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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/03/2015 | Geral
Fevereiro foi mês mais chuvoso no Cantareira desde 1995, diz Sabesp
Precipitação registrada no mês passado foi de 322,4 mm.

Secretário diz que 'generosidade de chuvas não deve se repetir'.


O mês de fevereiro foi o mais chuvoso no Cantareira em 20 anos, informou a Sabesp nesta segunda-feira (2). Desde o começo do mês passado o nível do sistema não cai, mas a situação permanece crítica. Até agora, suas represas conseguiram recuperar apenas o 2º volume morto. A reserva técnica foi adicionada em outubro e elevou o nível em 10,7 pontos percentuais, ou 105,4 bilhões de litros.
Essa generosidade de chuvas em fevereiro não deve se repetir"
secretário Benedito Braga

O secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, disse nesta segunda-feira, durante uma reunião em Mogi das Cruzes, que "essa generosidade de chuvas em fevereiro não deve se repetir". "O período de março, abril e maio será relativamente seco. Não há boas perspectivas climatológicas para esse trimestre", afirmou Braga.

Segundo a companhia, choveu 322,4 mm sobre o Cantareira. A última vez que houve tanta precipitação foi em fevereiro de 1995, quando choveu 388 mm. Nesta segunda, as represas do Cantareira operavam a 11,7%, 0,1 ponto percentual a mais que o registrado no domingo.

É a primeira vez que as precipitações atingem a média histórica desde o começo do período chuvoso. Em outubro, quando as precipitações começam a ser maiores, o sistema recebeu apenas 32,5% do volume previsto; em novembro, 83,74% do esperado; em dezembro, 74,92% e em janeiro, 54,66%. Durante a crise, que começou em janeiro do ano passado, o único mês que havia batido a meta tinha sido março de 2014, quando a precipitação superou a expectativa em 5%.

O Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, fechou fevereiro com nível de 11,4%, o melhor mês do sistema desde o começo da crise, em janeiro de 2014. As chuvas ficaram 61,9% acima da média histórica, e o volume subiu 5,1 pontos percentuais, uma vez que estava em 5% no começo do mês. Em março, que fecha a estação chuvosa, são esperados 178 milímetros de precipitação.

A elevação, porém, deu-se graças a uma operação de contingência, com menor retirada de água do sistema e redução da pressão na rede em São Paulo. Na prática, a medida tem deixado parte da população sem água em determinados períodos.

Segundo a Sabesp, em fevereiro deste ano o sistema Cantareira registrou vazão média de 40,67 m³/s. A média para o mês é de 72,90 m³/s. Os seis sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo tiveram vazão média de 118,9 m³/s no mês passado. A média histórica para o mês, nos seis sistemas, é de 137,31 m³/s.

Rodízio
Apesar do desempenho de fevereiro, a situação do sistema ainda é crítica, já que o período de chuvas termina em março. O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou acreditar que não será necessária a implantação de um rodízio de água na Grande São Paulo, mas a alternativa ainda não foi descartada.

"Minha percepção é que não será necessário fazer rodízio. Porque eu fiz contas de quanta água temos em estoque, de quais os cenários de quanta água pode chegar e de quanta água está saindo", afirmou, ressaltando não ser possível garantir que não haverá racionamento.

Segundo ele, as chuvas de fevereiro mudaram os prognósticos. O sistema Cantareira começou o mês com 5% da capacidade. As represas só terão recuperado a primeira cota do volume morto quando alcançarem 29,2% da capacidade.

Multa
A Sabesp começou a entregar neste mês contas de água com multa para quem excedeu a média do consumo. A sobretaxa na conta foi autorizada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e a multa varia entre 40% e 100% para quem consumir mais água neste ano no comparativo entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

A multa foi de 40% para quem consumiu até 20% a mais do que a média do período anterior e a taxa foi de 100% para quem utilizou mais que 20%. A medida é válida somente na parte do gasto de água encanada, que representa metade do valor da conta. Os outros 50% são referentes ao serviço de coleta de esgoto.

Por G1, em São Paulo
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