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Mauá busca terrenos ociosos para construir moradias
DATA DA PUBLICAÇÃO 28/05/2015 | Cidade
MTST ocupa terreno da Dersa às margens do Rodoanel, em Mauá
MTST ocupa terreno da Dersa às margens do Rodoanel, em Mauá Ocupação, que fica às margens do anel viário, começou com 500 barracas e já quadruplicou, de acordo com o movimento. Foto: Rodrigo Pinto
Ocupação, que fica às margens do anel viário, começou com 500 barracas e já quadruplicou, de acordo com o movimento. Foto: Rodrigo Pinto
Movimento fala em 2 mil famílias na ocupação de área de 200 mil metros quadrados

A jovem Fabiana Marques comprava remédios para tratar a bronquite da filha mais nova, Camile, de apenas dois anos, quando soube que naquela madrugada os sem teto ocupariam um terreno às margens do Rodoanel. Sem saber mais detalhes e com duas filhas pequenas no colo, Fabiana seguiu rumo ao mais recente acampamento erguido pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), uma área ociosa de mais de 200 mil metros quadrados de propriedade da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), em Mauá.

Era a primeira vez de Fabiana em um acampamento de sem teto. Em sua barraca, um espaço pouco maior que um metro quadrado, a jovem desempregada espera ao lado de centenas de famílias pela oportunidade de fazer do terreno sua moradia. A renda da família, baseada no salário do marido, que atua como segurança e recebe um valor inferior ao salário mínimo, tem como único complemento o auxílio do bolsa família.

Do topo do terreno é possível ter ideia da proporção que a ocupação já tomou. O movimento fala em 2 mil famílias. Eles começaram com 500 barracas, o restante foi composto por pessoas como Fabiana, que mesmo sem ter nenhum contato com movimentos de moradia, fazem parte do universo de 120 mil famílias que figuram no déficit habitacional do município de Mauá.

Minha casa - Batizada de Oziel Alves, a ocupação foi iniciada na madrugada do último sábado (23/05) e integra a agenda de lutas do MTST na cobrança pela realização da terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida – que teve recentemente seu lançamento adiado. Em sua segunda etapa, o programa habitacional federal contratou 3,4 milhões de unidades, sendo 1,6 milhão de moradias entregues desde 2009.

Erguido na beira do Rodoanel, o acampamento começa a receber também famílias que sofreram as consequências das desapropriações realizadas para construção do complexo viário. “O acampamento está crescendo muito rápido, o déficit aqui é muito grande. Mas a comunidade é bem solidária, temos recebido muitas doações”, disse Lisandra Pinheiro, coordenadora de comunicação do MTST.

Uma das organizadoras também da ocupação Novo Pinheirinho, em Santo André, Lisandra caminha pelo acampamento sob o coro de dezenas de perguntas. Na cidade vizinha, a ocupação resultou na conquista de dois empreendimentos com construção prevista para junho pelo Minha Casa.

“É o primeiro contato com uma ocupação da maioria das famílias que estão aqui. Estamos fazendo um trabalho de formação. As pessoas que chegam vão conhecendo a luta, criando a noção de que, por exemplo, não podemos levantar barracos de madeira aqui. O terreno é um acampamento, ocupado para revindicarmos a construção de um empreendimento”, ressaltou.

Outro lado - Proprietária do terreno, a Dersa não se manifestou sobre a ocupação até o fechamento desta edição. A Prefeitura de Mauá afirmou que não vai se envolver no tema, já que o terreno é de propriedade estadual.

Por Nicole Briones - ABCD Maior
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