DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2016 | Veículos
Abençoado seja o Velho Chico
Ele já foi enredo de escola de samba, inspirou inúmeras letras de música, é um dos maiores ‘estandartes’ nordestinos, embora seu curso comece na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e agora vai virar tema de novela. Sim, falamos do Rio São Francisco, que tem mais de 2.700 quilômetros de extensão – passa também pela Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco –, e muita história para contar.
E parte delas será mostrada a partir de março na próxima trama das 21h da Rede Globo, Velho Chico, de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, com direção de Luiz Fernando Carvalho. Belezas naturais para inspirar a próxima viagem são o que não vão faltar para quem assistir ao folhetim.
As primeiras cenas, gravadas no início de janeiro, foram no interior de Alagoas, mais precisamente em Olho D’água do Casado. Nelas, o diretor comandou os atores Chico Diaz e Cyria Coentro, que interpretam, respectivamente, os retirantes Belmiro e Piedade. Em seguida, parte da equipe viajou para Baraúna, no Rio Grande do Norte, onde Rodrigo Santoro fez os primeiros takes como o coronel Afrânio.
Até agora já foram gravadas cerca de 500 cenas e, entre as locações escolhidas, estão as já citadas, além de São Francisco do Conde, Raso da Catarina e Cachoeira, na Bahia, e Povoado Cabloco, em Alagoas.
Além de movimentar estas cidades nordestinas, a equipe da novela, que envolve 120 pessoas, tem gerado emprego. Em São Francisco do Conde, por exemplo, foi contratado todo tipo de mão de obra local, incluindo serralheiros, artesãos, pescadores, barqueiros, entre outros. E cerca de 70% do elenco principal também é do Nordeste, até para dar mais veracidade aos diálogos.
O RIO
Embora trata-se de uma história fictícia, os telespectadores não passarão incólumes a tudo que rodeia o Rio São Francisco. Responsável pelo sustento da população ribeirinha – dado que contará na história –, a novela mostrará que o rio desperta com sua ‘magia’ muita paixão. “Vou dizer que é emocionante se banhar nas águas daquele rio. Senti como se tivesse me vestindo de ‘Nordeste’ novamente”, disse Ivann Gomes, o Batoré, que estará na primeira parte da trama no papel de um delegado (sem nome). Ele não é o primeiro a decifrar essa sensação.
Já o polêmico projeto de transposição do São Francisco, que determina a transferência da água dele para o abastecimento de açudes e rios menores na região Nordeste, será tratado na terceira parte do folhetim. Pelo visto, a ideia da emissora e dos autores é trazer o público o mais próximo da realidade deste rio. Que assim seja.
História unirá romance e renascimento do rio
O enredo do romance entre herdeiros de famílias rivais se entrelaça à trajetória de luta pelo renascimento do Rio São Francisco. Este é o tema central de Velho Chico, que faz lembrar um pouco o de O Rei do Gado (1996), do mesmo autor.
Do outro lado das margens desses amores habita a ganância, a ambição desenfreada, o coronelismo arcaico, ainda muito presente no País. A saga tem início no fim dos anos 1960, na fictícia Grotas de São Francisco, e se estende até os dias de hoje. A briga familiar, que começou pelas águas e avançou pelas terras, perde o sentido para a nova geração, mas nem por isso a rivalidade deixará de existir.
Segundo do diretor, Luiz Fernando Carvalho, é uma novela de amor emoldurada também por uma crítica social. “É um reencontro com a brasilidade, com a história do nosso País e de sua gente, dos amores puros e dos desencontros, uma declaração de amor à nossa terra, contada com uma emoção brasileira.”
A primeira parte da trama mostra quando a Usina Hidrelétrica de Sobradinho é construída e desapropria muitos moradores das cidades do entorno dessa obra. Já a segunda se passa no fim da década de 1980 e mostra o início do conflito entre os coronéis e, a terceira, trata da polêmica da transposição do rio.
E parte delas será mostrada a partir de março na próxima trama das 21h da Rede Globo, Velho Chico, de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, com direção de Luiz Fernando Carvalho. Belezas naturais para inspirar a próxima viagem são o que não vão faltar para quem assistir ao folhetim.
As primeiras cenas, gravadas no início de janeiro, foram no interior de Alagoas, mais precisamente em Olho D’água do Casado. Nelas, o diretor comandou os atores Chico Diaz e Cyria Coentro, que interpretam, respectivamente, os retirantes Belmiro e Piedade. Em seguida, parte da equipe viajou para Baraúna, no Rio Grande do Norte, onde Rodrigo Santoro fez os primeiros takes como o coronel Afrânio.
Até agora já foram gravadas cerca de 500 cenas e, entre as locações escolhidas, estão as já citadas, além de São Francisco do Conde, Raso da Catarina e Cachoeira, na Bahia, e Povoado Cabloco, em Alagoas.
Além de movimentar estas cidades nordestinas, a equipe da novela, que envolve 120 pessoas, tem gerado emprego. Em São Francisco do Conde, por exemplo, foi contratado todo tipo de mão de obra local, incluindo serralheiros, artesãos, pescadores, barqueiros, entre outros. E cerca de 70% do elenco principal também é do Nordeste, até para dar mais veracidade aos diálogos.
O RIO
Embora trata-se de uma história fictícia, os telespectadores não passarão incólumes a tudo que rodeia o Rio São Francisco. Responsável pelo sustento da população ribeirinha – dado que contará na história –, a novela mostrará que o rio desperta com sua ‘magia’ muita paixão. “Vou dizer que é emocionante se banhar nas águas daquele rio. Senti como se tivesse me vestindo de ‘Nordeste’ novamente”, disse Ivann Gomes, o Batoré, que estará na primeira parte da trama no papel de um delegado (sem nome). Ele não é o primeiro a decifrar essa sensação.
Já o polêmico projeto de transposição do São Francisco, que determina a transferência da água dele para o abastecimento de açudes e rios menores na região Nordeste, será tratado na terceira parte do folhetim. Pelo visto, a ideia da emissora e dos autores é trazer o público o mais próximo da realidade deste rio. Que assim seja.
História unirá romance e renascimento do rio
O enredo do romance entre herdeiros de famílias rivais se entrelaça à trajetória de luta pelo renascimento do Rio São Francisco. Este é o tema central de Velho Chico, que faz lembrar um pouco o de O Rei do Gado (1996), do mesmo autor.
Do outro lado das margens desses amores habita a ganância, a ambição desenfreada, o coronelismo arcaico, ainda muito presente no País. A saga tem início no fim dos anos 1960, na fictícia Grotas de São Francisco, e se estende até os dias de hoje. A briga familiar, que começou pelas águas e avançou pelas terras, perde o sentido para a nova geração, mas nem por isso a rivalidade deixará de existir.
Segundo do diretor, Luiz Fernando Carvalho, é uma novela de amor emoldurada também por uma crítica social. “É um reencontro com a brasilidade, com a história do nosso País e de sua gente, dos amores puros e dos desencontros, uma declaração de amor à nossa terra, contada com uma emoção brasileira.”
A primeira parte da trama mostra quando a Usina Hidrelétrica de Sobradinho é construída e desapropria muitos moradores das cidades do entorno dessa obra. Já a segunda se passa no fim da década de 1980 e mostra o início do conflito entre os coronéis e, a terceira, trata da polêmica da transposição do rio.
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