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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/04/2015 | Economia
Almoçar fora de casa sai pelo menos cinco vezes mais caro
Os gastos de uma família que almoça em restaurante todos os dias são pelo menos cinco vezes mais altos do que os de outra que come em casa diariamente. Isso é o que aponta cruzamento de dados realizado pelo Diário, com base em informações de pesquisa encomendada pela Assert (Associação das Empresas de Refeição e Convênio para o Trabalhador) e do levantamento realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Entre os fatores responsáveis pela elevação do preço nos estabelecimentos destacam-se os custos com transporte e conservação adequada dos alimentos, os impostos inerentes à atividade comercial, os encargos trabalhistas e, claro, o lucro do proprietário.

Estudo da Assert mostra que o preço médio da refeição mínima (prato comercial com fruta de sobremesa) em São Bernardo, Santo André, São Caetano e Diadema é de R$ 17,98. O levantamento foi feito pelo instituto Datafolha, no horário do almoço, em restaurantes que aceitem tíquetes de refeição. Se uma família de quatro pessoas almoçar fora diariamente, irá gastar pelo menos R$ 71,92, ou R$ 2.157,60 durante os 30 dias do mês.

Enquanto isso, os itens básicos para alimentar uma família com o mesmo número de integrantes durante 30 dias demandam cerca de R$ 440, segundo o último levantamento da Craisa, que não inclui bebidas, e descontados os gastos com produtos de limpeza. Esse valor, dividido pela quantidade de dias do mês, dá R$ 14,66 diários – ou R$ 3,66 por pessoa.

Se o cliente optar por outros tipos de estabelecimentos, os gastos serão ainda mais elevados. Nos restaurantes self-service do Grande ABC, cada consumidor paga, em média, R$ 23,17 por refeição, incluindo bebida, sobremesa e café. Entre os pratos executivos, a média é de R$ 31,31 em São Bernardo – único município da região incluído na pesquisa nessa categoria. No serviço à la carte, o valor médio por pessoa é de R$ 55,33 em Santo André e São Bernardo.

Coordenador da pesquisa da cesta básica da Craisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto explica que, a cada etapa da cadeia de alimentos, a mercadoria ganha valor agregado. “Quando a carga é distribuída aos restaurantes, os custos vão sendo incorporados ao preço final. Depois, o comerciante tem gastos com a operação do estabelecimento, e isso também contribui para o aumento.”

Nesse processo, acrescenta Benedetto, perde-se a base de comparação entre alimentos apresentados de forma diferente. Ele cita como exemplo a batata. Enquanto o produto in natura é encontrado a R$ 2,74 o quilo, porção com 500 gramas de fritas chega perto de R$ 20 em lanchonetes da região.

O presidente da Assert, Artur Almeida, informa que os gastos com refeição demandam cerca de 30% da renda mensal dos trabalhadores com rendimento de até cinco salários mínimos (R$ 3.940). Quanto menor a renda, maior é o desembolso com alimentos, que são priorizados.

Segundo Almeida, o valor médio do tíquete-refeição no Brasil é de R$ 13. “Os vouchers permitem que o consumidor tenha liberdade para escolher o restaurante, inclusive aquele que oferece opções mais saudáveis.” No entanto, nem sempre o valor é suficiente para cobrir a alimentação fora de casa.

Desembolsos nos restaurantes em Diadema são menores

Entre as quatro cidades do Grande ABC que participaram do levantamento da Assert (Associação das Empresas de Refeição e Convênio para o Trabalhador) sobre o preço médio dos restaurantes, Diadema oferece a refeição mínima, considerada a mais básica (composta por prato comercial com fruta de sobremesa) e, portanto, mais barata: R$ 16,44, em média.

Na outra ponta, o almoço com as mesmas características em São Bernardo é o mais caro da região, com preço médio de R$ 20,01. Em Santo André, a média é de R$ 17,18, enquanto em São Caetano é de R$ 18,29. A média nacional para esse tipo de refeição é de R$ 19,62 e, no Sudeste, R$ 19,90.

Considerando a média ponderada entre todos os tipos de serviço (comercial, self-service, executivo e à la carte), todos incluindo bebida, sobremesa e café, Diadema ainda é a que oferece opções mais baratas (R$ 22,18), seguida por Santo André (R$ 22,52), São Caetano (R$ 22,99) e São Bernardo (R$ 25,72).

A média geral no Brasil é de R$ 27,36 e, na região Sudeste, é bem semelhante, de R$ 27,76. Para chegar a esse valor, cada sistema recebeu um peso de acordo com a presença de cada tipo de estabelecimento encontrado em cada cidade avaliada, sendo 55% para self-service, 37% para comercial, 6% para à la carte e 2% para executivo.

Por Fábio Munhoz - Diário do Grande ABC
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