NOTÍCIA ANTERIOR
Lista de espera do Prouni do meio do ano 2014 começa nesta segunda
PRÓXIMA NOTÍCIA
Cetesb autoriza reabertura do campus da USP Leste
DATA DA PUBLICAÇÃO 22/07/2014 | Educação
48% das escolas públicas não têm computador, diz ONG
48% das escolas públicas não têm computador, diz ONG Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Metade das escolas públicas do Brasil não tem computador para os alunos nem acesso à internet. No País, embora tenha diminuído em um terço o número de estudantes por equipamento - de 96, em 2008, para 34 em 2013 -, as escolas ainda enfrentam problemas de infraestrutura básica: faltam banda larga, laboratório de informática e até energia elétrica.

Os dados são de levantamento da ONG Todos pela Educação, com base no Censo Escolar 2013, obtido com exclusividade pelo Estado.

Os números mostram que, atualmente, 48,1% das escolas públicas de ensino básico não têm computador para uso individual dos alunos. A situação, contudo, melhorou nos últimos anos. De 2008 a 2013, o total de unidades sem acesso à internet caiu de 72,5% para 49,7% e o de escolas sem banda larga, de 82,3% para 59,3%.

Apesar das melhorias, o País ainda está distante das metas de universalizar o acesso à banda larga e de triplicar a oferta de computadores por aluno na rede pública, previstas no Plano Nacional de Educação, recentemente aprovado no Congresso.

Esses patamares ainda estão longe de serem atingidos, principalmente no Norte e Nordeste, que apresentam profundas desigualdades em relação às demais regiões. Apesar de terem investido na compra de equipamentos e apresentarem a redução mais significativa no número de alunos por computador de 2008 a 2013 - saíram de 163 e 162 alunos por máquina para 48 e 42, respectivamente -, essas regiões ainda têm as piores taxas de alunos por equipamento. A Região Sul, com 21 estudantes por computador, é a melhor. Em seguida estão o Centro-Oeste (30 por 1) e o Sudeste (35 por 1).

Infraestrutura precária

Mas não basta apenas a compra dos equipamentos.

Diversas áreas sofrem ainda com a falta de infraestrutura básica. No Norte, por exemplo, 82,9% da rede pública não tem banda larga e 23,7% estão sem energia elétrica.

Segundo a gerente de projetos do Todos pela Educação, Andrea Bergamaschi, é preciso ter cuidado para que a desigualdade tecnológica não aprofunde o descompasso de aprendizado entre as regiões. "A tecnologia tem de ser usada para reduzir a desigualdade, não para aumentar." Ela destaca a necessidade de articulação entre as Secretarias, quando, por exemplo, a escola não tem luz nem internet. "Se os equipamentos estão sendo comprados e não há estrutura, o que vai acontecer?"

O estudante Gustavo Brito de Oliveira, de 13 anos, que cursa a 7.ª série em uma escola estadual do Grajaú, na zona sul de São Paulo, conta que, dos 32 computadores do colégio, apenas 2 funcionam. "Seria melhor usá-los, poderíamos levar menos livros e ganhar tempo pesquisando rápido o que demoramos para achar na sala de aula."

Em nota, a secretaria afirmou que vai enviar hoje um técnico à escola. Também informou que vai instaurar um processo administrativo para verificar o motivo pelo qual a maioria das máquinas não está disponível para uso dos alunos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Estadão Conteúdo - Diário Online
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Educação
21/09/2018 | Ensino superior cresce no País, mas graças à modalidade a distância
19/09/2018 | Em crise financeira, UFABC tenta definir objetivos para 2019
18/09/2018 | Cidade francesa muda pátio de pré-escola para favorecer a igualdade de gênero
As mais lidas de Educação
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7680 dias no ar.