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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/09/2016 | Cidade
Transportadores escolares protestam contra clandestinos
 Transportadores escolares protestam contra clandestinos Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
Cerca de 60 transportadores escolares de Mauá realizaram manifestação na manhã de ontem em frente à Prefeitura. O protesto foi pautado principalmente no aumento de motoristas clandestinos e da liberação de 60 prefixos (licenças para atuar no setor), que, segundo a categoria, superlotaria o número de profissionais.

A concentração dos perueiros começou por volta das 8h, no estacionamento do Paço. Apesar do clima pacífico, os manifestantes foram hostilizados por funcionário da administração municipal que realizava serviço de poda. O mesmo homem fez ameaças de que se as vans não saíssem do estacionamento, não se responsabilizaria por possíveis danos.

O movimento foi encabeçado pelo Sitem (Sindicato dos Transportadores Escolares de Mauá). O presidente da entidade, Valdecir Baberge, desaprova a postura da atual gestão no combate aos clandestinos.

“Nós somos obrigados a seguir diversas normas, realizamos quatro vistorias anuais nas vans, temos que pagar impostos regularmente, senão não podemos trabalhar. E de repente chegam estas pessoas que, sem cumprir nenhuma lei, oferecem preços menores e roubam nossos passageiros. O pior é ver que o Donisete (Braga, prefeito da cidade, PT) não fez nada para mudar isso. Sempre que procurávamos ajuda dele, não obtínhamos nenhuma resposta. Nenhum mandato foi tão conivente com os clandestinos.”

A liberação das licenças também foi pautada como extremamente prejudicial a toda a categoria. “Se liberarem 60 prefixos, a concorrência vai aumentar ainda mais e ficaremos com menos passageiros. Depois de muitas reuniões, tinha sido acordada a liberação de 30 (prefixos), não sei o motivo dessa alteração”, critica o presidente do sindicato.

Devido ao descaso do poder público na luta contra os transportadores clandestinos, os profissionais regulamentados relatam a perda de até 80% dos passageiros. “A gente chama a polícia e ninguém vem. Enviamos as placas dos clandestinos para o Detran (Departamento de Trânsito) e não tomam atitude. Recentemente meu marido foi parado pela GCM (Guarda Civil Municipal) e quiseram ver se nossa van tinha condições para levar as crianças. Engraçado que não vejo nenhum clandestino ser parado”, desabafa a transportadora Magali Aparecida do Carmo, 40 anos.

Outro profissional que não quis ser identificado detalha que constantemente sofre ameaças dos motoristas irregulares. “Se eles nos veem reclamando ou fotografando suas placas, nos ameaçam, dizem que vão nos quebrar. Também já vi mais de uma vez esses caras buscarem as crianças enquanto eles e seus monitores estão embriagados. Quem vai se responsabilizar se algo acontecer com as crianças? A Prefeitura?”

Cerca de uma hora e meia após o início do protesto, o prefeito em exercício Helcio Silva (PT) aceitou debater o tema com comitiva formada por 30 transportadores escolares. A reunião durou cerca de 40 minutos e, de acordo com o sindicato da categoria, o atual chefe do Executivo se comprometeu em combater os clandestinos por meio de ações de fiscalização e abrir somente 30 prefixos. Na segunda-feira, haverá nova reunião no paço para acertar os detalhes da negociação.

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura confirmou que durante o encontro foi ressaltado o compromisso da administração de trabalhar conjuntamente com a categoria.

Além disso, declara que está formatando edital de licitação para conceder novos prefixos na cidade, e destaca que todo o processo de elaboração será acompanhado pela categoria. “O número de prefixos será liberado de acordo com a necessidade observada no município, assim como as regiões de atuação dos novos motoristas”, diz a nota.

Por Nelson Donato - Especial para o Diário
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