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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/04/2015 | Setecidades
Delegacias da Mulher só abrem em horário comercial
Delegacias da Mulher só abrem em horário comercial Vítimas que procuram a Delegacia da Mulher em São Bernardo encontram atendimento apenas até as 17h30. Foto: Andris Bovo
Vítimas que procuram a Delegacia da Mulher em São Bernardo encontram atendimento apenas até as 17h30. Foto: Andris Bovo
Mulheres ficam reféns de atendimento em horários limitados e que é prestado apenas nos dias úteis

Criadas para dar plena assistência a mulheres vítimas de violência, as delegacias da mulher esbarram em um horário de atendimento reduzido e no funcionamento apenas em dias úteis. Atualmente, mulheres que sofrem agressão depois do horário comercial são obrigadas a procurar delegacias comuns – que, por não oferecerem atendimento específico, apenas registram a ocorrência.

Vítimas que procuram a Delegacia da Mulher de São Bernardo, por exemplo, encontram atendimento apenas até 17h30. Após esse horário, são orientadas a procurar o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou as delegacias comuns. Os distritos comuns, no entanto, não possuem serviços como atendimento psicológico, social e jurídico.

Em Diadema, o caso é ainda mais grave. Apesar de funcionar até as 18h oficialmente, quem precisar registrar uma denúncia deve chegar até as 15h para ter o atendimento garantido. Questionada pela reportagem do ABCD MAIOR, uma das funcionárias da unidade informou que a orientação é dada a todas as mulheres já que após esse horário “dificilmente elas são atendidas porque a espera é muito grande”.

No ABCD, a maioria das delegacias atua das 9h às 18h. São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande sequer contam com uma unidade. Já na Capital, a Delegacia da Mulher do Centro é uma exceção. No entanto, tem seu atendimento limitado até as 20h.

Outro lado - Procurada para comentar a deficiência no atendimento das delegacias da mulher, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que, em 2014, no Estado, foi realizada média de 61 atendimentos mensais por Delegacia da Mulher.

“Quanto aos horários, a Coordenadoria esclarece que o registro de ocorrências pode ser feito em qualquer DP. Todos os policiais estão aptos a realizar esse atendimento, uma vez que durante a formação na Academia de Polícia, a grade curricular contempla, dentre outras disciplinas, aulas de Direito, Criminalística e Direitos Humanos, além de Polícia Comunitária e Atendimento ao Público”, diz nota da Secretaria.

Unidades fecham quando há mais crimes
Secretária de Política de Mulheres da cidade de São Paulo, Dulce Xavier destaca que o atendimento é encerrado nos períodos e datas quando há maior incidência de crimes. “As delegacias estão fechadas à noite e aos fins de semana, que é quando a maioria das ocorrências acontece”, criticou.

De acordo com a secretária, a luta por postos de atendimento 24 horas é demanda antiga. “Quando as mulheres procuram delegacias comuns, não há atendimento psicológico ou orientação jurídica. Não há articulação com redes de proteção à mulher, deixando muitas vezes as vítimas sem abrigo ou em risco de vida.”

Delegada em Diadema, Renata Lima de Andrade afirmou que a restrição de horário ocorre “por falta de efetivo”. “Nossos quadros são bem apertados”, disse.

Por Nicole Briones - ABCD Maior
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