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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/07/2016 | Setecidades
Família recebe multa de carro de jovem morto em acidente
Família recebe multa de carro de jovem morto em acidente Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
“Senti uma indignação enorme quando abri o envelope. Realmente foram as únicas condolências que a Prefeitura prestou à nossa família”. As palavras são do corretor de seguros Sérgio Magri, 54 anos, a respeito de multa recebida relacionada ao carro do seu filho, morto no dia 25 de junho após acidente com veículo do Departamento de Trânsito de São Bernardo.

O Fiat Punto cinza destruído de Sérgio Magri Júnior, 21, estava estacionado na Avenida Armando Ítalo Setti, em frente ao 1º DP (Centro), local para onde foi levado pela Polícia Civil após o acidente. Ao observar o veículo no dia 7 de julho, agente de trânsito da Prefeitura emitiu multa, já que a área se trata de estacionamento rotativo. A infração no nome da vítima fatal está classificada como grave, o que implica cinco pontos na carteira, além do pagamento de R$ 127.

Revoltado, o pai garante que pagará a multa. Mais do que isso, ele pretende enquadrar o documento na sala de casa. “Faço questão de que eles (administração) empreguem esse dinheiro na contratação de profissionais capacitados ou em cursos (para os agentes de trânsito)”, disse ao lembrar que ele só recebeu autorização da polícia para acionar o seguro e retirar o veículo do filho do local no dia 11. “Não levei o carro para lá, foi o guincho da própria Prefeitura. A única coisa que eu fiz foi acionar o seguro quando já estava permitido levar o carro até o pátio, observa Magri.

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura afirmou que o carro está sob custódia do Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) e sob gestão do Estado, “que por alguma razão deixou o veículo na rua, em local regulamentado como estacionamento rotativo.”

A administração destacou ainda que “obviamente, não há como o agente em serviço na rua identificar as diferentes histórias pregressas de cada situação irregular encontrada na via, o que somente é possível de se fazer a posteriori, a partir da manifestação ou impetração de recurso do cidadão afetado pela ação”. Embora a família de Magri não tenha recorrido da infração, a Prefeitura garantiu que vai anular a multa, apesar de considerar a conduta do agente regular.

“Acredito que nada vá trazer o meu filho de volta. Ele trabalhava comigo, nós passávamos 24 horas juntos. Não tiraram só o meu filho. Foi morto o meu melhor amigo, o meu irmão e um pedaço de mim”, lamenta Magri. O filho, estudante de Administração da FSA (Fundação Santo André), morava com o pai desde os 11 anos, após o divórcio do casal. A família ainda luta para superar a perda do jovem que é lembrado como alegre, educado e tranquilo.

INVESTIGAÇÃO

Filmagens mostraram que o carro do Departamento de Trânsito avançou o farol vermelho pela Rua Marechal Deodoro, o que causou a colisão com o veículo do estudante. O caso está sendo investigado pelo 1º DP, onde foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. “Ainda estamos esperando a perícia do IML (Instituto Médico Legal) e o exame da dosagem alcoólica do agente para terminar o inquérito. A previsão é que seja concluído no início do ano que vem”, afirmou o delegado titular Aloízio Pires de Araújo.

A Prefeitura afirmou que solicitou a imediata retirada do agente de trânsito responsável dos serviços e que ele foi desligado da terceirizada.

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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