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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/06/2015 | Cidade
Família protesta por morte de jovem
Família protesta por morte de jovem Foto: Nário Barbosa/DGABC
Foto: Nário Barbosa/DGABC
A família do jovem Rafael Mendes Caetano, morto aos 23 anos ao ser jogado por policiais militares a paisana do mezanino da casa noturna El Cuervo, em Mauá, no ano passado, realizou protesto ontem em frente ao Fórum de Mauá. No local era promovida, a portas fechadas, a primeira audiência que irá determinar se o julgamento do homicídio será por júri popular. Conforme a família, foi marcada mais uma audiência para o dia 24 de julho, já que faltam ser ouvidas três testemunhas de acusação que não compareceram.

O caso corre em segredo de Justiça. Ontem o juiz colheu depoimentos de cinco testemunhas de acusação, além dos quatro réus.

Em outubro do ano passado, Caetano comemorava emprego novo e ofereceu bebida ao grupo do qual os policiais faziam parte. Foi iniciada uma briga que culminou com o jovem sendo atirado do mezanino pelos quatro agentes de Segurança.

Durante o ato de ontem, familiares e amigos de Caetano portavam cartazes com mensagens de saudades, paz e principalmente de Justiça, além de camisetas com a foto do rapaz.

A mãe do jovem, Maria José Mendes Caetano, 59, estava bastante emocionada. Ela disse que a única coisa que espera é que os responsáveis sejam punidos e acredita que o júri popular seja o caminho. “Eles eram representantes da lei, mas o que fizeram foi tirar a vida de uma pessoa que não tinha a coragem de matar uma barata. Creio no juiz, promotor, testemunhas e no júri e Deus que tem controle sobre todas as coisas”, disse.

Caetano era o caçula de uma família de duas irmãs e um irmão. Maria José afirmou que, desde que ele se foi, vive angustiada e lembra que o jovem queria ser policial militar. “É ironia do destino, porque meu filho desde pequenininho queria ser policial, mas foi a polícia que tirou a vida dele. Sou uma mãe que só tenho dor e angústia e sei que nada vai trazer ele de volta, mas vou lutar por justiça. Hoje (ontem) completam oito meses e oito dias que ele partiu, e a falta que ele me faz é muito grande. É como se tivesse sido ontem.”

A irmã mais velha de Caetano, Marisa dos Santos, 38, também mostrou indignação. Ela disse que, desde o acontecimento, toda a família pensa no jovem o dia inteiro. “Meu sentimento é de muita tristeza e dor. Não consigo entender porque fizeram isso. Eles foram para cima, bateram, mataram o meu irmão. O que tenho é ódio mesmo e a minha vontade é que eles apodreçam na cadeia.”

O tio de Rafael, José Orquivaldo, lembra do sobrinho como uma pessoa de paz. “Extrovertido, amigo, alguém que faz parte de uma família comum. Estamos muito tristes sem ele aqui.”

Maria José disse que não tem coragem de ver a fisionomia dos quatro acusados, mas que espera encontrá-los um dia. “Quero ir na prisão falar com um por um e perguntar o porquê. Mas, por enquanto, não tenho forças”, explicou.

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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