxo de sangue para o órgão e promovem a ereção.

Há ainda dois tipos de próteses penianas, implantadas por meio de cirurgia, para casos mais graves de disfunção erétil: o implante maleável, com o qual o paciente fica permanentemente com o pênis ereto, e o implante inflável, que pode ser acionado pelo paciente somente no momento da relação sexual.

A pesquisa faz parte da campanha "De volta ao controle", da SBU, que busca divulgar informações sobre os tratamentos mais modernos para disfunção erétil.

Por Mariana Lenharo - G1, em São Paulo
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