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Mauá segue pagando serviço que deveria ser da Suzantur
DATA DA PUBLICAÇÃO 04/05/2016 | Cidade
Oposição questiona transporte em Mauá
Oposição questiona transporte em Mauá Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
O governo do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), sofreu derrota na Câmara na sessão de ontem. A oposição conseguiu que fosse aprovado requerimento exigindo que o Paço forneça todas as informações aos parlamentares sobre o transporte público da cidade, operado exclusivamente pela Suzantur.

O documento foi protocolado pelo oposicionista Manoel Lopes (DEM) e causou polêmica na sessão. O presidente da Casa, Marcelo Oliveira (PT), até que tentou interceder a favor do governo, suspendendo a sessão para convencer o democrata a retirar o requerimento da pauta. Embora tivessem votos suficientes para derrubarem a medida, os governistas tinham a clareza de que, se rejeitassem o requerimento em plenário, poderiam passar a ideia de que a Câmara estaria blindando o prefeito.

Mesmo pressionado, Manoel Lopes manteve o documento, que elenca 13 indagações ao governo acerca das condições da frota da Suzantur em operação. O texto cita, inclusive, matéria do Diário de segunda-feira que mostrou que a empresa descumpre o contrato de concessão – item 28 do capítulo 7º – que exige que a frota com 248 veículos seja zero-quilômetro.

Ao menos quatro coletivos (de placas EWJ-2065, EWJ-2058, EWJ-2068 e EWJ-2061) foram fabricados em 2012, ou seja, dois anos antes de Donisete assinar contrato definitivo com a Suzantur. A maioria desses ônibus opera em linhas que atendem a região do Jardim Zaíra, região populosa da cidade.

O descumprimento ao edital por parte da concessionária já havia sido admitido pelo Paço em 2014, quando enviou resposta a outro requerimento de Manoel Lopes. No ofício, o governo revela que, entre os veículos em circulação, há carros produzidos bem antes do início da operação da Suzantur.

Outro parlamentar que têm questionado o transporte mauaense é o oposicionista Rogério Santana (ex-PT, hoje Rede Sustentabilidade). Ele criou projeto obrigando o Paço a abrir a “caixa-preta” do serviço na cidade. O texto foi protocolado há algumas semanas na Casa, mas ontem as comissões de Justiça e Redação e de Finanças, ambas presididas por petistas, emitiram parecer desfavorável à medida, o que inviabilizaria a votação do texto no plenário. O parlamentar disse que estudará se o regimento permite que a análise das comissões seja levada ao crivo dos vereadores no plenário. O tema também foi pautado na tribuna livre por um munícipe, que criticou os serviços e pediu transparência.

Manoel Lopes não foi encontrado para comentar sobre a aprovação do requerimento após os trabalhos.

Vereadores de Mauá blindam Donisete Braga e Beto Peralta

Apesar de aprovar requerimento questionando o governo do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), sobre o transporte da cidade, os vereadores decidiram blindar o petista e o empresário Beto Peralta.

Nenhum parlamentar questionou as denúncias de que as firmas do executivo são privilegiadas pelo Paço. “A minha assessoria está fazendo levantamento de todas as denúncias (contra Donisete e Beto Peralta) para, na semana que vem, apresentarmos requerimento questionando a gestão”, justificou o oposicionista Rogério Santana (Rede Sustentabilidade).

No mês passado, o Diário mostrou que, apesar da crise e dos frequentes atrasos de pagamentos a diversos fornecedores e prestadores de serviço do governo, a firma de Beto Peralta recebe quase em dia do Paço mauaense. Dos R$ 11,2 milhões em serviços executados pela Paulista Obras e Pavimentação desde 2013, R$ 7,4 milhões – praticamente 70% do acordo – já haviam sido depositados na conta da empresa.

O oposicionista Manoel Lopes (DEM), que prometeu questionar, via requerimento de informação, a estreita relação entre o governo Donisete e o empresário, decidiu adiar a decisão. O Diário também revelou que a influência de Beto Peralta em Mauá se estendia para a cidade de Itaquaquecetuba, no governo Mamoru Nakashima (PSDB). Pelo menos três nomes de Mauá – um deles atual secretário de Planejamento Urbano da gestão Donisete, José Francisco Jacinto, o Icão (PTdoB) –, integrou o secretariado no governo do tucano.

A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) prometeu acionar o MP (Ministério Público) para pedir que o órgão investigue a evolução de patrimônio de Donisete e Beto Peralta. Entre 2008 e 2009, os dois foram sócios de produtora de artistas.

Para o presidente da Casa, Marcelo Oliveira (PT), não houve omissão do Legislativo. “A gente não discute relação do governo com empresas, a gente fiscaliza”, contestou.

O governo de Donisete Braga nega irregularidades nos contratos e alega que os pagamentos aos fornecedores seguem ordem cronológica.

Por Júnior Carvalho - Diário do Grande ABC
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