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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/12/2014 | Setecidades
Restauração de Paranapiacaba se inicia em fevereiro de 2015
Restauração de Paranapiacaba se inicia em fevereiro de 2015 As obras se iniciam por imóveis desocupados no primeiro semestre; na segunda metade de 2015, o restauro será nas 242 casas. Foto: Andris Bovo
As obras se iniciam por imóveis desocupados no primeiro semestre; na segunda metade de 2015, o restauro será nas 242 casas. Foto: Andris Bovo
Primeira etapa das obras irá priorizar imóveis desocupados da vila de Santo André

A Prefeitura de Santo André irá publicar na segunda quinzena de dezembro o edital de seleção da empresa que ficará responsável por restaurar a vila de Paranapiacaba. De acordo com o cronograma do governo, o trabalho deve começar já em fevereiro de 2015. No primeiro semestre serão restaurados prédios históricos desocupados, enquanto o reparo das residências será realizado no segundo semestre.

A vila de Paranapiacaba foi contemplada com R$ 42,4 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Cidades Históricas, em agosto de 2013. Um conjunto de 250 intervenções foram planejadas. Apenas a parte baixa da vila será restaurada, a parte alta não é tombada como patrimônio histórico e, por isso, não será contemplada.

Entre as edificações históricas está a garagem das locomotivas, os galpões das oficinas, o almoxarifado da antiga SPR (São Paulo Railway), o prédio da biblioteca, o famoso ‘hospital velho’ e o campo de futebol da vila – considerado o mais antigo do Brasil.

Já no segundo semestre de 2015, a Prefeitura prevê iniciar a recuperação nas casas. Ao todo, 242 imóveis precisarão ser desocupados. Durante as reformas, a Administração planejou o remanejamento dos moradores para casas dentro da própria vila. Atualmente, quem mora em imóveis tombados possui um termo de permissão de uso concedido pela Prefeitura de Santo André.

Os reparos nas residências serão realizados em blocos de 50 imóveis. De acordo com a Prefeitura, esses prédios não passaram por nenhum tipo de restauro desde a saída dos ingleses da vila, em 1946 – após 90 anos de concessão da via ferroviária – o que explica a deterioração dos locais.

Apesar do restauro ser visto com bons olhos pelos moradores, alguns comerciantes questionam a demolição prevista para os anexos em imóveis da segunda etapa das intervenções.

Tudo original - Conforme o secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio, a demolição é obrigatória. “Esses anexos foram construídos em ampliações recentes feitas pelos próprios moradores. É um pré-requisito do programa que nós restauremos os imóveis à forma original da época do tombamento”, explicou. Por conta dessa exigência, intervenções como garagens e edículas não serão mantidas.

De acordo com Di Giorgio, o representante da região de Paranapiacaba no Conselho Participativo da cidade ficará responsável por acompanhar o diálogo entre Prefeitura e moradores. Todos os municípes, inclusos no programa, foram notificados no ano passado sobre as intervenções. “Em 2013 chamamos morador por morador para renovação contratual da permissão de uso e informamos como seria o processo”, afirmou.

Bar da Zilda será demolido e remodelado
Tradicional na vila, o Bar da Zilda sofrerá uma das intervenções mais drásticas. Em funcionamento desde 1984, o estabelecimento será demolido e incorporado à área do antigo almoxarifado da SPR (São Paulo Railway). O local onde o bar está localizado atualmente servirá como um deck para acomodar os clientes.

“O projeto beneficia a todos da vila, que precisava urgente desse tipo de intervenção. Também ganharemos mais acessibilidade, um aspecto que hoje não temos em Paranapiacaba”, avaliou o proprietário do bar, Élsio Bergamini, descendente dos primeiros moradores da vila inglesa.

Torre do Relógio fica de fora do plano de recuperação
Uma das figuras mais icônicas quando o assunto é Paranapiacaba, a Torre do Relógio deve ficar de fora do restauro da vila. A réplica do famoso Big Ben de Londres, referencial da arquitetura vitoriana, está localizada na área de concessão da ferrovia MRS, que opera a linha férrea. Por não estar no perímetro municipal, a manutenção da torre fica a cargo da empresa.

Outra pendência é o antigo Cine Lyra, tido por alguns historiadores como o segundo cinema do Brasil. O prédio, em estado avançado de deterioração, recebeu verba federal do Ministério do Turismo em 2008 para recuperação do patrimônio. A obra, atrasada pela empresa responsável, foi paralisada em 2009, na época do prefeito Aidan Ravin.

Na ocasião, a Prefeitura decidiu romper o contrato e suspender as obras. A atual Administração, no entanto, não descarta voltar ao local. “Nós estamos verificando a possibilidade de inclui-la no roteiro de recuperação do PAC, justamente pelo seu valor histórico”, informou o secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio.

Por Nicole Briones - ABCD Maior
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