DATA DA PUBLICAÇÃO 27/01/2015 | Cidade
Mais de 400 famílias ocupam área particular em Mauá desde novembro
Famílias trabalham para erguer os barracos de madeira que dominam a área particular em toda a sua extensão. Foto: Rodrigo Pinto
Ocupação na estrada do Regalado é organizada pelo Movimento Pró-Moradia Jardim Aparecida, que cuida do cadastro das famílias
Os termômetros marcavam 33ºC quando a equipe do ABCD MAIOR visitou o acampamento com aproximadamente 420 famílias na estrada do Regalado, em Mauá. Sem água e sem energia elétrica, as famílias trabalham freneticamente desde 23 de novembro, data em que ocuparam a área, para erguer os barracos de madeira que agora dominam o terreno em toda sua extensão.
O sol forte de um dos verões mais severos dos últimos anos e as dificuldades no acesso à água não interrompem o trabalho dos homens e mulheres obstinados em fazer dos pequenos barracos sua futura moradia. A área, composta por três terrenos particulares no Jardim Taquarussu, é acessível apenas por uma estreita estradinha de terra e chegou a ser utilizada para desova de veículos roubados.
Fundado pelos moradores da ocupação, o Movimento Pró-Moradia Jardim Aparecida ganha força à medida que ocupações vizinhas começam a se integrar e unir forças para cobrar do Poder Público uma ação de moradia popular para a área. As famílias que chegam à ocupação estão, em sua maioria, com ordem de despejo ou sem condições de pagar aluguel.
Associação - Líder do movimento, Juliane Cristina de Oliveira decidiu há três semanas mudar com os quatro filhos pequenos para a ocupação de forma definitiva. O pequeno barraco de Juliane também funciona temporariamente como sede da Associação de Moradores da ocupação. Uma nova está sendo erguida rapidamente em mutirão.
“Nossa grande dificuldade é a falta de água e energia. Não temos como dar banho nas crianças e o calor castiga muito. Não temos banheiro e nenhuma forma de saneamento básico. Quem está aqui é porque realmente precisa”, ponderou Juliane.
Dentro da comunidade, tudo é feito em esquema de mutirão e acordado em assembleia com a colaboração de todos os moradores. Em dezembro, as famílias foram até a Câmara Municipal iniciar o diálogo com os vereadores para pedir uma interlocução com a Prefeitura e o governo do Estado.
Cadastro - “Com a orientação dos vereadores, nós nos antecipamos e começamos a cadastrar todas as famílias que vivem aqui. Assim, quando a Prefeitura nos procurar, teremos toda a documentação dos moradores já providenciada para efetuar o cadastro em programas habitacionais”, afirmou a líder da ocupação. “Nós sabemos que uma reintegração de posse pode chegar a qualquer momento, mas quando isso acontecer queremos que essas famílias tenham um destino para morar.”
De acordo com a Prefeitura, a Administração municipal notificou os proprietários dos três terrenos sobre a ocupação para que os donos acionem a Justiça visando a reintegração de posse. Os proprietários não foram localizados para comentar o caso.
Conforme a líder da ocupação, uma reunião com as secretarias de Habitação e Planejamento está sendo agendada. As famílias preparam também uma nova ida ao Legislativo para retomar o diálogo com os vereadores.
Os termômetros marcavam 33ºC quando a equipe do ABCD MAIOR visitou o acampamento com aproximadamente 420 famílias na estrada do Regalado, em Mauá. Sem água e sem energia elétrica, as famílias trabalham freneticamente desde 23 de novembro, data em que ocuparam a área, para erguer os barracos de madeira que agora dominam o terreno em toda sua extensão.
O sol forte de um dos verões mais severos dos últimos anos e as dificuldades no acesso à água não interrompem o trabalho dos homens e mulheres obstinados em fazer dos pequenos barracos sua futura moradia. A área, composta por três terrenos particulares no Jardim Taquarussu, é acessível apenas por uma estreita estradinha de terra e chegou a ser utilizada para desova de veículos roubados.
Fundado pelos moradores da ocupação, o Movimento Pró-Moradia Jardim Aparecida ganha força à medida que ocupações vizinhas começam a se integrar e unir forças para cobrar do Poder Público uma ação de moradia popular para a área. As famílias que chegam à ocupação estão, em sua maioria, com ordem de despejo ou sem condições de pagar aluguel.
Associação - Líder do movimento, Juliane Cristina de Oliveira decidiu há três semanas mudar com os quatro filhos pequenos para a ocupação de forma definitiva. O pequeno barraco de Juliane também funciona temporariamente como sede da Associação de Moradores da ocupação. Uma nova está sendo erguida rapidamente em mutirão.
“Nossa grande dificuldade é a falta de água e energia. Não temos como dar banho nas crianças e o calor castiga muito. Não temos banheiro e nenhuma forma de saneamento básico. Quem está aqui é porque realmente precisa”, ponderou Juliane.
Dentro da comunidade, tudo é feito em esquema de mutirão e acordado em assembleia com a colaboração de todos os moradores. Em dezembro, as famílias foram até a Câmara Municipal iniciar o diálogo com os vereadores para pedir uma interlocução com a Prefeitura e o governo do Estado.
Cadastro - “Com a orientação dos vereadores, nós nos antecipamos e começamos a cadastrar todas as famílias que vivem aqui. Assim, quando a Prefeitura nos procurar, teremos toda a documentação dos moradores já providenciada para efetuar o cadastro em programas habitacionais”, afirmou a líder da ocupação. “Nós sabemos que uma reintegração de posse pode chegar a qualquer momento, mas quando isso acontecer queremos que essas famílias tenham um destino para morar.”
De acordo com a Prefeitura, a Administração municipal notificou os proprietários dos três terrenos sobre a ocupação para que os donos acionem a Justiça visando a reintegração de posse. Os proprietários não foram localizados para comentar o caso.
Conforme a líder da ocupação, uma reunião com as secretarias de Habitação e Planejamento está sendo agendada. As famílias preparam também uma nova ida ao Legislativo para retomar o diálogo com os vereadores.
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