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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/05/2015 | Setecidades
Sabesp fecha torneira e seca chega a Santo André e Mauá
Sabesp fecha torneira e seca chega a Santo André e Mauá Antônio Paulo Domingues Moreira, supervisor de manobra da Sama: 'A água dos caminhões enche a caixa d’água dos moradores. Estamos fazendo o que podemos'. Foto: Andris Bovo
Antônio Paulo Domingues Moreira, supervisor de manobra da Sama: 'A água dos caminhões enche a caixa d’água dos moradores. Estamos fazendo o que podemos'. Foto: Andris Bovo
Cidades do ABCD são empurradas ao corte autorizado por Alckmin, e quem sofre são os moradores

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) adotou para o ABCD uma nova forma de lidar com a crise da água: fechar de vez as torneiras. O racionamento será aplicado já em Santo André. Em Mauá, a primeira cidade da Região a entrar na seca, a Sabesp (Companhia de Saneamento de São Paulo) cortou de tal forma o fornecimento que não é possível ter volume nos reservatórios para aplicar o rodízio.

A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) recebe água da companhia estadual e distribui para todos os bairros. O nível dos reservatórios municipais é controlado diretamente pela operadora do Estado. Além de ter reduzido em quase 50% o fornecimento, a Sabesp fecha os registros todas as vezes que o nível de reservação atinge 30 centímetros. Isso impede que os técnicos da Sama mantenham o volume necessário para aplicar o racionamento e minimizar a situação de bairros mais elevados, que passam dias sem uma gota nas torneiras. “Se implantarmos o racionamento, não será para administrar a água. É porque não teremos água mesmo”, comentou o superintendente da Sama, Alessandro Baungartner.

Santo André - A partir de junho, a Sabesp diminuirá a quantidade de água ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Diante do comunicado, Santo André adotará o rodízio. “Nessas condições operacionais não tem como segurar o rodízio. Vai acontecer, pois hoje operamos no nosso limite”, explicou o superintendente da autarquia, Sebastião Ney Vaz.

Antes da crise hídrica, Santo André recebia da Sabesp 2.370 litros por segundo. Em março de 2014 ocorreu a primeira redução de 22% e o município passou a receber média de 1.850 litros por segundo. Em maio deste ano, a companhia estadual anunciou novo corte. A partir de junho, Santo André receberá 1.780 litros por segundo. “Com essa água não consigo abastecer a cidade inteira”, revelou Ney.

Para o superintendente do Semasa, o rodízio é a forma mais democrática de agir diante da constante redução de água realizada pela Sabesp no município. “Temos feito nossa parte. O que a gente economizou até agora daria para abastecer São Caetano inteira por um ano. Mesmo assim ainda vão diminuir a água.”

Corte é certo - A Sabesp confirmou a redução do envio de água. Em nota, informou que “está negociando com as prefeituras de Santo André, Mauá e Guarulhos a redução do consumo por pessoa de água nestas cidades. Enquanto cidades da Região Metropolitana de São Paulo, como Osasco, São Bernardo, Carapicuíba (as três são operadas pela Sabesp) e São Caetano (não operada pela Sabesp) reduziram o consumo em mais de 30%, nas cidades de Guarulhos, Mauá e Santo André a redução foi de cerca de 17% (comparado a fevereiro de 2014)”.

A companhia ainda reforçou que é “ preciso que Guarulhos, Mauá e Santo André caminhem também para reduzir o consumo per capita e tenham ações efetivas e concretas neste momento de crise”.

Bairros de Mauá são abastecidos por caminhões pipa

Cinco ou seis dias sem uma gota nas torneiras. Essa é a rotina para os moradores dos bairros localizados nas regiões mais altas de Mauá, como o Sônia Maria. Para tentar amenizar a situação, a Sama tem trabalhado com oito caminhões pipa espalhados pela cidade para levar água para essa parte da população. “A água dos caminhões enche diretamente a caixa d’água dos moradores. Estamos fazendo o que podemos”, explicou o supervisor de manobra da Sama, Antônio Paulo Domingues Moreira.

Nesta terça-feira (26/05), completava cinco dias que a moradora do Sônia Maria Vilma Bernardo Alves, 50 anos, estava sem água. E no caso dela, nem mesmo caminhão pipa passou pela rua Noel Rosa. “Não tenho água para nada. Tive de comprar alguns galões para beber. Comida, só comprada. Banho, só de balde e na casa de uma amiga. E as pilhas de roupas sujas se acumulam pela casa. É revoltante”, destacou a auxiliar de limpeza.

A dona de casa Maria Leite Alves da Silva, 57 anos, que mora na mesma rua de Vilma, também precisou comprar água para beber. “Imagina o que é para o meu marido e minha filha levantar todos os dias e não ter água nem para escovar os dentes? É assim que temos vivido”, finalizou Maria.

Por Renan Fonseca e Claudia Mayara - ABCD Maior
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