DATA DA PUBLICAÇÃO 16/09/2014 | Cidade
Mauá nega carreta de mamografia
Foto: André Henriques/DGABC
A Prefeitura de Mauá rejeitou a carreta do Programa Mulheres de Peito, projeto itinerante do governo do Estado para exames de mamografia gratuitos e que foi disponibilizado pela Secretaria Estadual de Saúde para ficar 15 dias na cidade. O prefeito Donisete Braga (PT) afirmou que a intenção é receber a ação após a eleição, enquanto a secretária de Saúde do município, Célia Bortoletto, disse, em ofício, que na cidade não há demanda reprimida para esse diagnóstico.
No início de julho, a vereadora Sandra Regina Vieira (PMDB) encaminhou ao Palácio dos Bandeirantes pedido para que a carreta passasse por Mauá – o programa esteve em Santo André, Diadema e Rio Grande da Serra neste ano.
Avançados os trâmites, o governo estadual autorizou a ida do projeto para Mauá, com serviços sendo inaugurados ontem, na Praça 22 de Novembro, no Centro, próximo ao terminal rodoviário.
Entretanto, no dia 5, Célia Bortoletto respondeu que “não haveria tempo hábil para viabilizar as mulheres para o rastreamento do câncer de mama”, negando o equipamento. Em seguida, disse que “não temos demanda reprimida para esse procedimento”. A secretária sugeriu que a atividade fosse desenvolvida em novembro, com possibilidade de repactuação de convênio com a Santa Casa de Mauá. Segundo ela, “a demanda é maior que a oferta” na Santa Casa, contradizendo seu próprio argumento anterior.
Donisete afirmou que não negou o programa, apenas decidiu que a carreta tinha de ir para a cidade após a eleição. “Faltam duas semanas para a eleição (19 dias)”, minimizou.
Sandra reclamou da postura do prefeito, lembrando que há demanda reprimida na cidade e que muitas mulheres que não estão na fila da espera municipal se sentiriam incentivadas a realizar o exame na carreta, já que o diagnóstico fica pronto em 48 horas. “Será que se fosse o governo federal o prefeito iria rejeitar o equipamento?”, indaga, recordando que o Palácio do Planalto é chefiado pela petista Dilma Rousseff, enquanto o governo estadual é administrado pelo tucano Geraldo Alckmin.
Há dois anos, quando Donisete assumiu o Paço, a fila de espera por mamografia era de 3.000 exames. Prefeito e secretária não detalharam o tamanho da demanda atual.
O programa costuma funcionar de segunda a sexta-feira, em horário comercial, e de sábado até as 13h, sempre instalados em locais de grande circulação de pessoas. O Estado usualmente deixa a ação por 15 dias e mantém média de atendimento de 1.000 mulheres. O governo paulista se colocou à disposição caso Mauá reveja sua posição.
REPETIÇÃO
Em maio, o governo de Donisete rechaçou também a construção de Centro Dia do Idoso, equipamento estadual que funciona como creche a pessoas da terceira idade. O investimento estava estimado em R$ 500 mil e o projeto havia sido articulado pela deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). À época, a administração petista alegou que não tinha como manter o custeio do complexo.
“Lamentável a atitude da administração do PT de Mauá, que pela mesquinhez de evitar que eu diga que consegui este importante equipamento público para a cidade, está negando a ajuda de meu mandato e do governo do Estado em prol da saúde da mulher”, comentou Vanessa, sobre a rejeição à carreta do Mulheres de Peito.
No início de julho, a vereadora Sandra Regina Vieira (PMDB) encaminhou ao Palácio dos Bandeirantes pedido para que a carreta passasse por Mauá – o programa esteve em Santo André, Diadema e Rio Grande da Serra neste ano.
Avançados os trâmites, o governo estadual autorizou a ida do projeto para Mauá, com serviços sendo inaugurados ontem, na Praça 22 de Novembro, no Centro, próximo ao terminal rodoviário.
Entretanto, no dia 5, Célia Bortoletto respondeu que “não haveria tempo hábil para viabilizar as mulheres para o rastreamento do câncer de mama”, negando o equipamento. Em seguida, disse que “não temos demanda reprimida para esse procedimento”. A secretária sugeriu que a atividade fosse desenvolvida em novembro, com possibilidade de repactuação de convênio com a Santa Casa de Mauá. Segundo ela, “a demanda é maior que a oferta” na Santa Casa, contradizendo seu próprio argumento anterior.
Donisete afirmou que não negou o programa, apenas decidiu que a carreta tinha de ir para a cidade após a eleição. “Faltam duas semanas para a eleição (19 dias)”, minimizou.
Sandra reclamou da postura do prefeito, lembrando que há demanda reprimida na cidade e que muitas mulheres que não estão na fila da espera municipal se sentiriam incentivadas a realizar o exame na carreta, já que o diagnóstico fica pronto em 48 horas. “Será que se fosse o governo federal o prefeito iria rejeitar o equipamento?”, indaga, recordando que o Palácio do Planalto é chefiado pela petista Dilma Rousseff, enquanto o governo estadual é administrado pelo tucano Geraldo Alckmin.
Há dois anos, quando Donisete assumiu o Paço, a fila de espera por mamografia era de 3.000 exames. Prefeito e secretária não detalharam o tamanho da demanda atual.
O programa costuma funcionar de segunda a sexta-feira, em horário comercial, e de sábado até as 13h, sempre instalados em locais de grande circulação de pessoas. O Estado usualmente deixa a ação por 15 dias e mantém média de atendimento de 1.000 mulheres. O governo paulista se colocou à disposição caso Mauá reveja sua posição.
REPETIÇÃO
Em maio, o governo de Donisete rechaçou também a construção de Centro Dia do Idoso, equipamento estadual que funciona como creche a pessoas da terceira idade. O investimento estava estimado em R$ 500 mil e o projeto havia sido articulado pela deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). À época, a administração petista alegou que não tinha como manter o custeio do complexo.
“Lamentável a atitude da administração do PT de Mauá, que pela mesquinhez de evitar que eu diga que consegui este importante equipamento público para a cidade, está negando a ajuda de meu mandato e do governo do Estado em prol da saúde da mulher”, comentou Vanessa, sobre a rejeição à carreta do Mulheres de Peito.
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