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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/05/2015 | Setecidades
Grande ABC tem 45 mil ligações irregulares de luz
Grande ABC tem 45 mil ligações irregulares de luz Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
O Grande ABC tem atualmente 45 mil ligações clandestinas de energia elétrica espalhadas por quatro das sete cidades: Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. A meta da AES Eletropaulo é regularizar 22,7 mil pontos até dezembro, no entanto, a concessionária destaca aumento de 20% no número dos chamados ‘gatos’ de luz a cada ano na região.

São Bernardo é a cidade campeã na quantidade de moradias com ligação de luz irregular: 23,3 mil. Diadema aparece em seguida, com 9.810 residências com ‘gatos’ e Santo André ocupa a terceira colocação, já que concentra 6.972 casas com energia elétrica clandestina. Em Mauá, há 4.866 pontos em que os consumidores não pagam pelo uso da luz.

A empresa utiliza o Censo 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para mapear as ligações irregulares e diz que estudo não identificou áreas com o problema em comunidades de São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Os números destacados pela companhia são feitos com bases em estimativas.

Conforme explica o coordenador técnico da AES Eletropaulo, Moisés Correia de Oliveira, o principal entrave para que o programa de regularização de pontos de luz avance é a dificuldade de relacionamento com a comunidade. “Tem de ser um programa específico, porque não estamos lidando com um cliente normal. Estamos falando de moradias localizadas em áreas de crescimento desordenado, e não é preciso um trabalho amplo.”

Outro destaque é para a necessidade de o programa de regularizações acompanhar os processos de urbanização realizados pelas prefeituras. Após identificar as áreas a serem regularizadas, a empresa prioriza, em conjunto com as administrações, os locais que serão beneficiados. “Um dos empecilhos também é a dificuldade em relação às áreas de proteção ambiental, onde é preciso liberação por parte do poder público”, complementa Oliveira.

Além de tirar o consumidor da informalidade e passar a oferecer comprovante de endereço, a regularização das ligações clandestinas de luz também representa segurança. “Estamos falando de oferecer energia de qualidade. Evitamos os tradicionais curto-circuitos por excesso de carga ou, na pior das hipóteses, incêndios”, observa o coordenador técnico.

A segurança em poder deixar as três filhas em casa sem preocupação é o principal benefício destacado pela auxiliar de limpeza Alcione da Silva, 29 anos, após a regularização da energia da sua residência, no núcleo Espírito Santo, no bairro Cidade São Jorge, em Santo André, há cerca de dois anos. “Apesar de ter de pagar a conta todo mês, melhorou porque antes tinha sobrecarga de energia e acabava queimando muita coisa”, lembra.

Embora não pague pelo consumo de energia elétrica em seu barraco, o auxiliar de produção Wilson Conceição Silva, 25, destaca o problema de queima de equipamentos eletrônicos cotidianamente e, com isso, a vontade de sair da informalidade. “Seria vantagem pagar. Também pelas crianças (três filhos com 6, 5 e 2 anos)”, destaca o morador do núcleo Espírito Santo há nove anos.

Concessionária não tem data para regularizar 100% dos locais

Apesar de manter, desde 2004, programa destinado à regularização de ‘gatos’ de luz, a AES Eletropaulo diz não saber estimar data para regularização total dos pontos clandestinos na região. Segundo a concessionária, caso houvesse o congelamento das novas ocupações neste instante, levaria pelo menos cinco anos para a regularização das atuais áreas.

“Em muitos casos há a dependência de intervenção do poder público para a canalização, urbanização ou a abertura de viário dentro da comunidade. Caso consideremos o crescimento anual de 20% das ligações irregulares, não há como estimar uma data para regularização total”, destaca o coordenador técnico da AES Eletropaulo, Moisés Correia de Oliveira.

O cronograma deste ano prevê 22,7 mil regularizações, sendo 11,8 mil em São Bernardo, 4.694 em Santo André, 3.271 em Mauá e 2.876 em Diadema. Desde 2004, 112 mil moradores das sete cidades foram beneficiados.

Atualmente, a distribuidora tem cerca de 995 mil clientes na região, entre residencial, industrial, comercial e comunidades.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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