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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/04/2015 | Economia
Sardinha e tilápia são opções para a semana
Sardinha e tilápia são opções para a semana Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Com o custo de vida em alta e o perigo do desemprego batendo na porta, o consumidor pode economizar sem abrir mão de comer peixe na Semana Santa e no almoço de Páscoa. Muita gente quer seguir a tradição e comprar bacalhau para essa época, mas, ao dar uma olhada nas peixarias, há opções bem mais em conta.

Para quem gosta de evitar carne vermelha por esses dias, principalmente na Sexta-Feira Santa, há alternativas bastante procuradas, como a sardinha, que sai por R$ 7,99 o quilo (inteira) no Extra do Rudge Ramos, em São Bernardo, e a tilápia, por R$ 12,99 o quilo (também inteira), no Nagumo da Vila Alzira, em Santo André.

Há também interesse no filé de polaka, que custa, na pesquisa realizada ontem pelo Diário, R$ 9,95 o quilo no Extra, e no filé de pangasius – que é um peixe vietnamita parecido com o linguado, de acordo com o responsável pela peixaria dessa unidade do Nagumo, Amaro José Firmino. No estabelecimento, custa R$ 19,90 o quilo desse produto fresco e sai a R$ 17,95 o item congelado na Coop do Centro de Santo André.

Firmino explica que o peixe fresco pode ser limpo na peixaria do supermercado e cortado em filés, mas a perda chega a 70% (caso da tilápia), com a retirada da cabeça, do rabo e das espinhas. Dessa forma, o filé na bandeja equivale a praticamente três vezes o valor pago no item inteiro.

PROCURA - A área de peixaria dos supermercados já tinha movimento um pouco mais intenso ontem na região. A dona de casa Maria Heloisa Lovato, 81 anos, havia comprado, na véspera, bacalhau para a Sexta-Feira Santa, mas foi às compras novamente em busca de outro tipo de pescado para os outros dias, e pesquisava entre as opções existentes.

A dona de casa Cida Prado, 49, também buscava alternativas para fazer pratos nos próximos dias. Ela afirmou que, no domingo de Páscoa, come bacalhau, mas durante a semana opta por produtos mais em conta. Já a empregada doméstica Maria Aparecida Godinho, 47, se interessou por lascas de bacalhau, vendidas no Extra, por R$ 18,90 o quilo. Vários consumidores disseram que era, na verdade, Polaka salgada, mas ela não se importou. “Para mim é parecido e o preço está bom”, disse.

SEM DESPERDÍCIO - A chefe de cozinha e educadora alimentar Ana Maria Tomazoni afirmou que é possível aproveitar todas as partes do peixe, não apenas o filé ou a posta. Ela, que lidera o Convívio Slow Food Grande ABC, ONG (Organização Não Governamental) que defende a importância de comer bem e devagar, disse que dá para fazer pratos, como caldos e molhos, com aparas e a cabeça.

Ana Maria sugere ainda, para essa semana, receita com abrotéa, que também é conhecido como o bacalhau brasileiro. Ela conta que o item é encontrado por R$ 17,50 o quilo em peixarias da região – bem menos que o produto da Noruega, que custa R$ 26,90 o quilo o tipo Zarbo na Coop – mas se a pessoa não encontrar, pode substituir por outro peixe (a posta do cação custa R$ 15,90 o quilo no Extra).

A dica de preparo é: tempere o peixe com sal e pimenta e reserve. Em refratário, espalhe batatas cozidas em fatias, cebolas (em rodelas), alho, tomates sem sementes e fatiados, pimentões (verde e vermelho), cenouras, ovos cozidos e brócolis. Coloque o peixe, salsinha e salpique com sal e pimenta do reino (opcional) e regue com azeite. Por cima, coloque mais batatas, cebolas e tomates, regue com bastante azeite, cubra com papel alumínio e leve ao forno médio.

Começa campanha do pescado da Craisa

Tem início hoje a Campanha do Pescado 2015, realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e que vai até sexta-feira. O objetivo é facilitar o acesso à compra de peixes para o consumo.

A iniciativa ocorre todos os anos em Santo André em diversos pontos de venda na cidade (Praça Cacilda Becker, Rua Adriático com a Rua dos Jornalistas, Praça Mario Guindani, Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo esquina com a Estrada do Pedroso e Praça Lisboa), das 13h às 17h nos dois primeiros dias, e das 8h às 14h na Sexta-Feira Santa.

A expectativa da entidade é comercializar dez toneladas de alimentos (entre as opções, anchova, cação, corvina, merluza, pescada, tainha, tilápia, salmão e sardinha) neste ano, ante as sete toneladas vendidas no ano passado.

ORIENTAÇÕES - Quem vai comprar peixe deve tomar alguns cuidados, já que esse é um dos produtos animais que mais rapidamente se degradam. O Instituto da Pesca, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, alerta que, para não correr o risco de errar, o consumidor deve dar preferência à peça inteira e o corpo do pescado deve estar firme e resistente.

Olhos esparramados e turvos indicam deterioração. Dê preferência a olhos brilhantes. Outro indício de má conservação são as brânquias de coloração pálida. Além disso, as escamas não devem se soltar com facilidade, e cheiro ácido ou azedo indicam que o pescado está impróprio para o consumo.


Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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