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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/02/2015 | Educação
Apesar de decisão judicial e multa, professores mantêm greve no DF
Sindicato diz que não foi notificado; nova assembleia ocorre na sexta.

Secretaria de Educação afirma que 95% das instituições estão fechadas.


Mesmo com uma decisão judicial determinando o fim imediato da greve dos professores da rede pública, escolas do Distrito Federal amanheceram sem aulas nesta quinta-feira (26). O sindicato afirmou que ainda não foi comunicado da decisão e que a orientação continua sendo de que os profissionais mantenham a paralisação até sexta.

Dados da Secretaria de Educação apontam que, desde o início do movimento, 95% das instituições estão fechadas. O G1 esteve no Caseb e no Centro de Ensino Fundamental 03 pela manhã e constatou a situação. Mesmo onde os portões estavam abertos não havia alunos.

A decisão da Justiça autoriza o GDF a cortar o ponto dos grevistas em caso de desobediência à ordem judicial. O juiz determinou multa de R$ 50 mil para cada dia de descumprimento. A categoria tem assembleia marcada para esta sexta para discutir os rumos do movimento.

A greve dos professores teve início na última segunda-feira (23), data prevista para o início do ano letivo. A categoria protesta contra atrasos no abono de férias e de parte do 13º salário, redução do número de coordenadores e alteração no calendário escolar.

No primeiro dia de paralisação, os professores chegaram bloquearam o Eixo Monumental. A paralisação afeta 470 mil alunos das escolas públicas do DF. A rede tem 27 mil professores, já incluindo 3,5 mil temporários.

O desembargador aceitou o argumento da procuradoria de que a paralisação traz graves prejuízos aos alunos. Na petição, a Secretaria de Educação informou que a adesão ao movimento chegou a 95% das 657 escolas públicas.

O governo também disse que “está empenhado em buscar recursos para efetivar o pagamento das verbas em atraso à categoria e que já obteve autorização junto à Câmara Legislativa para antecipar receita orçamentária, no montante de R$ 400 milhões, que deve ser liberado em abril”.

No pedido à Justiça, a Procuradoria-Geral do DF alegou que a greve é ilegal porque os sindicatos não fizeram as notificações prévias exigidas por lei. No entendimento do governo, a paralisação é abusiva e desrespeita os princípios de "proporcionalidade, continuidade do serviço público e supremacia do interesse público", previstos na Constituição Federal.

O juiz também agendou para o dia 5 de março uma audiência de conciliação entre sindicato e governo. A reunião está prevista para as 14h, na sala de sessões da 2ª Câmara Cível, no Fórum de Brasília.

"Diante da importância dos interesses em litígio, de um lado o dos professores e de outro o do governo do Distrito Federal, é recomendável a realização de audiência pública de conciliação, com objetivo de proporcionar os meios para uma solução consensual da demanda", disse.

Na última terça (24), Rollemberg disse que a segunda parcela dos benefícios está confirmada para esta sexta (27). A quitação das dívidas fora do parcelamento, segundo o governador, só será possível com a antecipação de receita orçamentária (ARO). A lei que autoriza a obtenção do crédito foi sancionada na semana passada pelo governador, mas ainda precisa passar pela aprovação do governo federal.

No mesmo dia, o Sinpro informou que outra reunião com o GDF estava prevista para a próxima sexta. A expectativa era de que uma nova assembleia fosse realizada em seguida. A entidade afirmou que o governo mostrou disposição para conversar, mas não apresentou propostas, valores ou datas.

A dívida com o setor gira em torno dos R$ 180 milhões. O governo pagou a primeira parcela, de R$ 35 milhões, no dia 30 de janeiro, e prevê quitar a segunda, no mesmo valor, no último dia de fevereiro, o que deixará o débito em cerca de R$ 130 milhões. No total, o governo precisa saldar uma dívida de R$ 105,3 milhões em férias e R$ 77,8 milhões em décimo terceiro.

Por G1, no DF
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