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Greve leva 3.000 às ruas; Marinho ignora
DATA DA PUBLICAÇÃO 13/05/2015 | Política
Sob desconfiança, servidores iniciam hoje greve em São Bernardo
O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo dá início hoje à greve geral no funcionalismo, a partir das 6h. Porém, o clima de desconfiança ainda paira sobre o movimento liderado pela entidade. Há insinuação de interesses partidários da direção, relacionamento de proximidade com o prefeito Luiz Marinho (PT) e até servidores defendendo paralisação paralela.

A greve foi aprovada na semana passada pela categoria, que reivindica aumento de 12,54%, sendo 8,04% de reposição da inflação – com base no ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) – e 4,5% de ganho real. Também há contestação de falta de diálogo com o governo Marinho, que agendou somente para o dia 28 reunião para tratar sobre a pauta sindical.

Desde o início da campanha salarial, a conduta do presidente do Sindserv, Giovani Chagas, foi colocada em xeque pelos servidores. Chagas é filiado ao PT e já comentou que tem desejo de ser candidato a vereador no ano que vem, com anuência de Marinho. A prova mais clara da desconfiança é o fato de professores da rede municipal cogitarem greve paralela.

Educadores recordaram episódio de 2012, quando solicitaram ao Sindserv paralisação, também em razão de reajuste salarial. Os profissionais relataram que o sindicalismo não acatou o pedido, efetuando apenas greve por um dia. “Não sabemos o quanto seremos prejudicados, caso entramos na greve. Na de 2012, tivemos o dia descontado, o que foi muito ruim. Fica difícil caminhar junto com o sindicato”, revelou professora, que não quis se identificar.

Chagas rebateu as críticas e garante que a paralisação será para valer. Tanto que elevou o tom de questionamento da conduta de Marinho no episódio. “Quando pedimos a negociação, ele passou para o dia 28, o que demonstra não levar a sério nossa pauta. Então, vamos mostrar o nosso descontentamento indo às ruas reivindicar nossos direitos, tendo em vista que a data base para negociação era em março”, considerou.

O dirigente detalhou que desde quinta-feira, quando a greve foi aprovada em assembleia, inúmeras ações entre panfletagem e por caminhão de som foram feitas.

Esta será a primeira vez, nos últimos 15 anos, que os funcionários públicos voltam a cruzar os braços no município. A última vez ocorreu durante a gestão do ex-prefeito Mauricio Soares, entre 1997 e 2000, perdurando por 21 dias. O primeiro ato será concentração na Praça Santa Filomena, no Centro. Em seguida, haverá caminhada em direção ao Paço, em manifestação na Câmara.

Por Leandro Baldini - Diário do Grande ABC
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