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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/07/2016 | Educação
Escolas estaduais só tem bolacha e água; alunos protestam no ABCD
Escolas estaduais só tem bolacha e água; alunos protestam no ABCD  Estudantes protestaram na manhã desta quinta. Foto enviada pelo leitor
Estudantes protestaram na manhã desta quinta. Foto enviada pelo leitor
Apeoesp aponta que merenda seca é realidade no ABCD e pode causar problemas de saúde ao aluno

Passar quatro horas sentado prestando atenção nas aulas e sem nada no estômago. Em uma das horas mais importantes para os estudantes, a chegada da merenda, a decepção: ao invés de um prato de comida saudável e reforçada, o governo do Estado tem servido apenas bolachinhas e suco após o retorno das férias escolares.

A "merenda seca" está sendo oferecida nas escolas estaduais do ABCD e também de toda Grande São Paulo. A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) tem acompanhado o fato e aponta que o lanche fornecido pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode causar sérios problemas de saúde aos estudantes.

Na manhã desta quinta-feira (28/09), alunos da Escola Estadual Professor João Batista Bernardes, no Bairro Alves Dias, em São Bernardo, realizaram protesto em frente à escola contra a baixa qualidade da merenda. Os alunos se organizaram nas redes sociais durante a semana e se concentraram por volta das 7h desta quinta. A principal reclamação dos estudantes é a merenda seca que os alunos estão recebendo desde quando voltaram as aulas, no dia 19 deste mês.

"Nós só estamos recebendo bolacha de água sal e em pouquíssima quantidade. Tem aluno que estuda em tempo integral e não tem tempo para almoçar em casa. Como esse aluno vai se sustentar só com bolacha?", questionou a estudante Luana Fernandes, 16 anos. "Outros alunos não têm o que comer em casa e precisa almoçar na escola, mas não tem comida", completou.

De acordo com a Apeoesp, além da E. E. Professor João Batista Bernardes, outras escolas passam pelo mesmo problema. Entre elas estão a E. E. Engenheiro Francisco Prestes Maia, no Bairro Planalto, a E. E. Maria Iracema Munhoz, no Centro e a E. E. Professor Domingos Peixoto da Silva, no Bairro Alvarenga.

"O caso da E. E. Engenheiro Francisco Prestes Maia é ainda mais grave, já que a escola está em obras e ainda não tem refeitórios e nem bebedouros. Então sempre dão merenda seca para os alunos", disse o coordenador da regional de São Bernardo da Apeoesp, Paulo Neves.

"Iremos entrar com um recurso na Diretoria Regional de Ensino contra essas condições para os alunos. Provavelmente também entraremos com uma representação no Ministério Público", completou Neves.

PROBLEMA SOCIAL

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, explicou que a função da merenda escolar vai além da nutrição. “Muitos alunos não têm condições de ter uma boa alimentação em casa. Por isso, os pais incentivam a ir para escola, acreditando que lá terá uma refeição decente”, comentou Bebel.

Conforme a docente, bolachas e suco podem provocar problemas gástricos. “A criança passa mais de quatro horas sentada e depois é obrigada a comer bolacha. Isso resseca o estômago além de não alimentar de forma correta o aluno. A concentração também é afetada”, explicou Bebel.

Em nota, a secretaria de Educação do Estado informou que a partir da próxima segunda-feira (01/08) a merenda será servida normalmente nas escolas citadas pela Apeoesp. Além disso, esclareceu que não há falta merenda nas escolas da rede e que o cardápio não manipulado (merenda seca) é servido em situações consideradas emergenciais, como reformas de cozinhas e quebra de equipamentos, por exemplo, e é elaborado de forma a atender as necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo.

*colaborou Renan Fonseca

Por Diego Brito - ABCD Maior
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