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Decisão sobre reajuste das tarifas de ônibus é adiada
DATA DA PUBLICAÇÃO 25/11/2014 | Política
Prefeitos da Grande São Paulo debatem nova tarifa de ônibus
Prefeitos da Grande São Paulo debatem nova tarifa de ônibus Prefeitos e governador buscam reajuste que equipare cobrança na Região Metropolitana de São Paulo; empresários do setor insistem em não colaborar. Foto: Amanda Perobelli
Prefeitos e governador buscam reajuste que equipare cobrança na Região Metropolitana de São Paulo; empresários do setor insistem em não colaborar. Foto: Amanda Perobelli
Tarifa única pode valer para toda Região Metropolitana; empresários não aceitam rever o lucro

Os prefeitos da Região Metropolitana, incluindo os representes dos municípios do ABCD, reúnem-se nesta terça-feira (25/11), às 9h, na Capital, para discutir o aumento de tarifa de ônibus a partir de janeiro de 2015. A proposta é unificar o valor dos coletivos nas 39 cidades, que poderá chegar até R$ 3,50. O Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), comandados pelo governo do Estado, devem seguir o mesmo preço. O debate se dá sem que os empresários aceitem reduzir a margem de lucro sobre o serviço, o que poderia colaborar para que as tarifas não sofressem reajuste, ou que, ao menos, o impacto no bolso dos passageiros fosse menor.

Diante disso, restaria apenas uma saída para impedir o aumento: que o Poder Público, sejam as prefeituras ou o Estado, ampliassem os subsídios repassados às empresas privadas de transporte, como cobra a NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano). No entanto, ampliar o repasse se torna cada vez mais inviável devido à queda na arrecadação dos municípios.

Exemplo disso ocorre em cidades do ABCD, como São Bernardo e Santo André, que transferem, respectivamente, R$ 3,8 milhões e R$ 1,5 milhão por mês aos donos das empresas. Na Capital, o repasse neste ano deve chegar a R$ 1,7 bilhão, quase 40% do valor total previsto para obras na cidade. Diante disso, o prefeito Fernando Haddad (PT) já sinalizou que não tem verba para aumentar o valor do subsídio em 2015.

Apesar o “chororô” dos empresários do setor, companhias de transporte da Capital chegaram a aumentar seu lucro líquido, entre 2011 e 2012 (durante a gestão de Gilberto Kassab – PSD), em até 2.000%.

Procurados pela reportagem, os donos das empresas de ônibus não comentaram o assunto.

Reunião - O encontro é organizado pelo governo do Estado, por meio do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana. A expectativa é que todos os 39 prefeitos da Grande São Paulo participem da reunião, com o objetivo de integrar as passagens. Na Região, o Consórcio Intermunicipal é quem centraliza o debate sobre a integração das tarifas e também da operacionalização do transporte. De acordo com a entidade, a cobrança de uma tarifa única facilitaria a aplicação da proposta.

Em junho de 2013, o aumento da tarifa para R$ 3,20 desencadeou protestos pelas principais cidades do Brasil. Devidos às manifestações, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e os prefeitos da Região metropolitana se viram obrigados a voltar atrás e revogaram o aumento de ônibus e de trens da CPTM e Metrô, aumentando o subsídio aos empresários, o que, pelo menos a princípio, está descartado na negociação atual.

Crise da água sai da pauta de reunião dos prefeitos
A crise de abastecimento de água no Estado de São Paulo, debate que também estava previsto durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana, foi retirada da pauta na tarde desta segunda-feira (24/11).

O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Mauro Arce, desmarcou a presença, até então confirmada. A assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, que organiza o evento, não comentou os motivos da desistência.

A crise no abastecimento de água era um dos temas mais esperados entre os prefeitos. Já que, apesar das chuvas dos últimos dias, não garantiram o aumento dos níveis de água nos reservatórios, que voltaram a cair. O Cantareira, por exemplo, passou de 9,7% na última sexta-feira (21/11) para 9,4% nesta segunda. O nível do sistema Rio Grande, que abastece boa parte do ABCD através da represa Billings, caiu de 64% para 63% no mesmo período.

Além do aumento da tarifa, os prefeitos da Região Metropolitana irão eleger o presidente e vice-presidente do Conselho, criação de câmaras temáticas de Mobilidade Urbana, Integração da Defesa Civil da Região Metropolitana, entre outros temas.

Por Karen Marchetti e Bruno Coelho - ABCD Maior
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