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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/03/2015 | Setecidades
No ABCD, 192 mil moradores vão todos os dias à Capital
No ABCD, 192 mil moradores vão todos os dias à Capital Usuários sofrem na linha 10 da CPTM e vivem o sufoco de quem precisa se deslocar todo dia até a Capital. Foto: Edu Guimarães
Usuários sofrem na linha 10 da CPTM e vivem o sufoco de quem precisa se deslocar todo dia até a Capital. Foto: Edu Guimarães
Esse aglomerado se espreme em ônibus, trens ou fica parado no trânsito para trabalhar ou estudar

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pesquisou e mostrou: no ABCD, quase 10% da população total se deslocou diariamente a São Paulo para trabalhar ou estudar em 2010. Depois de cinco anos do levantamento, divulgado nesta quarta-feira (25/03), os números ainda confirmam a realidade regional. Todas as manhãs os pontos de ônibus estão lotados, assim como dentro dos coletivos. A dependência da Capital faz com que as ruas fiquem superlotadas de veículos e o congestionamento é o primeiro bom dia que o morador da Região recebe.

A pesquisa Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil aponta que, no período estudado, 176,15 mil pessoas dos sete municípios mantinham emprego em São Paulo. Um total de 16,43 mil pessoas estuda na Capital. O maior fluxo foi registrado em São Bernardo, onde 48,9 mil pessoas trabalhavam na Capital paulista e se deslocavam para lá de segunda a sexta-feira. São Bernardo também garantiu o maior número de estudantes em instituições paulistanas: 5,9 mil alunos enfrentaram em 2010 a rotina de se locomover até São Paulo.

Em Rio Grande da Serra, enquanto 2,5 mil trabalhadores afirmaram à pesquisa se dirigir todos os dias à Capital, nenhum estudante disse estar matriculado em alguma instituição na metrópole.

Em segundo lugar na lista de mobilidade, Santo André teve 41,6 mil trabalhadores que se deslocavam para a Capital, ante 3,2 mil pessoas que faziam o mesmo percurso para estudar.

Na situação dos trabalhadores, Diadema registrou movimento diário para a Capital de 37 mil indivíduos. O número de diademenses que estudavam por lá foi de 4,2 mil. Em Mauá, o fluxo impulsionado pelo emprego foi de 24,5 mil pessoas, enquanto os estudos levaram pouco mais de mil pessoas. São Caetano, enquanto mais de 16 mil moradores trabalhavam em São Paulo em 2010, 1,7 mil viajavam para a metrópole para estudar. Em Ribeirão Pires, os números são 5 mil que trasladaram do ABCD rumo à Capital a trabalho, ante 283 para estudo.

Se esses números já têm cinco anos, as cenas dos dependentes de São Paulo são bem atuais: principais avenidas congestionadas, como avenida dos Estados e Pereira Barreto, Anchieta em lentidão já antes das 6h, ônibus abarrotados e trens com atraso constante.

CPTM atrasa rotina dos usuários da Região
Composições antigas e com danos em bancos, plataformas sem fiscalização, itinerários atrasados e baldeações repentinas. A única linha de trens que atende o ABCD, a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) mais dificulta que alivia o sufoco de quem depende do transporte público diariamente. Essa é a opinião de usuários ouvidos pelo ABCD MAIOR, que encarou uma volta da Estação Tamanduateí até Rio Grande da Serra, no rush do fim do dia. Todos os dias 350 mil pessoas usam a linha.

Por volta das 17h30, uma enxurrada de passageiros desembarca da Linha Verde e segue para as plataformas da Estação Tamanduateí. O espaço com aparência nova foi inaugurado em 2011. Fiscais orientam as filas, mas é preciso esperar no mínimo dois trens para se acomodar em um vagão – no ABCD, nenhuma estação possui monitores de embarque. “É uma situação muito ruim para quem trabalha em São Paulo e vai para lá todos os dias. É muito estressante, o trem deveria ser um meio de transporte rápido”, criticou o analista financeiro Rafael Langroff, 30 anos.

Quem mora em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, ou mesmo o mauaense que desembarcar na Estação Guapituba, já sabe que não adianta reclamar. No fim os trens da CPTM só vão até a Estação Mauá. Todo mundo deve desembarcar e esperar outra composição que vem do Brás e termina o trajeto até Rio Grande. “É um descaso. Fico cansado pois são poucos lugares para sentar. E quando chega em Mauá tenho de esperar outro trem”, reclamou o professor aposentado Walter Rodrigues, 66 anos.

Procurada, a CPTM informou que as estações da Linha 10 vão passar por reformas, com financiamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Sobre a interrupção no trajeto até Rio Grande, explicou que o “objetivo é evitar que as plataformas e composições entre Brás e Mauá fiquem com excesso de usuários”.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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